Quem aí não gosta de usar o tempo livre para colocar aquelas séries ou filmes em dia no catálogo de streaming ou, simplesmente, ficar avaliando o feed das redes sociais para relaxar depois de um dia cansativo?
É inevitável e, para alguns, até “necessário”, certo? Mas a verdade é que você certamente usa seu telefone, computador ou tablet muitas vezes além das que elencamos aqui.
Você usa no trabalho, na rua, no carro, nas filas, restaurantes e, sem dúvidas, até no banheiro.
Esse é, de fato, um grande reflexo das mudanças que vêm acontecendo no mundo, ultimamente, onde os aparelhos tecnológicos têm ganhado um espaço gigantesco.
Nosso mundo tem avançado e, com ele, a readaptação acontece naturalmente. Contudo, fica a pergunta: quais os limites desse uso tecnológico? Até que ponto estamos usando esse meio ou nos tornando dependentes dele?
Pensando nisso, separamos esse artigo justamente para levantar esse questionamento, trazendo possíveis impactos que essa dependência pode gerar em nossas vidas e as formas mais saudáveis de controlar isso.
Conteúdo desse artigo
ToggleO que é a dependência tecnológica?
A dependência tecnológica é um assunto delicado para se observar nos dias de hoje, afinal para onde quer que a gente olhe, esses avanços acontecem e nós carregamos a “obrigação” de acompanhá-los, de alguma forma.
É muito difícil tentar manter um equilíbrio entre o uso consciente de aparelhos eletrônicos e a necessidade de estar conectado 24 horas por dia.
Isso porque estamos tão inseridos em um meio cibernético, que lembrar das pequenas coisas da vida real se torna uma atividade quase impossível.
Todo mundo usa e precisa da internet para conseguir trabalhar e se relacionar plenamente nos dias de hoje, isso é um fato.
Conseguimos informações nas palmas de nossas mãos em questão de segundos e com isso, acabamos otimizando e muito cada pequena tarefa que antigamente levaria horas para ficar pronta.
A questão é que essas redes e o uso delas se fazem muito mais presentes do que a gente imagina.
Mesmo trabalhando com elas, usamos dos seus recursos para ir muito além!
Criamos laços, acompanhamos vidas alheias, nos entretemos e usamos o tempo que for, quando estamos livres.
Você sabe o que isso gera?
Horas a fio em frente ao computador, alterando nossos costumes, limitando nossos movimentos e criando aquilo que chamamos de dependência tecnológica.
Passamos a desconhecer as ruas ou da própria matemática porque existem aplicativos que fazem isso por nós, dando resultados em um piscar de olhos. Mas até que ponto isso é saudável para a nossa mente e/ou nosso corpo?
Criar dependência de algo é, literalmente, não conseguir encarar a vida sem isso inserido nela.
No caso das tecnologias, os aparelhos e redes sociais não são diferentes!
Você se lembra da última vez em que deixou ou esqueceu o seu celular em casa, por exemplo?
Lembra do quão difícil foi passar o dia sem conseguir checar notificações, fazer cálculos rápidos ou, simplesmente, observar o horário naquela telinha?
Pois é! Esse é um forte exemplo do que essa dependência tecnológica quer nos dizer.
É claro que com ela nos movimentamos mais rápido, conseguimos ganhar tempo, entre muitas outras coisas.
No entanto, é preciso pensar nas consequências e no resultado disso tudo perante a sua saúde.
Foi-se o tempo em que esse era um problema de jovens ou adolescentes viciados em jogos, por exemplo.
Hoje em dia, essa é uma situação mundialmente agravante que já atinge adultos e crianças o tempo todo.
Falar dessa dependência é inevitavelmente pensar nas suas consequências e em cada impacto que ela traz diariamente para as nossas vidas.
Detalhes esses que são muito mais intensos do que podemos medir.
O que causa a dependência da tecnologia?
Antes de pensar nas possíveis consequências da dependência tecnológica do ser humano, talvez seja interessante refletir sobre o que causa isso, especialmente para entender a raiz do problema.
A verdade é que não existe somente uma causa específica que leve uma pessoa a ficar presa aos seus aparelhos eletrônicos.
O fato é que grande parte de nós já nasceu inserido em um mundo onde a tecnologia além de prática, se faz inevitável.
A gente precisa dela para se organizar, pesquisar, se informar, se atualizar, compartilhar, acompanhar e, basicamente, existir.
Sim, isso também, afinal muitos dizem por aí que se você não possui redes sociais, você não existe.
Mas essa é uma das maiores mentiras que já te contaram.
Você pode não existir neste mundo aqui, onde eu escrevo um artigo online e você lê aí da sua casa, mas a realidade é que o nosso universo se resume a muito mais do que algumas telas e uma boa rede de internet.
Isso não significa que para ser saudável você precise largar tudo que as tecnologias te oferecem para voltar a viver na idade da pedra. Não é o que estamos dizendo!
Mas saber equilibrar os usos tecnológicos com a vida real é um passo importante e é um aprendizado que devemos receber desde muito cedo.
Uma das principais causas que fazem com que a gente mergulhe de cabeça nesse universo online é a educação e a naturalização desse espaço. Algo que pode acontecer em casa, na escola ou até na rua.
Não é incomum encontrar pais, por exemplo, que na busca de distrair seus filhos ou evitar que eles se descontrolem, entreguem o celular ou um aparelho para que a criança possa se entreter.
Isso não é um crime, é uma tentativa de fugir do estresse ou do cansaço que é acalmar a criança conversando ou dando atenção.
O problema é quando essa “solução” se torna rotina e a criança é estimulada a ficar em frente a TV, ao celular ou no computador o tempo todo.
Em uma fase de crescimento isso é extremamente delicado, porque essa criança precisa de uma certa atenção dos seus pais, porque é na convivência que ela aprende sobre si, sobre afeto e relações. Algo que a internet não ensina.
Portanto, esse costume de inserir os aparelhos como meio de “distração” nem sempre é uma escolha inteligente, porque assim pode surgir aquilo que chamamos de dependência tecnológica infantil.
Além disso, outra possível causa dessa dependência é a necessidade de fuga da realidade.
Como já dissemos: o mundo online é muito diferente do que encontramos aqui fora.
Nas redes sociais, dificilmente precisamos lidar com perdas, imperfeições, dificuldades ou coisas ruins. Ao contrário, nos deparamos com tantos filtros diários, que os erros mal aparecem.
O mundo online é estimulante por isso, afinal é um espaço de segurança e liberdade constante.
O problema é que isso faz com que as pessoas usem esse espaço como fuga.
Então, se a vida real não tem sido suficiente ou agradável para as pessoas, elas buscam um jeito de fazer desse mundo virtual a nova vida delas, distante de sofrimento ou dores.
Elas investem nesse uso tecnológico para esquecer o que se passa aqui fora, ficando distantes do estresse e das ansiedades que a vida real nos reserva todos os dias.
Isso é uma questão porque faz com que viremos dependentes de um espaço irreal e que toma conta do nosso tempo e da nossa saúde.
Fugir de problemas é e sempre foi uma condição humana muito comum e ela acontece independentemente de idade.
Adolescentes que jogam o tempo todo, não pensam em suas tarefas ou em uma família potencialmente ausente, por exemplo.
Crianças que ficam vidradas na televisão ou em constante contato com estímulos audiovisuais, não choram e não pedem atenção o tempo todo.
Adultos que consultam o celular incessantemente e passam horas a fio engolidos pelas redes sociais sentem que seus problemas emocionais nem estão mais lá depois de um tempo.
Você deve estar se perguntando, então: mas qual o problema da dependência tecnológica se ela acaba fazendo tudo isso por essas pessoas?
A resposta não é simples e é por isso que você precisa se atentar aos impactos dessa dependência.
Quais os principais impactos e consequências da dependência tecnológica?
A dependência tecnológica e as suas consequências podem ser um grande atraso para as nossas vidas. Justamente o contrário do que os aparelhos foram criados para fazer, certo?
Isso acontece porque qualquer tipo de dependência faz com que precisemos cegamente das coisas, fazendo com que a gente não viva se não tivermos aquilo sempre ao nosso alcance.
Dependência gera tensão, necessidade constante e um total desligamento de outras coisas que são muito importantes para nós mesmos. Ela funciona quase como uma doença que vai nos consumindo timidamente até alcançar extremos.
Mas calma! Existem sintomas para ficarmos atentos e tratamentos acessíveis para a gente manter distância dessa dependência tecnológica.
Para te ajudar a ficar mais longe ainda dessa situação, nós listamos os possíveis impactos desse vício, se liga:
Dificuldade de Foco
O uso excessivo de aparelhos eletrônicos pode gerar grandes problemas de foco tanto no trabalho, quanto na escola ou em casa.
Todo mundo sabe o quão desgastante e desagradável é jantar com alguém que não consegue ficar longe do telefone, certo? E se você não sabe, talvez você seja essa pessoa.
Esse é um dos grandes problemas que os viciados encontram: focar em algo que não seja a internet ou as tecnologias.
No trabalho, ela pode virar uma fonte de distração e qualquer tarefa se torna menos interessante do que passar um tempinho nas redes.
Em casa, na escola ou faculdade não é diferente: você deixa de prestar atenção no que é importante para ficar vidrado nas telinhas.
Isso atrapalha a sua concentração e consequentemente a sua produtividade.
Distanciamento social
Esse não é somente o distanciamento físico que nos acostumamos a ouvir durante a pandemia. Esse é o isolamento do mundo que as pessoas adotam quando se fecham em casa para ficar navegando nas redes, por exemplo.
Muitos que desenvolvem a dependência tecnológica se afastam de seus amigos, perdem relações e acabam desenvolvendo uma grande solidão.
Isso porque a dependência afasta os outros, já que os aparelhos passam a receber mais atenção do que as próprias pessoas.
Além disso, a pessoa deixa de ser ela mesma, passa a estar sempre ocupada ou conectada demais para perceber aqueles que estão ao seu redor.
Aumento da Procrastinação
Com a dificuldade de se concentrar e a grande falta de autocontrole que acontecem nessa dependência, a pessoa acaba procrastinando muito mais.
As tarefas ficam incompletas, você fica empurrando tudo com a barriga e não consegue entregar mais nada no prazo.
É muito delicado, porque as pessoas que sofrem com essa dependência demoram para perceber isso e suas demandas acabam se tornando uma grande bola de neve.
Procrastinar por causa das redes sociais é um clássico de adolescentes e jovens adultos, por exemplo.
O feed das mídias é simplesmente infinito, então a pessoa fica horas ali e nem percebe o tempo passar.
Algo que faz ela perder muito tempo do dia e, a longo prazo, até da vida.
Rotina de sono alterada
Ficar constantemente conectado não faz mal somente para sua saúde mental, mas também para o seu corpo.
Já existem inúmeros estudos que falam sobre os problemas das luzes emitidas pelos aparelhos, responsáveis por nos fazer ter problemas de vista e semelhantes.
Outro problema muito comum que essas luzes estimulantes causam é a questão da dificuldade na hora de dormir.
Muita gente gosta de ficar mexendo no celular até pegar no sono, mas não percebe que sua mente fica recebendo um turbilhão de informações que a impede de relaxar e, de fato, descansar.
Além disso, o sono é altamente atrapalhado pelas luzes emitidas pelo telefone, o que mexe com toda a sua rotina.
Aumento de transtornos
Outro problema muito comum entre as pessoas que desenvolvem essa dependência tecnológica é o aumento de transtornos emocionais graves, como a depressão ou ansiedade, por exemplo.
Esses são problemas que se agravam, porque a medida que elas se afastam dos outros e começam a viver inteiramente nas redes, passam a se comparar com os outros e a querer viver uma realidade que não existe: a das redes.
Isso é problemático em tantas instâncias que a pessoa começa a ficar cada vez mais depressiva e ansiosa, não conseguindo se distanciar das redes de forma alguma.
Esse é um comportamento que gera problemas de autoestima também, sem falar no complexo de inferioridade que acaba surgindo, já que a pessoa fica vendo aquelas vidas perfeitas na internet, querendo que a sua fosse assim.
É delicado, pois ela não sabe lidar com frustrações e acaba sofrendo muito mais do que o esperado.
Como a psicologia pode ajudar a superar esse vício?
O problema da dependência de tecnologias pode ser resolvido com uma nova rotina e o adaptar dos hábitos.
Isso não significa que seja um caminho fácil ou acessível para qualquer um, afinal estamos falando de um vício sério e algo que atrapalha muito o dia a dia de qualquer um.
As pessoas não precisam enfrentar esse processo sozinhas, especialmente por já se tratar de uma dependência solitária. Elas sempre podem contar com a ajuda da psicologia.
Um profissional da saúde mental irá ajudar na readequação de hábitos dessa pessoa, fazendo com que ela exercite o afastamento das redes e se readapte a uma vida mais equilibrada.
O psicólogo vai ajudar a entender que sim, os aparelhos eletrônicos são de extrema importância para ganhar tempo e otimização nas nossas atividades, mas eles não são nossa única saída.
É em um espaço como a terapia que o dependente irá aprender, de fato, a como utilizar a tecnologia de forma saudável e útil para si mesmo, sem perder tempo, energia ou relações por conta disso.
É muito importante que o paciente em questão se sinta à vontade em fazer essas mudanças, pois seus limites não podem ser cruzados e seu conforto é a prioridade durante todas as sessões.
Nem sempre é um caminho fácil, mas traz um enorme aprendizado para qualquer um que tente.
Você já se sentiu dependente de alguma coisa como as redes sociais ou a tecnologia no geral? Saiba que não está sozinho!
Aqui, na Psicotér, nós contamos com um grupo de profissionais capacitados que podem te ajudar a superar de vez esse vício!
Entre em contato com a nossa equipe de atendimento e garanta a sua CONSULTA VIP!
Fundadora da Psicotér, CEO e Diretora Técnica, Psicóloga Cognitivo-Comportamental, completamente apaixonada pelo ser humano, realizada e privilegiada por poder participar da transformação de vidas. Experiência de mais de 20 anos de atuação clínica e empresarial. Psicoterapeuta individual e em grupo de crianças, adolescentes, adultos, idosos, casal e família, online e presencial, pós-graduada em Gestão do Capital Humano. Consultora de recolocação profissional desde 2003, capacitando e orientando profissionais em transição de carreira na busca de novas oportunidades. Também consultora em diversas empresas nacionais e multinacionais, nas diversas áreas de RH, atendimento e avaliação psicológica de profissionais.