O TDAH, também conhecido como Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, é um problema neurobiológico, de caráter genético e hereditário, o que significa que tem influência fisiológica.
Ele pode ser repassado pelos pais da criança ou, até mesmo, parentes consanguíneos próximos.
Geralmente, ele consiste em comportamentos específicos, como: falta de foco, impulsividade, desatenção e, em alguns casos, descontrole emocional.
É um caso que costuma acompanhar o indivíduo ao longo da vida adulta, transformando tarefas simples, como: trabalhar, estudar ou aprender, extremamente difíceis e doloridas.
Antigamente, pouco se falava sobre esse problema, pois muitos julgavam os sintomas de desatenção como algo comum de algumas idades ou como um traço de preguiça, por exemplo.
Hoje, a psicologia e a medicina entendem que o TDAH é, na verdade, um distúrbio de alto impacto que necessita de tratamento e acompanhamento constante, seja a fase da vida que for.
Pensando nisso, elaboramos um artigo completo com detalhes sobre o Transtorno de Déficit de Atenção para sanar dúvidas e te ajudar a buscar pelo melhor tratamento possível!
Confira!
O que é TDAH – Transtorno do Déficit de atenção com Hiperatividade?
O significado de TDAH nada mais é, portanto, que um transtorno de ordem mental que pode atingir pessoas de todas as idades, mas costuma dar seus primeiros sinais logo no período da infância.
Fase de estudos, colégio, pressão e socialização são ambientes muito propícios para observar o TDAH, pois é nessa fase que a pessoa começa a tomar decisões e a trabalhar o seu hiperfoco.
Considerando que o transtorno limita as capacidades de foco, disciplina e autocontrole dessas pessoas, é de se julgar que crianças tenham grandes problemas com isso.
Não é à toa que pais e professores ocupem um papel indispensável em observar o comportamento dos pequenos ao longo do crescimento, afinal o TDAH não é um distúrbio silencioso, mas requer atenção real de terceiros.
O surgimento Déficit de Atenção e a Hiperatividade podem ser problemas ocasionados por inúmeras questões, desde contextuais, até genéticas, dificultando, assim, a identificação de causas mais específicas.
Contudo, já existem estudos que assumem que tanto a predisposição genética, quanto a falha em neurotransmissores podem ser os causadores primordiais.
Isso porque eles são os principais responsáveis pelas ligações neuronais que acontecem na região frontal da nossa cabeça.
Seja como for, o TDAH conta com sintomas extremamente agressivos, mas que podem ser facilmente confundidos com traços de personalidade, preguiça, entre outras coisas.
Sendo assim, é preciso observar os problemas de falta de atenção e a maneira que eles podem apresentar riscos.
É algo indispensável para evitar o acúmulo de outras questões emocionais e, assim, desencadeando problemas psiquiátricos mais graves ainda, como ansiedade e depressão.
Em casos de TDAH, não é incomum perceber a facilidade de desenvolvimento para outras doenças de ordem mental, já que ele consegue ser uma porta de extremas inseguranças e desencontros.
Dessa forma, observar as dificuldades, visitar regularmente um neurologista e manter um acompanhamento psicológico se tornam atividades de rotina muito necessárias e proveitosas para qualquer um!
Quais os sintomas do TDAH?
É comum que o TDAH seja diagnosticado ainda na infância, já que os sintomas costumam se manifestar durante a aprendizagem, quando a criança enfrenta problemas no ensino, na alfabetização e semelhantes.
Crianças convivem com outras, na aula, e estão constantemente passando por uma avaliação de professores e pais. Isso é extremamente importante para identificar os sinais, ainda que pequenos, de TDAH.
No caso de adolescentes e adultos, por exemplo, a situação já muda!
Nem sempre parte de terceiros essa observação, o que torna a dificuldade de diagnóstico muito maior. Sem falar na realização de tarefas, provas e atividades em ambientes com maior pressão, como o trabalho ou a faculdade.
O sofrimento parece ser maior e mais difícil de tratar para o portador.
Por esse motivo, listamos aqui uma série de sintomas para você se atentar! Seja sobre si mesmo, um parceiro ou os próprios filhos, é sempre interessante observar se há algum traço de comportamento para saber se deve buscar ajuda ou não.
Confira:
Foco em atividades
Algumas pessoas sabem realmente ser dispersas, quando o assunto é focar, especialmente a longo prazo.
No entanto, quando falamos de TDAH, o cenário muda drasticamente: a pessoa ultrapassa a dificuldade para manter o foco nas atividades e simplesmente não consegue prestar atenção.
É como se existisse um imã chamando sua atenção para outros elementos, outras situações mais interessantes do que aquilo que se encontra na sua frente.
Hiperatividade – agitação motora
Tem gente que parece ser ligada em um motor de tanta energia que esbanja por aí, né?
Mas calma! Excesso de energia nem sempre significa um traço de TDAH, às vezes as pessoas têm uma personalidade mais agitada. Isso faz parte.
O problema é quando a agitação ultrapassa os limites, deixando a pessoa constantemente inquieta e impedindo, assim, com que ela realize coisas simples, como prestar atenção em um filme ou cozinhar, por exemplo.
Nesses casos, a pessoa sofre muito, porque suas relações ficam fragilizadas e se torna realmente difícil concluir tarefas mais monótonas ou paradas, como aguardar numa fila.
É aí, também, que surge a impaciência dos outros e a necessidade de intervenção de um especialista, já que a pessoa começa a ter dificuldades de interação.
Impulsividade
Esse é outro grande clássico de pessoas com TDAH.
Lidar com uma situação difícil ou de pressão já é extremamente delicado para essas pessoas, mas controlar o impulso é ainda pior.
O controle das emoções é completamente desregulado nesse transtorno, o que abre portas para a impulsividade nos momentos mais simples: nas compras, na hora de discutir, entre outros.
Descontrole emocional
Observar e medir o próprio comportamento é outro grande sintoma do TDAH.
Isso colabora para que a pessoa cresça sem conseguir expressar seus sentimentos da melhor forma, tendo explosões de raiva e desregulações constantes de pensamentos.
Esse é mais um fator problemático dentro das suas relações, afinal a pessoa começa a apresentar picos de agressividade e características, muitas vezes, violentas.
Tudo proveniente de um transtorno sem acompanhamento.
Quais as causas do Transtorno do Déficit de atenção com Hiperatividade
Como dissemos anteriormente, é muito complicado identificar as causas diretas de um transtorno.
Geralmente, ele se instala na vida de uma pessoa através do tempo e das próprias questões pessoais dela, ou seja, é muito complicado assumir que todo portador de TDAH terá o mesmo quadro, baseado nas mesmas causas.
Entretanto, já existem estudos que comprovam a ligação entre a genética e o comportamento humano, demonstrando que o transtorno pode ter mais de um pilar na vida da pessoa, mas tem como principal o da genética.
O TDAH é um problema hereditário que pode, sim, ser passado de pai para filho, tal qual a dislexia, por exemplo.
O fator genético pesa demais no desenvolvimento cognitivo e estrutural, atuando na neurotransmissão e, até mesmo, no funcionamento interno da pessoa.
No entanto, essa não é a única motivação para o desenvolvimento do TDAH.
Alguns especialistas defendem que o contexto ambiental e social também pode trazer algum tipo de alteração, ainda que não tão intensa quanto a fisiológica.
Como é o TDAH em adultos?
O TDAH em adultos pode se mostrar de forma mais prática e silenciosa, diferente do que se espera.
Crianças com TDAH, muitas vezes, crescem e embarcam na vida adulta ainda com sintomas de ausência de foco, concentração e comportamentos impulsivos, mas se torna mais difícil de perceber.
Se tratando de adultos, não acontece aquela observação ativa de pais ou responsáveis, o que significa que a pessoa fica dependendo dos próprios cuidados, o que nem sempre resulta em procurar a ajuda certa.
No período da adultez, as pessoas acabam lidando com maior estresse, vida profissional e familiar, o que faz com que seus sintomas se mostrem muito mais na desorganização e na falta de planejamento pessoal.
Além disso, a determinação de prioridades também sai prejudicada, afinal a pessoa com TDAH encontra sérios problemas em lidar com uma atividade de cada vez, de maneira completa.
Toda essa falta de disciplina, acaba alimentando inseguranças, medos, frustrações, além de colaborar com o estresse cotidiano de cada um.
Por fim, há também uma dependência de terceiros para completar cada tarefa, desde as mais simples, já que tudo fica em desordem e incompleto na vida da pessoa.
Como é TDAH infantil?
O TDAH infantil já se mostra de maneira bem mais clara, se manifestando através do comportamento da criança.
Todo mundo sabe que a agitação é comum, especialmente quando o bebê ou a criança divide o ambiente com mais pessoas.
A questão, no TDAH, é a falta de controle, ou seja, a pessoa não consegue, ainda que tente, se manter parado ou concentrado por muito tempo.
Nas crianças, é possível perceber isso na hora de brincar, dormir ou estudar, por exemplo.
As mãos e os pés não param, estão sempre falando, não conseguem ficar sentadas, pegam e mexem em inúmeros lugares ao mesmo tempo e assim por diante.
Jogos e brincadeiras deixam de ser interessantes rapidamente, além de parecerem sempre exigir demais delas.
Outro ponto muito importante é a aparente ausência de memória! Inúmeros pais reclamam desse problema, tendo que estar constantemente relembrando seus filhos de algumas coisas, já que estão sempre distraídos.
A desorganização e o caos externo é muito semelhante ao dos adultos, mas alguns responsáveis podem acabar ignorando isso, por se tratar dos pequenos.
Seja como for, se o cenário se encaminha para essas questões, é de extrema importância que os pais estejam atentos e se proponham a pedir ajuda de um profissional que possa, no mínimo, estabelecer uma boa análise do seu filho ou filha.
TDAH tem cura?
Assim como a ansiedade, o TDAH não possui cura, mas também pode ter seus sintomas abrandados com a ajuda certa e o tratamento correto.
Geralmente, as pessoas diagnosticadas na infância seguem com padrões de comportamento até a idade adulta, sofrendo com sua desorganização, mas naturalizando isso, de alguma forma.
Sendo assim, é importante que o tratamento seja iniciado o quanto antes na vida da pessoa, evitando que ela invista em comportamentos destrutivos e nada saudáveis para a sua própria mente.
Além disso, buscar por esse tratamento mais cedo pode facilitar e fortalecer as relações dessa pessoa, já que o TDAH e seus sintomas conseguem dificultar essa área da vida também.
Isso pode ser resolvido corretamente ao lado de um profissional da saúde mental, ainda que demande tempo e paciência.
Cada tratamento irá exigir uma abordagem personalizada para a pessoa e é importante que ela se permita conhecer dentro da terapia para receber o que for mais adequado para o seu próprio caso.
Tratamentos para TDAH
Os tratamentos para TDAH mais efetivos estão relacionados ao acompanhamento psicoterapêutico e psiquiátrico.
Simplificando, uma pessoa com o transtorno precisa ter suas emoções constantemente reguladas e acompanhadas, de perto, por um especialista que possa ajudar com análises, exercícios e reflexões.
Esse profissional irá ajudar no processo do “saber”, nas relações e no autoconhecimento desse paciente, fazendo com que ele aprenda a compreender sua própria mente de forma mais aprofundada.
Isso acontecerá com consultas regulares de terapia, um espaço para exercitar e falar sobre as dificuldades emocionais através do tempo e dos ambientes de trabalho, socialização, entre outros.
É um passo indispensável para quem convive com sintomas do TDAH, sejam crianças, adolescentes ou idosos, afinal, é necessário criar-se um plano de ação para que essa pessoa viva uma vida saudável e equilibrada.
Tudo será trabalhado neste espaço: desde a pedagogia dos ambientes, até a forma de comunicação, as vontades, inseguranças, etc.
Por fim, outro tratamento extremamente relevante para o TDAH é o acompanhamento psiquiátrico, cujos objetivos são complementares ao tratamento com o psicólogo, através da inserção de remédios.
Somente o médico psiquiatra pode sugerir o tratamento medicamentoso para lidar com o TDAH, ainda que o psicólogo possa fazer o encaminhamento para esse profissional.
Seja como for, os sintomas do TDAH podem causar desconfortos emocionais e muitos problemas que somente o psicólogo é capaz de tratar.
Então, ambos os tratamentos precisam trabalhar em forma de aliança para cuidar, do melhor jeito possível, da mente de um portador de TDAH.
Se você aí sente que luta diariamente com esses sintomas ou que seu filho, por exemplo, pode estar tendo dificuldades na vida por conta do TDAH, não adie mais uma consulta com o psicólogo!
Aqui, na Psicotér, nós contamos com um grupo de profissionais capacitados para te ajudar e dar suporte nessas questões pessoais!
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Texto de: Luísa de Oliveira – redatora da Equipe Psicotér
Aprovado por:
Fundadora da Psicotér, CEO e Diretora Técnica, Psicóloga Cognitivo-Comportamental, completamente apaixonada pelo ser humano, realizada e privilegiada por poder participar da transformação de vidas. Experiência de mais de 20 anos de atuação clínica e empresarial. Psicoterapeuta individual e em grupo de crianças, adolescentes, adultos, idosos, casal e família, online e presencial, pós-graduada em Gestão do Capital Humano. Consultora de recolocação profissional desde 2003, capacitando e orientando profissionais em transição de carreira na busca de novas oportunidades. Também consultora em diversas empresas nacionais e multinacionais, nas diversas áreas de RH, atendimento e avaliação psicológica de profissionais.