Quando as pessoas desejam o emagrecimento as primeiras coisas que pensam é em procurar uma academia e um nutricionista para atingirem seu objetivo.
É de conhecimento comum que no processo de emagrecimento é preciso reduzir a quantidade de alimentos consumidos, comer aqueles mais saudáveis e exercitar-se. Isto está bastante correto.
No entanto, o que muitas pessoas não levam em consideração é o que especificamente as faz comer demais, de modo desordenado ou alimentos com poucos nutrientes.
Ou seja, os motivos emocionais e comportamentais que as fazem comer além do necessário e por que não atingem o emagrecimento. É neste ponto que a psicoterapia pode ajudar.
A alimentação relaciona-se a manter a saúde, a vida e o corpo em funcionamento. Porém, para algumas pessoas, a comida possui outros significados: refúgio, compensação, carinho, entre outros. Isso acontece porque alguns fatores psicológicos podem influenciar o modo como as pessoas relacionam-se com a alimentação; entre eles, a ansiedade, a culpa, o medo, as dificuldades de relacionamento, etc.
Dificuldades em controlar a alimentação podem esconder emoções mal resolvidas. Por exemplo, podem estar relacionadas à cultura familiar e social; ao modo como o alimento é visto e também ao modo como a pessoa se percebe e percebe o mundo.
Muitas pessoas já buscaram o emagrecimento de diversos modos e iniciaram diversas dietas, que foram abandonadas sem nem mesmo saberem o porquê. Isso acontece, pois elas acabam se boicotando, ou seja, utilizando pensamentos que as impedem de seguir seu propósito. Estes pensamentos relacionam-se a diversos modos de relacionar-se com a comida, com os outros e consigo mesmos.
Tristeza, ansiedade, medo e solidão são alguns dos sentimentos que podem ser compensados na comida. Muitas pessoas não conseguem lidar com eles e utilizam a comida como modo de fugir; de não pensar; de afastarem-se destas sensações, que são ruins.
Para algumas pessoas, ingerir algum medicamento ou fazer uma cirurgia é a melhor forma de atingir o emagrecimento. Para elas, são os fatores externos que farão o trabalho do emagrecimento. Estes métodos podem parecer interessantes, mas eles repetem um comportamento: o de colocar suas conquistas e responsabilidades nas mãos de outras pessoas. Agindo deste modo, a conquista da perda de peso está fora de si e a manutenção do peso também.
Manter o peso acima do esperado pode ter alguma vantagem. Como assim?
Isso se chama ganho secundário, pois, de modo inconsciente, a pessoa tem algumas vantagens, como
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Fazer-se vítima: as pessoas podem ficar com pena de quem não consegue emagrecer;
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Sensação de ser cuidado: poder ser olhado, como forma de ser importante para alguém;
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Dificuldades sociais: por estar gordo, pode-se inventar desculpas para não participar de atividades sociais e, assim, não precisar enfrentar o mundo e as diferenças;
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A comida é um agrado: quando acontece alguma coisa, boa ou ruim, a comida é um prêmio, um alento, um modo de presentear-se com algo prazeroso.
Comer também pode ser um vício, pois diminui a ansiedade e satisfaz o cérebro- assim como o fazem o álcool, as drogas etc. Além disso, como vício, a comida satisfaz de modo momentâneo e cada vez são necessárias mais doses para obter o efeito desejado.
Alimentar-se é um hábito, um comportamento aprendido. Comer em demasia faz parte de algumas rotinas e rituais; por isso, mudar o modo como cada um encara a vida é uma maneira de sair do lugar, desligar-se de diversos hábitos, mudar a visão e relação com a comida.
A psicoterapia pode ajudar a mudar estes hábitos, pensamentos, rituais, rotinas. É um modo de mudar de maneira geral e encarar a vida de maneira mais realista e saudável. Não é um processo mágico que fará a pessoa emagrecer facilmente e sem esforços; é um processo ativo, no qual o paciente e o terapeuta trabalham para atingir o objetivo do paciente: descobrir os motivos por trás da dificuldade de emagrecer, perder peso, manter o peso e poder viver mais plenamente e feliz.
Submeter-se à psicoterapia é se conhecer, resgatar a autoestima, encarar suas dificuldades, é desenvolver seu autoconhecimento e seus recursos individuais. Deste modo, a pessoa aprende a lidar com suas dificuldades; tende a sofrer menos; desenvolve a capacidade de suportar as adversidades e aprende a se relacionar consigo e com o mundo de modo mais saudável, ativo e prazeroso.
A psicoterapia trabalha as emoções e os sentimentos que estão por trás do hábito de comer em demasia; bem como os pensamentos e comportamentos que sabotam as tentativas de perder peso. O paciente aprende a reconhecer o modo como se relaciona com os alimentos, consigo e com os demais. Assim, entende como isso influencia o modo como se alimenta, se cuida e se prioriza.
A psicoterapia promove a mudança de dentro para fora. Mudança esta que é essencial para a manutenção de comportamentos e relações mais saudáveis com a comida. Ela proporciona que a pessoa se redescubra e passe a aceitar-se mais; gostar mais de si e ser mais feliz consigo e com os outros.
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✔️ Por Anne Griza – Psicóloga da Equipe Psicotér