Terror noturno é uma espécie de distúrbio do sono relacionado à alternância de comportamentos durante a passagem dos estágios desse sono.
Ele é muito mais comum durante o período da infância, sendo recorrente entre crianças de 3 a 8 anos. No entanto, não anula a possibilidade de ser desenvolvido por pessoas adultas e/ou adolescentes.
Durante esses episódios, as pessoas gritam, se descontrolam e ficam se debatendo, tendo reflexos extremamente agressivos. Tudo isso, muitas vezes, sem acordar, pois a realidade dela é distorcida (parece parte de um sonho).
Há especialistas que julguem que, ao longo dessas experiências, as pessoas estejam parcialmente acordadas, ainda que não tenham controle algum sobre o corpo e as próprias ações.
Muitas se envolvem em acidentes ou acabam assustando familiares durante esses momentos, ainda que seja sem querer.
Para compreender melhor como isso acontece, acompanhe o artigo sobre terror noturno até o final! Aqui, vamos esclarecer algumas dúvidas comuns que podem atrapalhar o cotidiano das vítimas desse distúrbio.
Conteúdo desse artigo
ToggleO que é o terror noturno?
O terror noturno é um tipo de distúrbio do sono que gera ataques de pânico ao longo da noite, geralmente entre alguns estágios desse sono.
Ele é considerado por muitos especialistas como uma parassonia, que nada mais é que alguns tipos de comportamentos e manifestações alteradas relacionados ao período de descanso noturno.
Geralmente, o terror noturno vem carregado de episódios de algo que parece sonambulismo, ou seja, a pessoa parece acordada, descontrolada e realmente assustada.
Isso porque os episódios são carregados de muita agressividade e medo, já que a pessoa grita muito, se debate, caminha, apresenta sudorese e perde, de fato, o controle do corpo.
Há casos narrados de pessoas que atravessaram janelas, enquanto dormiam, por exemplo, comprovando que realmente não tinham controle sobre o que se passava com elas.
Nessas horas, é possível compreender que o terror noturno, apesar de demonstrar um descontrole, é muito perigoso tanto para as vítimas do distúrbio, quanto para os familiares ou parceiros que possam estar por perto.
Lidar com essa situação nem sempre é um problema para a criança ou o adulto que vive nela, mas sim para quem está ao redor e presencia regularmente os episódios de terror.
Isso porque a pessoa que passa pelos episódios dificilmente se recorda do que estava vendo ou vivendo no momento, por mais que ela pareça totalmente acordada e ativa no momento.
Nessas horas, pode ser muito delicado tentar conter alguém, seja por elas estarem dormindo ou sem controle algum do próprio corpo.
Daí a necessidade de procurar um profissional que possa lidar com essa situação o quanto antes, ajudando o paciente a superar essas fases de desencontro com o próprio sono.
O processo de cura, quando se é criança, pode acabar acontecendo naturalmente, conforme o crescimento dela. Há casos em que as situações se tornam menos frequentes até, finalmente, sumirem de vez.
No entanto, nem sempre é o que acontece e alguns pais precisam buscar urgentemente um atendimento especializado que possa colaborar no tratamento dos pequenos.
Na fase adulta, as coisas mudam um pouco: não se deve e nem se pode esperar que os sintomas passem naturalmente.
Isso porque os adultos manifestam os sintomas de um jeito extremamente agressivo, podendo machucar os outros fisicamente ou até a si mesmo.
O aconselhável é que as pessoas se mantenham atentas a todo e qualquer comportamento atípico durante o período de sono, porque só assim saberão a hora certa de buscar pelo profissional ideal.
O que pode causar essa parassonia?
As causas do terror noturno não são fáceis de estabelecer, tanto que muito do que se sabe hoje não é uma definição própria delas.
Especialmente quando se trata dos adultos, há grandes dificuldades na investigação do que impulsiona essas perturbações durante o sono.
Entretanto, há estudos de neurologia que interpretam a raiz do problema como uma falha no sistema nervoso central do indivíduo, fazendo com que ele tenha esse “despertar” no meio da noite.
Há outros especialistas que julgam a origem do problema como algo relacionado a situações de grande estresse, principalmente no período da infância.
Isso porque observaram que os episódios de terror noturno em crianças ou no bebê se mantém constantes em momentos que elas são submetidas ao estresse, seja na escola, em casa ou até na rua.
Parece uma movimentação do nosso corpo e mente, em uma tentativa de demonstrar que algo interno não anda alinhado.
Sendo assim, por mais desconhecidas que as causas do terror noturno sejam, há uma grande desconfiança de que o contexto daquela pessoa seja determinante para os seus surtos noturnos.
Outro ponto muito importante a ser considerado é a própria genética, isto é, familiares com histórico de sonambulismo ou outros distúrbios de sono podem ter maior tendência de passar esses problemas para seus filhos.
Por fim, há também a possibilidade de o terror ser uma manifestação pós-traumática.
O que isso significa?
O terror noturno pode ser um reflexo de algum evento traumático ocorrido ao longo da nossa vida, seja uma grande perda, uma separação, algum tipo de agressão ou algo parecido.
Nesses casos, nossa mente cria tendências para apagar as cicatrizes internas que ficam, mas acaba criando escapes nem sempre muito saudáveis. O que pode ser o caso do terror noturno também.
Isso e fatores externos, como o estresse no trabalho, bullying na escola, desvalorização familiar, entre outros pontos podem ser grandes pilares para sustentar a síndrome do terror noturno.
Qual a diferença entre pesadelo e terror noturno?
O terror noturno já traz no seu próprio nome o maior significado de pavor possível.
Isso já seria o suficiente para garantir certa diferença de episódios de pesadelo, por exemplo: o desespero físico e mental que o terror acaba causando.
No entanto, há uma explicação mais técnica para a diferença entre essas duas situações também!
No caso do pesadelo, é mais comum que aconteça ao final da noite, onde a pessoa acorda desnorteada, assustada, mas logo consegue perceber que se trata de um pesadelo.
Essa percepção dificilmente acontece em episódios de terror noturno!
Nos casos de terror, a pessoa demora um bom tempo para sequer perceber o que está fazendo, isso quando percebe.
Como já citamos, muitas acordam no dia seguinte sem lembrar o que se passava, ainda que tenha caminhado, falado, gritado ou qualquer coisa parecida.
Além disso, o período que o terror se instala é logo no início da noite, quando a pessoa está um pouco distante ainda de estabelecer aquele sono profundo e estado de descanso.
Outro ponto que se diferencia muito é a abordagem de tratamento para esses distúrbios.
Alguém que lida com pesadelos, geralmente, enfrenta um período mais curto de manifestações noturnas, o que a permite ter um tratamento mais leviano e menos agressivo quanto às suas condições mentais.
Entretanto, não é o mesmo com o terror noturno.
Por ele ser um distúrbio realmente grave e com fortes chances de agravamento para transtornos sérios como ansiedade ou depressão, a profundidade do acompanhamento deve ser muito maior.
Em muitos casos de terror noturno a terapia pode não ser o suficiente, o que necessita da entrada de um psiquiatra e possíveis tratamentos medicamentosos como acompanhamento.
Quanto tempo dura o terror noturno?
O tempo de duração de cada crise de terror noturno, logo que a pessoa começa a dormir, é muito variável.
Pode acontecer por alguns segundos, mas há narrações de quem já tenha passado por crises de dez a quinze minutos também.
Nesses casos, é comum que a pessoa não veja, não ouça e seja mais agressiva nas suas respostas ao toque dos outros, por isso a necessidade de se manter atento.
É importante, então, que as pessoas ao redor busquem encorajar as vítimas de terror noturno a procurarem por ajuda profissional.
Isso irá auxiliar nos problemas com insônia, dificuldade para dormir, na ansiedade noturna e, inclusive, nos episódios de terror.
Certamente, é um processo que leva tempo e a pessoa ainda pode se deparar com alguns casos eventuais, se burlar o uso de remédios ou das orientações do seu psicólogo.
Daí a importância de procurar o tratamento, mas acima de tudo: levá-lo a sério!
O que fazer quando o bebê tem terror noturno?
Quando um bebê, uma criança, ou ainda, um adolescente desenvolve o terror noturno, é preciso ter em mente dois tipos de ação: o imediato e o mais desenvolvido.
O que isso significa?
Na prática, precisamos saber como agir no momento em que o jovem está tendo o episódio, ou seja, ter um plano de ação para saber como agir durante um ataque no meio da noite.
Mas, também, é necessário saber como agir a longo prazo para resolver, de fato, o problema e não somente adiar a situação.
No primeiro caso, é importante abraçar a criança, tentando acalmá-la ou fazendo com que ela acorde.
Como se trata de um momento de muita agitação, é importante que o pai, a mãe ou o responsável não se descontrole ou se assuste na hora de fazer essa contenção.
É preciso ter em mente que a criança está descontrolada, naquele momento, e precisa contar com a calma e a delicadeza de alguém que esteja por perto.
Não é preciso usar de nenhum instrumento ou item além do próprio corpo, com o intuito de acalmar e proteger a criança ao longo do processo, já que ela pode se machucar durante os ataques.
De resto, é necessário ficar perto da criança esperando a crise passar com o tempo.
Agora, pensando no contexto geral, é muito importante que os responsáveis por esse jovem busquem por um atendimento psicoterapêutico e médico.
Isso vai ajudar a criança a ter mais controle sobre essas crises, ainda que o terror noturno demonstre ser um visitante eventual.
Médicos e terapeutas podem trabalhar juntos para entender a origem do problema e tratá-la através do diálogo combinado com o tratamento medicamentoso.
Essa nunca é uma resolução instantânea, mas pode colaborar muito com o desenvolvimento dos pequenos, além de resolver grande parte do problema!
Quais sintomas do terror noturno?
Os sintomas do terror noturno podem se dividir entre algo físico e psicológico nas pessoas, fazendo com que seus ataques no meio da noite gerem problemas graves e a longo prazo.
Entre crianças, adolescentes e adultos os sintomas permanecem muito semelhantes, apesar de a abordagem exigir diferentes tipos de atenção.
Pensando nisso, separamos uma pequena lista de sintomas para que os pais e as vítimas do terror possam se concentrar e buscar ajuda, quando necessário:
- Coração acelerado
- Mexer-se muito na cama
- Suor excessivo
- Gritos fora de hora
- Descontrole emocional
- Sensação de alerta, mesmo quando não há necessidade
- Medo constante
- Falta de ar
- Pressão no peito
- Agressividade
- Olhar assustado e focado
- Dificuldade de ouvir
- Sonolência no dia a dia
- Arranhões ou roxos pelo corpo depois de dormir
- Não ter memória do que fez durante a noite
Como a psicologia pode ajudar no tratamento do terror noturno?
A psicologia é uma das maiores aliadas no tratamento do terror noturno e isso não difere da idade.
Os métodos terapêuticos utilizados em cada sessão serão adaptados para cada caso, portanto não deve-se preocupar com nada além da busca pela ajuda.
É um processo longo, mas muito interessante, afinal a psicologia irá permitir que a pessoa se conheça profundamente, entendendo a origem do problema e as formas que se sente mais confortável de enfrentá-lo.
Isso funciona para absolutamente qualquer idade, já que existem tipos de terapia voltados para o público infantil e adolescente.
O importante é que a pessoa que convive com o terror sinta-se confortável com o ambiente da terapia, ainda que demore para se soltar um pouco.
Esse não pode e não deve ser motivo para gerar mais ansiedade e bloqueios emocionais.
A psicologia é um grande instrumento de cura para esses ataques, mas nem sempre ela funciona sozinha… Muitas vezes, é necessário que haja o auxílio de um psiquiatra ou pediatra para lidar com a situação.
Isso porque o tratamento medicamentoso só pode ser feito com um médico e para estabelecer um bom sono, pode ser que a pessoa necessite desses remédios.
Além disso, a psicoterapia ajuda qualquer um a se cuidar melhor e a entender os próprios conceitos ao longo da vida, analisando e organizando a bagunça do dia a dia e da rotina corrida.
São vantagens que não acabam mais!
Você já se deparou com um caso de terror noturno? Sente que pode estar sofrendo com esse problema?
Aqui, na Psicotér, a gente conta com um extenso grupo de psicólogas especialistas que podem te ajudar a superar essa questão!
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Fundadora da Psicotér, CEO e Diretora Técnica, Psicóloga Cognitivo-Comportamental, completamente apaixonada pelo ser humano, realizada e privilegiada por poder participar da transformação de vidas. Experiência de mais de 20 anos de atuação clínica e empresarial. Psicoterapeuta individual e em grupo de crianças, adolescentes, adultos, idosos, casal e família, online e presencial, pós-graduada em Gestão do Capital Humano. Consultora de recolocação profissional desde 2003, capacitando e orientando profissionais em transição de carreira na busca de novas oportunidades. Também consultora em diversas empresas nacionais e multinacionais, nas diversas áreas de RH, atendimento e avaliação psicológica de profissionais.