As crianças da nova geração nascem rodeadas de estímulos. Isso leva a precocidade do comportamento, de aspectos emocionais e cognitivos, tais como: percepção, atenção, concentração, raciocínio logico, memória.
Dizem que elas já nascem com um “chip” conectadas a meios eletrônicos para comunicação, lazer, aprendizagem e relacionamentos interpessoais. Sem dúvida, o avanço da tecnologia marca o desenvolvimento das crianças do século XXI. Elas não precisam ser ensinadas; naturalmente manuseiam telefones móveis, tablets, vídeo games e computadores com familiaridade e conhecimento.
Essas mudanças e diferenças ocorridas neste ultimo século trazem consequências no que se refere à saúde, educação, lazer e relacionamentos. Atualmente é comum vermos um bebê de 2 anos passar o dedo no celular para ver fotos ou ver um vídeo no Youtube. Também é natural aos jovens estarem inseridos em redes sociais, assistirem uma diversidade enorme de séries do Netflix; frequentarem sites de relacionamentos; grupos de Whatsapp formados conforme assuntos de seu interesse; jogos de competição, diversão e interações virtuais.
Se os pais não permitissem tais acessos, estariam criando um filho isolado e alienado ao seu tempo. Por outro lado, permitir a exposição de jovens e crianças ao meio virtual sem supervisão e limites saudáveis, certamente trariam prejuízos e riscos a vida dos filhos.
As crianças da nova geração não podem brincar na rua assim como foi à infância dos pais. Locais abertos, parques, praças, calçadas não são mais seguros como era há anos atrás, fazendo com que as crianças brinquem grande parte do tempo dentro de casa, reforçando ainda mais a necessidade dos meios eletrônicos para se distrair.
As crianças da nova geração nascem junto com a indústria de alimentos pré-prontos, de fácil preparo. Os pais trabalham fora, terceirizando não só as refeições, mas a própria educação. Esta fica a cargo da escola ou da doméstica que passa mais tempo com as crianças do que os próprios pais. A criança do século XXI aprende a se virar desde muito cedo; juntando o acesso à informação com o desejo de autonomia.
Essas características, de inteligência, precocidade e independência, podem ser aproveitadas. Elas precisam ser canalizadas para incentivar a realização das atividades escolares e tarefas domésticas simples, planejadas conforme a idade da criança. Estimular a autonomia da criança de forma que ela busque e encontre as próprias respostas é uma demonstração de valorização e autoestima. Os pais e educadores devem ter em mente a precocidade das crianças do século XXI. Assim pode-se aproveitar e estimular o seu potencial.
É um grande desafio educar as crianças na atualidade, assim como não é tarefa fácil ser uma criança ou adolescente no século XXI. As mudanças tecnológicas, a falta de segurança, o aumento do consumo e das necessidades financeiras e o aumento da jornada de trabalho que acarreta falta de convívio entre pais e filhos; tudo isso marca o desenvolvimento desses jovens e crianças.
Se por um lado as crianças estão mais precoces, por outro lado elas apresentam mais problemas de saúde física e mental. Alguns exemplos são doenças cardiovasculares e respiratórias, obesidade, déficit de atenção, transtornos de ansiedade e até mesmo depressão.
As crianças precoces não são “maduras”. A aprendizagem e o desenvolvimento não acontecem no tempo certo. Ou seja, a aprendizagem não é coerente com a sua faixa etária. A criança precoce aprende antes do tempo esperado de acordo com a sua idade cronológica.
O perfil dessas crianças da nova geração as tornou muito mais curiosas, ousadas, desafiadoras, competitivas. Assim, podendo se sentir também solitárias e inseguras. Pois estão inseridas em uma realidade muito mais dinâmica; precisam ter grande flexibilidade, criatividade e proatividade por parte delas para se adaptarem aos novos tempos.
Se você é responsável por uma criança do século XXI, recicle-se e atualize sua forma de pensar e interagir. Embora geralmente não demonstrem, essas crianças necessitam de tanto ou mais supervisão, amparo e proteção do que as do século passado. Busque se aproximar da realidade do seu filho; conheça a sua linguagem, interesses, ídolos, pessoas que ele segue, para oferecer um crescimento saudável.
Se você, pai ou mãe, se sente inseguro quanto a forma de abordagem a essas crianças, procure um psicólogo! É mais fácil quando temos orientação e ajuda profissional.
Na Psicotér, contamos com uma grande equipe de psicólogas em Porto Alegre, que realizam atendimento presencial e online.
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Psic. Márcia Moraes – CRP 07/12844
Psicóloga Cognitivo Comportamental