A disfunção sexual feminina, anteriormente referida como frigidez, é uma condição que afeta a capacidade da mulher de participar e desfrutar de atividade sexual. Isso pode manifestar-se como uma dificuldade em sentir desejo sexual, dificuldade em se excitar, ou dificuldade em alcançar o orgasmo.
De acordo com uma pesquisa recente do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, aproximadamente 30% das mulheres brasileiras enfrentam algum tipo de problema sexual, e um dos mais comuns é o transtorno conhecido como frigidez feminina.
Quando o assunto é saúde íntima, todo cuidado é pouco. E quando falamos sobre a sexualidade das mulheres, ainda há muitos tabus e falta de informação por aí.
Então, neste artigo, vamos falar sobre a frigidez feminina, desmistificando ideias erradas, além de informações importantes para quem busca melhorar sua vida sexual.
Acompanhe para saber mais!
Conteúdo desse artigo
ToggleO que é frigidez?
Imagine uma mulher que nunca teve grande desejo sexual. Ela tem relações sexuais com o parceiro, mas não se sente excitada e raramente alcança o orgasmo.
Ou então, considere outra mulher que depois de ter um filho, simplesmente perdeu todo interesse por sexo.
Esses são só uns exemplos de situações que podem ser chamadas de frigidez, um termo antigo que hoje em dia é chamado de transtorno de excitação feminina.
Mas afinal, o que é essa tal de frigidez?
Basicamente, a frigidez acontece quando a mulher tem dificuldade ou simplesmente não consegue sentir desejos sexuais, e isso pode se manifestar de várias maneiras.
É como se fosse um carro que não liga. Pode ser por várias razões: falta de gasolina, bateria fraca, problema no motor. Da mesma forma, a frigidez pode ter várias causas, como dificuldade em ficar excitada, não conseguir chegar ao orgasmo, e por aí vai.
Quais os sintomas da frigidez feminina?
A frigidez, também conhecida como transtorno da excitação feminina, é um problema sério que afeta a vida sexual de várias mulheres.
Basicamente, é quando há uma diminuição constante ou repetida do desejo sexual, o que pode causar aflição pessoal.
Os sintomas da disfunção sexual feminina podem variar, incluindo, mas não se limitando a, redução do desejo sexual, dificuldade em se excitar, dor durante a relação sexual e dificuldade em alcançar o orgasmo. Estes sintomas podem ter origens físicas, psicológicas, ou uma combinação de ambas.
Os sintomas desse transtorno da função sexual podem ser divididos em três grupos principais: os emocionais, os físicos e os comportamentais.
Sintomas emocionais
Esses são os sinais que indicam que algo não está certo com o desejo e a satisfação sexual. Alguns dos sintomas mais comuns incluem:
- Falta de desejo sexual feminina: dificuldade para se sentir atraída sexualmente por alguém, seja um parceiro ou qualquer outra pessoa;
- Anedonia: não ser capaz de sentir prazer durante o sexo;
- Ansiedade e medo: uma sensação de nervosismo e preocupação em relação ao sexo, podendo levar à evitação completa do contato íntimo;
- Baixa autoestima: sentimentos negativos em relação ao próprio corpo e à sexualidade, levando ao bloqueio sexual.
Sintomas físicos
Os sintomas físicos da frigidez refletem a dificuldade em alcançar a excitação sexual e a lubrificação vaginal. Entre os principais, estão:
- Dificuldade para ficar sexualmente excitada: isso significa que o corpo não responde muito bem aos estímulos sexuais, como falta de lubrificação vaginal ou de contrações musculares involuntárias.
- Sentir dor durante a penetração: sensação de dor ou desconforto durante a relação sexual;
- Ausência de orgasmo: mesmo com uma boa dose de estímulo, é incapaz.
Sintomas comportamentais
São comportamentos, consciente ou inconscientemente, para evitar o sexo. Exemplos disso são:
- Recusa frequente de sexo: por exemplo, recusar sempre quando o parceiro quer sexo, sem uma razão óbvia para isso;
- Não tomar iniciativa: ter dificuldade em começar ou se envolver ativamente na atividade sexual;
- Se distanciar emocionalmente: dificuldade em se conectar emocionalmente com o parceiro durante o sexo;
- Comportamentos sabotadores: arranjar desculpas para não ter sexo, como fingir estar cansada, doente ou com dor de cabeça.
Quais as causas da frigidez em mulheres?
Antigamente, usava-se o termo “frigidez” para descrever a falta de desejo e excitação sexual em mulheres.
Hoje em dia, a terminologia mais adequada é “disfunção sexual feminina”, que engloba diversos fatores que interferem na resposta sexual da mulher.
As causas disso podem ser bem variadas e complexas:
- Alterações hormonais: coisas como menopausa, pós-parto, problemas na tireoide e nos ovários podem influenciar na libido e lubrificação;
- Doenças: diabetes, problemas de coração, pressão alta e alguns tipos de câncer podem afetar a circulação sanguínea e a sensibilidade lá embaixo;
- Remédios: certos antidepressivos, pílulas anticoncepcionais e outros remédios podem ter efeitos colaterais que acabam atrapalhando no sexo;
- Dor pélvica: problemas como endometriose, vaginismo e vulvodinia causam dor durante o sexo, transforma a experiência em algo negativo. É como tentar curtir uma refeição deliciosa com dor de dente – simplesmente não rola;
- Estresse: ansiedade, preocupações e trabalhar demais podem desviar o foco do sexo e dificultar o relaxamento necessário para a excitação;
- Depressão: falta de energia, interesse e prazer em fazer as coisas, incluindo sexo, são sintomas comuns da frigidez;
- Baixa autoestima: se você não se sente bem com o próprio corpo e imagem, é mais difícil se sentir sexy e desejada;
- Problemas no relacionamento: falta de comunicação, brigas, traições e outros pepinos podem prejudicar a intimidade e a vontade de fazer sexo.
Resumindo então, as causas da disfunção sexual são diversas e podem incluir fatores hormonais, como menopausa e pós-parto; condições médicas, como diabetes e doenças cardiovasculares; efeitos colaterais de medicamentos; além de fatores psicológicos, como estresse, ansiedade e histórico de trauma sexual.
Frigidez feminina tem cura?
O tratamento para disfunção sexual feminina pode acontecer dependendo da causa. A boa notícia é que a frigidez tem cura! Aqui vão algumas abordagens geralmente usadas:
Psicoterapia:
A psicoterapia sexual ajuda a investigar o lado emocional por trás da falta de desejo feminina. É ótima pra quem tem questões psicológicas ou emocionais que afetam a vida sexual;
Medicamentos:
Em certos casos, medicamentos podem ser usados, especialmente se a causa for biológica. Por exemplo, se a disfunção tá relacionada a um desequilíbrio hormonal, a terapia hormonal pode ser uma solução;
Mudanças no estilo de vida:
Às vezes, pequenas mudanças no dia a dia podem ajudar muito. Coisas como fazer exercícios regulares, manter uma dieta saudável e tentar reduzir o estresse podem melhorar a função sexual.
Como acabar com o transtorno de excitação feminina?
O Transtorno da Excitação Feminina (TEF), antes conhecido como frigidez, caracteriza-se pela dificuldade ou incapacidade de alcançar a excitação sexual. Essa condição pode ser frustrante e angustiante para a mulher, impactando negativamente sua vida sexual e, consequentemente, seu relacionamento.
Felizmente, existem diversas opções de tratamento para o TEF, certamente a escolha ideal dependerá da causa específica do problema.
A mais comum é Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), que é uma abordagem que foca na modificação de pensamentos e comportamentos que interferem na excitação sexual.
A mulher aprende a identificar e questionar ideias negativas sobre sexo, além de melhorar a comunicação com o parceiro e experimentar técnicas de autoestimulação para aumentar a excitação.
Também temos a fisioterapia pélvica, que é indicada para mulheres com disfunções sexuais no assoalho pélvico, como vaginismo ou dor pélvica, que podem interferir na excitação e no orgasmo.
Com exercícios específicos, a fisioterapeuta ajuda a fortalecer e relaxar esses músculos, o que pode aumentar a sensibilidade e o prazer sexual.
Em alguns casos, o TEF pode ser causado por desequilíbrios hormonais ou outros fatores fisiológicos. Nesses casos, o médico pode prescrever medicamentos específicos, como antidepressivos ou hormônios, para auxiliar no tratamento.
Para mulheres com vaginismo, tem os dilatadores vaginais. São objetos de tamanhos diferentes que a mulher introduz na vagina gradualmente. Isso ajuda a dessensibilizar a região e reduzir o medo da penetração.
Usar lubrificantes à base de água ou silicone pode ser uma boa solução também, especialmente pra quem tem dificuldade para ficar naturalmente lubrificada.
Veja também:
- Dicas para apimentar a sua relação
- Transtorno de aversão sexual
- O que é dispareuunia e tratamentos
- Como voltar a ter vontade de ter relação sexual
Como a terapia sexual te ajuda a tratar a disfunção?
A frigidez, ou anorgasmia, acontece quando a mulher tem dificuldade ou simplesmente não consegue chegar ao orgasmo. E isso pode ser causado por vários fatores, como questões biológicas, psicológicas ou uma mistura dos dois.
A boa notícia é que a terapia pode ajudar a mulher a superar a frigidez e ter uma vida sexual mais plena e satisfatória.
A terapia sexual é um tipo de terapia focada nos assuntos relacionados à sexualidade. E quando o assunto é frigidez, ela pode ajudar a mulher de várias maneiras.
Primeiro, o terapeuta ajuda a identificar o que tá causando o problema.
Se a causa for psicológica, o terapeuta pode usar várias técnicas para ajudar a mulher a lidar com pensamentos e sentimentos negativos em relação ao sexo. Isso pode incluir exercícios de sensatez focal, que é basicamente explorar as partes do corpo e ver o que dá mais prazer.
Além disso, o terapeuta pode ajudar a mulher a aprender sobre seu corpo e como ele funciona sexualmente.
Isso pode incluir exercícios de sensatez focal, que consistem em explorar as diferentes partes do corpo e identificar as áreas que provocam mais prazer.
O terapeuta ainda pode ajudar a mulher a melhorar sua comunicação com o parceiro. Isso porque, uma boa comunicação é fundamental para um relacionamento sexual saudável.
Em alguns casos, a terapia sexual pode ser combinada com outros tipos de tratamento, como uso de medicação.
Perguntas frequentes sobre Frigidez Feminina
A sexualidade feminina é um universo complexo, envolto em tabus e desinformação.
Ao discutir a disfunção, é importante usar uma linguagem que seja respeitosa, inclusiva e baseada em evidências, reconhecendo a complexidade das experiências sexuais femininas e evitando estigmatizar as mulheres que enfrentam essas dificuldades.
É o caso da “frigidez feminina”, que muitas vezes é usada para falar de mulheres que não têm interesse ou não se excitam sexualmente. Mas essa palavra simples esconde uma realidade multifacetada, que precisa de uma análise mais profunda.
Abaixo, vamos desmistificar esse conceito. Vamos explorar suas diferentes formas, causas e opções de tratamento.
O que é ser frígida?
Mulher frígida: essa palavra já foi muito usada para falar sobre mulheres que não sentiam desejo ou excitação sexual. Mas hoje em dia, sabemos que a sexualidade feminina é muito mais complexa do que isso!
Disfunção sexual feminina: esse é o termo mais atual para falar sobre as dificuldades que algumas mulheres podem ter com a sexualidade. Isso pode incluir:
- Falta de desejo: dificuldade em sentir vontade de ter relações sexuais.
- Falta de excitação: dificuldade em se sentir excitada durante a relação sexual.
- Falta de orgasmo: dificuldade ou incapacidade de alcançar o orgasmo.
Importante ressaltar que a disfunção sexual é um problema comum, afetando cerca de 40% das mulheres em algum momento da vida.
O que é frigidez psicológica?
Essa é uma forma de dificuldade sexual que surge por motivos psicológicos, como:
- Ansiedade de desempenho: medo de falhar na cama, de não ser bom o suficiente ou de não agradar o parceiro(a);
- Traumas relacionados à violência doméstica: abuso sexual ou outras experiências negativas no passado;
- Problemas de relacionamento: falta de comunicação, confiança ou intimidade com o parceiro(a);
- Baixa autoestima: sentimentos negativos sobre o próprio corpo ou a própria sexualidade.
Exames médicos podem descartar causas físicas para a dificuldade de excitação. Se os exames forem normais, a causa provavelmente é psicológica.
Quem tem ansiedade perde a vontade de ter relação?
Com mais de 18 milhões de brasileiros diagnosticados, a ansiedade é uma doença conhecida e ela afeta todos os aspectos da nossa rotina, incluindo nossa vida sexual.
Pessoas ansiosas podem enfrentar uma série de problemas quando o assunto é sexo, desde uma diminuição da vontade até problemas como ejaculação precoce.
Especialmente para as mulheres, a ansiedade pode atrapalhar a lubrificação vaginal na hora do sexo. Isso acontece porque a lubrificação tá ligada ao estado de excitação.
Ou seja, a mulher precisa estar relaxada e curtindo o momento, mas quando rola ansiedade, pensamentos sobre trabalho, coisas externas e até o medo de não agradar o parceiro podem surgir e cortar a excitação.
Qual o melhor tratamento para a frigidez feminina?
O tratamento mais eficaz para frigidez feminina pode variar dependendo do que causou o problema. Mas geralmente, o tratamento pode envolver:
- Terapia: conversar com um psicólogo ou terapeuta pode ajudar a entender e superar os problemas por trás da frigidez;
- Medicamentos: em alguns casos, médicos ginecologistas podem recomendar remédios para ajudar com questões hormonais ou de saúde mental que possam estar afetando a libido;
- Educação sexual: aprender mais sobre o próprio corpo e sexualidade pode ser super útil para aumentar o desejo e o prazer;
- Terapia de casal: se o problema afeta o relacionamento, terapia com o parceiro pode ser uma boa para resolver conflitos e melhorar a comunicação.
O tratamento para essa disfunção sexual em mulheres varia de acordo com a causa subjacente e pode incluir terapia sexual, aconselhamento psicológico, mudanças no estilo de vida, medicamentos e, em alguns casos, fisioterapia pélvica. É crucial uma abordagem holística que considere todos os aspectos da saúde e bem-estar da mulher.
É importante entender que cada caso é único, então o tratamento tem que ser adaptado para atender às necessidades de cada mulher. O melhor a se fazer é conversar com o médico.
A retirada do útero causa frigidez sexual?
A remoção do útero não é diretamente responsável pela frigidez sexual. Mas a cirurgia pode trazer alguns efeitos colaterais que sim, podem interferir na vida sexual da mulher. Esses efeitos incluem:
- Ressecamento vaginal: como a retirada do útero pode diminuir os níveis de estrogênio, é comum que ocorra ressecamento vaginal, o que dificulta a lubrificação e aumenta o risco de dor durante o sexo;
- Disfunção sexual: mudanças na sensibilidade vaginal ou na estrutura pélvica podem afetar a excitação e o orgasmo durante o ato sexual.
A disfunção sexual feminina é uma condição comum, com muitas opções de tratamento disponíveis. Encorajamos as mulheres a buscar apoio profissional e a comunicar-se abertamente sobre suas experiências e necessidades. Com o tratamento e apoio adequados, é possível superar esses desafios e desfrutar de uma vida sexual satisfatória.
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Fundadora da Psicotér, CEO e Diretora Técnica, Psicóloga Cognitivo-Comportamental, completamente apaixonada pelo ser humano, realizada e privilegiada por poder participar da transformação de vidas. Experiência de mais de 20 anos de atuação clínica e empresarial. Psicoterapeuta individual e em grupo de crianças, adolescentes, adultos, idosos, casal e família, online e presencial, pós-graduada em Gestão do Capital Humano. Consultora de recolocação profissional desde 2003, capacitando e orientando profissionais em transição de carreira na busca de novas oportunidades. Também consultora em diversas empresas nacionais e multinacionais, nas diversas áreas de RH, atendimento e avaliação psicológica de profissionais.