Existem diferentes causas para os pensamentos negativos automáticos “brotarem em nossa cabeça”.
Muitas vezes os pensamentos negativos automáticos surgem a partir da época de vida pela qual a pessoa está atravessando. O desemprego por exemplo, momento muito comum nos dias de hoje, pode provocar pensamentos nocivos. Ideias como: “sou sem capacidade de realizar as coisas”, “nunca vai dar certo, sou incompetente”, são comuns na mente de quem é mais vulnerável aos pensamentos.
É muito comum os pensamentos negativos automáticos ocorrerem em um momento de estagnação da vida, ou seja, quando nos encontramos estacionados em um mesmo lugar num longo período de tempo.
O que também pode facilitar o desencadeamento de pensamentos automáticos é a nossa tolerância às insatisfações e frustrações.
Decepções com as pessoas, com o trabalho e outros fatores da vida acontecem. Entretanto, as pessoas lidam e agem de maneiras diferentes com as adversidades. Alguns indivíduos têm baixa tolerância as estas decepções; quando se sentem frustrados tendem a desenvolver os pensamentos negativos achando que “tudo está difícil ou perdido”, generalizando.
Todas as pessoas, sem exceção tem pensamentos e sentimentos negativos.
Mas o que fazer quando os pensamentos surgirem?
O segredo para que estes pensamentos negativos automáticos não nos impossibilitem ou estagnem, não nos diminuam ou não prendam às nossas condições de humor, é a habilidade que cada pessoa terá de gerenciar as situações e os pensamentos que surgem delas de forma correta.
O nosso humor é influenciado diretamente pela forma como pensamos da vida, das pessoas, dos acontecimentos.
Por exemplo, vamos imaginar que você sempre pense: “Eu sou uma pessoa triste.” Toda vez que esse pensamento surgir na sua cabeça, você inevitavelmente sentirá triste e para baixo. O oposto também acontece. Se você estiver tendo pensamentos de nervosismo e ansiedade, seu cérebro, por ter recebido este comando através do pensamento, enviará sintomas físicos à você.
Por vezes achamos que os pensamentos tem vida própria e que devemos seguir tudo o que aparece na nossa cabeça, mas isso é pura ilusão. O problema não são os pensamentos que surgem e sim a atenção que damos a eles.
Então vamos deixar bem claro que o que passa pela nossa cabeça, ou seja, nossos pensamentos e ideias não tem vida própria. Eles manifestam-se no cérebro, mas não precisamos necessariamente segui-los ou agir a partir deles. Quantas vezes você já executou o que estava a pensar ou a sentir? Imagino que muitas. A partir disto, me diga o que faz você reordenar o pensamento ou sentimento? Foi você mesmo, aquele momento onde temos consciência dos seus próprios pensamentos e sentimentos e que podemos ou não segui-los.
Para tudo! Então quer dizer que podemos não seguir nossos pensamentos?
Positivo! Logicamente a gente faz isso o tempo todo sem nos darmos conta. Minha ideia é colocar uma calça branca, mas eu reordeno meu pensamento e justifico pensando que o clima está ruim para colocar uma calça branca, ou seja, eu não segui o meu pensamento automático que surgiu da vontade de colocar uma calça branca.
O que acontece é quando os pensamentos negativos surgem, a gente se funde a eles, acredita neles, porque eles são mais enraizados, mais fortes e geram maiores sentimentos. Personalizamos, nos identificamos com o que pensamos e sentimos e colocamos a nossa experiência interna.
Ilusoriamente julgamos ser o que pensamos e sentimos. Pior ainda, julgamos não ser capazes de gerar outros pensamentos e sentimentos mais positivos e ajustados, construtivos e capacitadores. Diante disto, ficamos à mercê dos pensamentos distorcidos ou desajustados. Em outras palavras, damos origem a comportamentos indesejados e contribuímos para o surgimento e desenvolvimento de doenças e transtornos psicológicos. Consequentemente, aparecem problemas pessoais que são um obstáculo ao desenvolvimento pessoal.
Vamos aprender a lidar com nossos pensamentos? Podemos ter o total controle deles. Em conclusão, através da psicoterapia aprendemos a lidar e reconhecer nossos pensamentos automáticos e a melhor forma de viver com eles, reordená-los e seguir a vida mais leve. Conheça a Terapia Cognitivo Comportamental.
Psic. Lisiane Duarte da Silva – CRP 07/12563
Psicóloga Cognitivo Comportamental, Especialista em Gestão de Pessoas