Uma pesquisa feita pela Universidade de Chicago mostrou que o isolamento social aumenta em 26% a chance de morrer mais cedo. E tem mais, um estudo que saiu na revista “Nature” descobriu que a solidão pode deixar o cérebro tão prejudicado quanto fumar 15 cigarros por dia.
Com esses números assustadores, é super importante agir para resolver esse problema que tá só aumentando.
Quando a gente se isola, a gente perde o vínculo com o mundo e com as pessoas que nos querem bem, e isso pode causar uma enxurrada de problemas, como solidão, depressão, insônia e outras coisas ruins.
Nesse artigo, vamos explorar mais a fundo as causas e consequências do isolamento social, e apresentar algumas soluções para enfrentamento. Acompanhe!
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ToggleO que é o isolamento social?
Imagine só essa cena: você tá em casa, tem a família toda ao redor, mas parece que ninguém te entende. E ainda tem aqueles momentos na rua, olhando a galera passar, mas sem se sentir conectado a ninguém.
Essas situações são mais comuns do que a gente imagina, e podem ser sinais de um problemão: o isolamento social. Mas o que é isso exatamente? E como isso afeta nossas vidas?
Bem, cientificamente falando, o isolamento social é quando a gente reduz drasticamente as interações com outras pessoas, seja por opção nossa ou por coisas que acontecem ao nosso redor.
Isso pode rolar de várias maneiras, como morar sozinho e ter poucos contatos sociais, ter dificuldade em se relacionar com os outros, sofrer preconceito, e por aí vai.
Agora, por que esse isolamento faz tão mal assim? A resposta está na nossa natureza. Resumidamente, somos um “bicho social”.
Desde que a gente nasce, precisamos do contato com outras pessoas para aprender, crescer e se desenvolver. Sem isso, ficamos que nem uma planta sem água: murcha e sem vida.
Tipos e causas do isolamento social
O isolamento social é algo que afeta muita gente. E dá para dividir em dois tipos: voluntário e involuntário.
No entanto, é importante frisar que isso não quer dizer que quem se isola por vontade própria tá fazendo isso só para se beneficiar. As razões por trás disso podem ser complexas e variam de pessoa para pessoa.
No primeiro caso, a pessoa escolhe se afastar, buscando ficar na sua própria bolha. Já no segundo, ela é meio que forçada a se isolar por coisas que acontecem lá fora, muitas vezes sem ter controle sobre isso.
Isolamento Voluntário
O isolamento social voluntário pode se dar por vários motivos. Confira algumas causas mais comuns:
- Fobia Social: é quele medo de interagir com gente, que pode fazer a pessoa fugir de situações sociais tipo festas, reuniões ou até conversas casuais.
- Timidez: a timidez excessiva pode dificultar a comunicação e a criação de relacionamentos, levando a um autoisolamento involuntário.
- Depressão: a tristeza profunda e a falta de ânimo características da depressão podem desmotivar a pessoa a buscar contato social, isolando-a em seu próprio mundo.
- Ansiedade: a ansiedade social traz vários sintomas chatos, como nervosismo e suor excessivo, que podem fazer as interações sociais parecerem um terror. Aí, para muitos é mais fácil fugir delas.
- Introversão: alguns são assim por natureza, preferem ambientes tranquilos e sem muita agitação. Nisso, demais interações sociais podem ser cansativas, exigindo o isolamento para recarregar as baterias.
Isolamento Involuntário
O isolamento social involuntário é quando a pessoa é obrigada a se isolar por coisas que acontecem fora de seu controle. Essas situações criam uma barreira entre ela e o mundo lá fora. Algumas das principais causas são:
- Doenças infecciosas: em casos de pandemias ou surtos de doenças contagiosas, medidas como quarentena e distanciamento social são necessárias para conter a propagação da doença.
- Pobreza: a falta de recursos básicos, como moradia adequada e alimentação, pode dificultar a participação da pessoa em atividades sociais, fazendo com que ela se isole da comunidade.
- Discriminação: o preconceito por raça, gênero, religião ou orientação sexual pode levar à exclusão social e ao isolamento.
- Deficiências: pessoas com deficiências físicas ou mentais podem enfrentar barreiras físicas e atitudinais que as impedem de participar plenamente da vida social, isolando-as da comunidade.
- Localização geográfica: pessoas que vivem em áreas remotas ou de difícil acesso podem ter sérias dificuldades para se locomover e interagir com outras pessoas.
Sintomas e consequências do isolamento social
O isolamento social, embora muitas vezes subestimado, se configura como um problema de saúde pública com impactos profundos na vida daqueles que o vivenciam.
Seus efeitos podem ser sutis e graduais, tornando o diagnóstico e a busca por ajuda um desafio.
Entre os sintomas, podemos destacar:
- Sinais emocionais: tristeza profunda, desânimo, falta de motivação, irritabilidade, crises de choro, sentimentos de vazio e solidão persistentes, baixa autoestima, desinteresse em atividades antes prazerosas, sensação de isolamento e desconexão do mundo.
- Sinais comportamentais: retorno social reduzido, negação de convites, preferência por ficar sozinho, negligência de cuidados pessoais, alterações nos padrões de sono e alimentação, abuso de substâncias, apatia e falta de iniciativa.
- Sinais cognitivos: dificuldade de concentração, memória fraca, pensamentos negativos e intrusivos, ruminação, pessimismo exacerbado, sensação de estranhamento da realidade.
- Sinais físicos: fadiga crônica, dores de cabeça, alterações no apetite, vontade de ficar deitada, problemas digestivos, enfraquecimento do sistema imunológico, suscetibilidade a doenças.
E sobre as consequências? Bom, elas podem aparecer de diversas formas:
- Saúde mental: aumento do risco de desenvolver transtornos como depressão, ansiedade, estresse pós-traumático, ideação suicida, abuso de substâncias.
- Saúde física: declínio da função cognitiva, aumento do risco de doenças cardíacas, AVC, diabetes, obesidade, osteoporose, fraqueza muscular.
- Relações sociais: deterioração dos laços familiares e de amizades, dificuldade de formar novos relacionamentos, sentimento de abandono e exclusão.
- Qualidade de vida: isolamento social pode levar à perda de autonomia, dependência de terceiros, diminuição da produtividade no trabalho, prejuízos financeiros, pessimismo em relação ao futuro.
Isolamento social e a depressão
A ciência nos diz que a depressão não é só uma tristeza passageira, mas um desequilíbrio químico no cérebro. Muita coisa pode contribuir para isso, como genética, eventos traumáticos, histórico familiar e até problemas de saúde.
Um sinal bem comum da depressão é a sensação de isolamento. É como se você tivesse uma parede invisível te separando do mundo, te impedindo de se conectar com as pessoas e coisas que você gosta.
Mas qual a relação entre depressão e isolamento social? É mais ou menos assim:
- Primeiro, a depressão te leva ao isolamento: quando você está deprimido, falta energia, vontade e interesse em sair e socializar. Você pode recusar convites, preferir ficar em casa e até se sentir desconfortável em situações sociais.
- E aí, com o isolamento social, os sintomas da depressão tendem a piorar: a falta de contato humano e apoio social pode aumentar a tristeza, a sensação de desesperança e a sensação de que não vale a pena.
Os dois problemas são sérios e precisam de atenção. Se você está se sentindo deprimida ou isolada, lembre-se que não está sozinha e que tem como superar isso.
Como a psicologia ajuda a lidar com o isolamento social?
Imagine que sua mente é um jardim. Se você não cuida dele, seus pensamentos ruins crescem, tipo ervas daninhas que sugam toda a energia e beleza desse ambiente.
A psicologia atua como um jardineiro nesse sentido, te ajudando a identificar esses pensamentos ruins, a arrancá-los e plantar pensamentos mais positivos e saudáveis em seu lugar.
Com a ajuda de um psicólogo, você vai aprender a lidar com esses sentimentos de forma saudável. Vocês vão conversar sobre suas experiências, pensamentos e comportamentos, buscando juntos as melhores estratégias para enfrentar esse momento difícil.
Normalmente, o tratamento psicológico acontece em sessões semanais, que duram cerca de 50 minutos, mas isso pode variar dependendo das suas necessidades e do tipo de terapia.
Existem muitas abordagens, cada uma com suas próprias técnicas e ferramentas. O psicólogo vai te ajudar a encontrar a que funciona melhor para você e sua situação.
Durante as sessões, vocês vão trabalhar juntos em várias áreas, como se conhecer melhor, lidar com suas emoções, melhorar sua comunicação, desenvolver suas habilidades sociais, criar uma rotina saudável, identificar pensamentos negativos e aprender estratégias para lidar com eles, entre outras coisas.
Dúvidas Frequentes sobre isolamento social
O distanciamento social, tema que ganhou destaque durante a pandemia da COVID-19, vai além da simples reclusão. Abrange a ausência de conexões significativas com outras pessoas, impactando diversos aspectos da vida.
Para esclarecer dúvidas frequentes sobre o assunto, reunimos informações embasadas em pesquisas e na visão de profissionais da psicologia:
1. Qual a importância do convívio social?
Os humanos são animais sociais. Precisamos uns dos outros para nos sentirmos bem, tanto no corpo quanto na mente.
Quando a gente se relaciona com os outros, aprendemos a lidar com nossas emoções e a nos comunicar melhor. Também é assim que criamos laços emocionais e nos sentimos parte de algo maior.
Quando passamos tempo demais isolados, podem surgir vários problemas, como:
- Aumento do estresse e da ansiedade;
- Depressão;
- Deterioração da saúde física;
- Dificuldades cognitivas;
- E por aí vai.
2. O que leva uma pessoa ao isolamento social?
As causas do isolamento social são diversas e podem variar de acordo com o indivíduo e suas circunstâncias. Alguns dos motivos mais comuns incluem:
- Doenças físicas ou mentais;
- Timidez ou introversão;
- Traumas;
- Falta de habilidades sociais;
- Fatores socioeconômicos.
3. É ruim se isolar?
O isolamento social, quando prolongado e excessivo, pode ser prejudicial à saúde física e mental. No entanto, é importante diferenciar o isolamento social da solidão.
A solidão é um sentimento subjetivo de estar sozinho e desconectado dos outros, mesmo estando rodeado de pessoas. Já o distanciamento social é a falta de contato físico e social com outras pessoas.
Algumas pessoas podem precisar de períodos de reclusão para se concentrar em um trabalho, estudar ou simplesmente relaxar. Nesses casos, o isolamento social não é prejudicial, desde que seja temporário e que a pessoa mantenha outras formas de contato social, como conversar com amigos e familiares por telefone ou online.
4. O que acontece se a pessoa ficar muito tempo sozinha?
As consequências de ficar muito tempo só podem variar de acordo com o indivíduo e suas características pessoais. No entanto, alguns dos efeitos mais comuns incluem:
- Aumento do estresse e da ansiedade;
- Depressão;
- Deterioração da saúde física;
- Dificuldades cognitivas;
- E muito mais.
Você precisa de ajuda para deixar esse isolamento social indesejado? Então conte conosco nesse processo! Entre em contato com nossa equipe de atendimento e agende a sua Consulta VIP hoje mesmo!
Fundadora da Psicotér, CEO e Diretora Técnica, Psicóloga Cognitivo-Comportamental, completamente apaixonada pelo ser humano, realizada e privilegiada por poder participar da transformação de vidas. Experiência de mais de 20 anos de atuação clínica e empresarial. Psicoterapeuta individual e em grupo de crianças, adolescentes, adultos, idosos, casal e família, online e presencial, pós-graduada em Gestão do Capital Humano. Consultora de recolocação profissional desde 2003, capacitando e orientando profissionais em transição de carreira na busca de novas oportunidades. Também consultora em diversas empresas nacionais e multinacionais, nas diversas áreas de RH, atendimento e avaliação psicológica de profissionais.