Agorafobia é um tipo de transtorno de ansiedade, que tem seu significado totalmente relacionado à crises de pânico.
Isso acontece porque se trata do medo descontrolado de se colocar em espaços que possam causar ansiedade ou essas crises de pânico, sejam eles lugares abertos ou fechados, lotados ou vazios.
Pessoas com esse transtorno tendem a se sentir muito desconfortáveis com a ideia de passar mal nesses ambientes e não encontrar assistência na hora.
Geralmente, esses pensamentos surgem depois de algumas crises acontecerem involuntariamente, causando trauma e alimentando ainda mais o transtorno.
Esses ocorridos geram um sofrimento por antecipação, deixando a pessoa nervosa com toda e qualquer possibilidade de passar mal, especialmente em lugares com mais pessoas.
Atualmente, muitos especialistas estudam a possibilidade de a pandemia da covid-19 ser responsável pelo aumento dos casos de agorafobia, especialmente depois de tanto tempo de quarentena.
Neste artigo, vamos explorar as características desse transtorno de ansiedade, avaliando seus sintomas e possíveis consequências na vida de um indivíduo.
Acompanhe até o final para ficar por dentro de tudo!
Conteúdo desse artigo
ToggleO que é Agorafobia
A definição de agorafobia vem diretamente da história!
A etimologia dessa palavra se dá na época da Grécia Antiga, onde existiam as grandes praças antigas das cidades gregas (ágoras), lugar em que todas as pessoas se reuniam para eventos políticos, culturais e religiosos da época.
Isso somado à fobia, que seria essa aversão, o pânico e desconforto dessas situações, criam o conceito que estamos conhecendo sobre a agorafobia.
A junção de ambas as palavras nos leva, então, a essa ideia de desagrado a essas situações de ambientes onde há possibilidade para ataques de pânico.
Esse distúrbio passa a existir a partir de algumas dificuldades ou de crises enfrentadas pela pessoa no passado, seja por ter ocorrido algum constrangimento público ou, simplesmente, algum descontrole específico.
O nome que damos a esse tipo de situação nada mais é do que trauma, já que a pessoa enfrenta esse problema de maneira pública (seja em um espaço fechado ou espaço aberto) e fica com dificuldades de superar isso.
Nem sempre esses episódios de descontentamento acabam engatilhando um distúrbio como a agorafobia, exceto em casos que a pessoa realmente encontra problemas para superar essa vergonha sozinha.
Algumas pessoas poderiam caracterizar essa doença como o simples medo de sair de casa, mas isso além de ser extremamente superficial, pode acabar não englobando todas as situações.
De fato, o portador da agorafobia se coloca em situações de maior reclusão, ficando em casa e se fechando para o mundo, mas isso não quer dizer que ele se sinta desconfortável somente na rua.
Um agorafóbico tende a explicitar seus sintomas todas as vezes que se vê em uma situação de impotência, se sentindo preso dentro de si mesmo ou a situações de total desconforto.
E isso pode ocorrer em inúmeros lugares, inclusive fechados.
A questão que esse transtorno traz, então, vai muito além da reclusão em casa ou do medo dos outros e suas respectivas situações, ela se define também pelo medo da própria incapacidade.
Há quem carregue tanto sofrimento em cima dessas inseguranças que acaba passando mal em casa mesmo, sozinho, somente por viver na pressão de não ter ataques de pânico.
É como se tentasse desviar da ansiedade e acabasse se chocando com ela de vez, sem escapatória.
Existem formas de controlar isso e perder esse medo gradativamente, mas tudo depende do cenário que a pessoa se coloca e do tamanho das suas próprias inseguranças.
Certamente, qualquer contexto de agorafobia possui possibilidades de tratamentos alternativos, mas o importante é saber a hora certa de procurar por essa ajuda.
Muitas pessoas deixam chegar a níveis extremos, quando se fecham na própria casa, vivendo uma rotina limitante e completamente depressiva.
Nesses casos, desconstruir os medos e tentar refazer a sua própria perspectiva pode ser um desafio muito grande e de difícil acesso.
De qualquer forma, falando com alguém que entenda e que ajude a reconhecer essas falhas, tudo pode começar a se encaixar mais facilmente.
Quais os sintomas da agorafobia?
Os sintomas da agorafobia estão ligados ao medo e à insegurança constante, algo que pode tirar o sono de muita gente, além de privar essas pessoas de levarem uma vida tranquila e saudável.
Esses sintomas são comuns a pessoas que possuem essa trava com saídas muito longas ou exposição a lugares que não sejam seguros para a sua ansiedade:
- nunca querer ficar sozinho (seja para ir ao banheiro ou simplesmente ficar parado em um lugar, apenas);
- medo de locais fechados ou com muitas pessoas aglomeradas;
- insegurança de frequentar espaços muito grandes e abertos, como campos, parques, shows e similares;
- nervosismo ao usar transportes públicos, como trens, ônibus, avião ou afins;
- evitar filas para eventos ou espaços, sejam eles quais forem.
Tudo isso pode indicar a presença da agorafobia, especialmente se observarmos seu comportamento em cada uma dessas situações.
Geralmente, o indivíduo fica inquieto, nervoso e pode acabar, inclusive, ficando paralisado, como se não soubesse o que fazer ou como agir.
Além dessas situações que o agorafóbico evita, há consequências emocionais e físicas que o transtorno acaba gerando, como:
- suor excessivo;
- dificuldades para dormir ou relaxar, especialmente quando pensa nesses cenários;
- batimentos cardíacos acelerados;
- aumento da pressão arterial;
- aperto no peito;
- dificuldade para respirar;
- enjoos;
- dores musculares;
- fortes dores de cabeça;
- estado de alerta constante;
- medo de julgamento;
- pensamentos acelerados;
- tendências depressivas.
Esses sinais são resultado de alguns transtornos mentais que, no caso da agorafobia, podem acabar se somando e causando uma grande bagunça emocional na pessoa.
Sua vida se torna mais difícil, a força de vontade parece morrer aos poucose a produtividade cai muito, especialmente quando a pessoa passa a ter dificuldades no trabalho.
Os medos ganham proporções muito incontroláveis, o que a deixa mais fechada e de difícil acesso, seja nas redes sociais ou na vida real, mesmo.
Relações são abaladas e distanciadas, estímulos começam a sumir e a pessoa pode, inclusive, entrar em um espaço de muita acomodação, porém depressivo.
O que torna o transtorno de agorafobia mais detestável ainda é o fato de ele começar a se manifestar gradualmente, ou seja, a pessoa começa se distanciando aos poucos, até simplesmente não conseguir manter mais contato algum.
Algo que cria um muro ao redor dela, ainda que tente seguir com a rotina normalmente.
Quais as causas do medo e ansiedade da agorafobia?
As causas do medo e da ansiedade da agorafobia tem suas origens em diferentes espaços, o que pode ser difícil de definir, já que cada pessoa possui um próprio contexto de vida.
No entanto, muitos especialistas acreditam que existem duas grandes vertentes para o surgimento da agorafobia: os resquícios biológicos e traumas antigos.
O primeiro deles, relacionado à genética das pessoas, pode estar ligado aos altos níveis de estresse e temperamento pelos quais a pessoa é exposta, seja na infância ou até mais velhas.
Isso pode ser encontrado no próprio ambiente de casa, com os pais, ou mais tarde na escola, na rotina do trabalho ou semelhantes.
Alguém que se encontra com um espaço de muitos conflitos e dificuldades de comunicação pode absorver fortes gatilhos para ansiedade e insegurança, no geral.
O que deixa uma pessoa completamente vulnerável ao ambiente no qual se coloca, fazendo com que se sinta facilmente atacada, observada ou julgada pelas pessoas ao seu redor.
Permanecer com uma rotina assim pode se tornar muito difícil para essas pessoas, o que as obrigam a se resguardar, se fechar e evitar, de uma vez por todas, esse tipo de situação estressante.
Outra possibilidade, julgada por inúmeros estudiosos da saúde mental como principal, é o histórico de traumas dessas pessoas.
A agorafobia surge, justamente, desse medo desenfreado de ter uma crise de pânico na presença de outras pessoas ou de simplesmente enfrentar um episódio de descontrole e não encontrar apoio para isso.
Esse é um medo que ganha muito mais peso quando a pessoa já sabe o que esperar das próprias crises, isto é, quando entende os níveis que suas inseguranças e síndromes de pânico podem chegar.
Por isso, muitos psicólogos acreditam que a grande causa da agorafobia, na verdade, é o trauma.
Pessoas que já se viram em situações de crise de pânico na rua ou em ambientes muito lotados, por exemplo, sabem o quão desesperador consegue ser e, através disso, podem desenvolver esse bloqueio com o espaço ou com a situação.
Muitos evitam passar pelo ambiente que tiveram a crise ou procuram evitar falar no assunto, tentam desviar a situação, mas esquecem que isso, infelizmente, não resolve o problema.
Essas são atitudes que impedem o relaxamento da pessoa, deixando-a sempre em estado de alerta e desfocada das coisas que realmente importam na vida, sejam relações, o trabalho ou a própria autoestima.
O indivíduo se torna refém da agorafobia, se colocando cada vez mais para dentro de um casulo e bloqueando toda e qualquer aproximação possível, inclusive aquelas que poderiam ser altamente saudáveis para ele.
Diagnóstico do transtorno
O diagnóstico do transtorno de agorafobia precisa ser estabelecido por um profissional da saúde mental, isto é, um psicoterapeuta capacitado para dialogar e investigar a situação.
O autodiagnostico, nessas situações, não é uma opção, considerando que a gravidade desse distúrbio é muito mais sensível e delicada do que imaginamos.
Uma pessoa com agorafobia já carrega o primeiro passo para transtornos mais graves, como ansiedade severa e depressão profunda.
Por isso, a importância de entrar em contato com um profissional o quanto antes para lidar com a situação, especialmente se sentir que essas crises de pânico têm aumentado.
Isso porque a insegurança leva ao isolamento e é exatamente aí que mora o perigo.
Isolar-se da vida, das pessoas e das próprias atividades pode ser um fator de risco tanto para a sua emocionalidade, quanto para a sua saúde física.
Muitas pessoas que recorrem a isso, acabam se inclinando para o mundo dos estimulantes, remédios, álcool e semelhantes.
Tudo para criar a falsa sensação de segurança quanto aos seus próprios medos e terrores.
Então, para se estabelecer o diagnóstico sério, o melhor a se fazer é iniciar o acompanhamento psicológico com um profissional capacitado que irá analisar seus níveis de ansiedade e irá traduzir suas emoções dos últimos tempos.
Isso funcionará para que vocês possam constituir um possível tratamento e, também, para que você comece a criar um pouco mais de confiança em espaços como a terapia, outro passo muito importante para o seu reequilíbrio.
Tratamento para agorafobia
Há um grande alívio em saber que, apesar de toda a dificuldade que é esse transtorno, a agorafobia tem cura e tratamentos alternativos que permitem isso.
Como já citado, o melhor e mais indicado caminho para a superação dela é a terapia com um psicólogo.
Isso porque, assim como se instala gradativamente, a agorafobia também precisa ser destituída da mesma forma, com certo cuidado e muita atenção aos gatilhos.
Porque quando o assunto é o transtorno de ansiedade, algumas emoções podem ficar mais à flor da pele e não é em qualquer espaço que se fica tranquilo falar sobre isso.
Dessa forma, um ambiente seguro e apropriado para tratar dos próprios medos pode ser um bom jeito de começar.
É claro que, em casos mais graves, fica muito difícil se desprender da própria casa ou de ambientes confortáveis nos quais a pessoa se sente totalmente segura.
No entanto, isso não é um problema no que diz respeito ao tratamento psicológico, uma vez que existem várias possibilidades que atendem a essa demanda, como o atendimento a domicílio ou a própria terapia online.
As opções são muitas para essas pessoas, a questão é convencê-las de que a psicoterapia é um caminho saudável e que pode, realmente, ajudar, apesar das dificuldades.
Psicoterapia no tratamento e superação da agorafobia
A psicoterapia sendo a principal ferramenta contra o transtorno de agorafobia ajuda muitas pessoas a superar seus próprios bloqueios emocionais e físicos quanto ao resto do mundo.
Diferentemente do que muitos acreditam, o tipo mais indicado para pessoas que apresentam sintomas sobre esse transtorno é a famosa TCC (terapia cognitivo comportamental).
Essa indicação parte do princípio de que a pessoa necessita reeducar suas próprias perspectivas comportamentais, além de restabelecer confiança em si mesma e nos espaços.
Por isso, o psicólogo que puder, irá abordar a TCC como forma de treinar o cérebro daquela pessoa a se desfazer dos próprios bloqueios.
Isso criará mais coragem, autoconfiança e, aos poucos, começará a reconstruir a autoestima daquela pessoa que, antes, via-se como inferiorizada ou julgada por aqueles ao seu redor.
Há casos, também, como já falamos, em que a pessoa se sente incapaz de deixar a sua própria casa, por exemplo.
Nessas horas, é possível que ela solicite tratamentos à distância, como é o caso da terapia online ou o próprio atendimento a domicílio.
Ambos possuem o grau de efetivação igual, fazendo com que a pessoa receba o mesmo nível de atenção e cuidados necessários para o seu caso de agorafobia.
A única diferença está na modalidade de atendimento.
Em outros casos, há também a possibilidade de a terapia ser trabalhada junto da psiquiatria, simplesmente, para que o indivíduo possa fazer tratamento com o auxílio de antidepressivos ou ansiolíticos.
Isso irá fortalecer seu processo de cura e irá torná-lo cada vez menos presente no seu isolamento e mais presente na própria vida!
Você já passou por um processo assim? Onde o isolamento e o medo de desencadear crises parecia que falava mais alto do que qualquer coisa?
Saiba que aqui, na Psicotér, nós contamos com um grupo de psicólogas que pode te ajudar a superar essas barreiras, reconstruindo sua confiança e te recolocando no controle das suas decisões!
Cada passo é válido quando o assunto é fortalecer a sua mente, viu?
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Fundadora da Psicotér, CEO e Diretora Técnica, Psicóloga Cognitivo-Comportamental, completamente apaixonada pelo ser humano, realizada e privilegiada por poder participar da transformação de vidas. Experiência de mais de 20 anos de atuação clínica e empresarial. Psicoterapeuta individual e em grupo de crianças, adolescentes, adultos, idosos, casal e família, online e presencial, pós-graduada em Gestão do Capital Humano. Consultora de recolocação profissional desde 2003, capacitando e orientando profissionais em transição de carreira na busca de novas oportunidades. Também consultora em diversas empresas nacionais e multinacionais, nas diversas áreas de RH, atendimento e avaliação psicológica de profissionais.
Uma resposta
Adorei e tudo isso mesmo