Sintomas do estresse: descubra como está a sua saúde

Vivemos o estresse diariamente e a forma como lidamos com essas situações pode fazer a diferença entre a doença e a saúde.
No artigo de hoje falaremos sobre os sintomas do estresse. Todos nós passamos por momentos de estresse: entrevistas de emprego, exames, mudanças, situações inesperadas e todas as demais situações nas quais saímos de nossa zona de conforto e necessitamos de adaptação.
Uma pessoa que tem baixa tolerância a frustrações, por exemplo, sentirá o estresse com mais frequência. Da mesma forma, quem sofre de ansiedade tende a dimensionar a situação estressora em um grau muito maior; uma pessoa mais tranquila, que consegue relaxar mais facilmente. Ou seja, o mesmo evento será sentido de forma diferente de acordo com os recursos internos de cada um.
É inegável, no entanto, que nos deparamos cada vez mais com situações estressoras. Vivemos sob pressão em todos os âmbitos: familiar, social, político, educacional, relacional, pessoal, econômico. Não é à toa que as doenças emocionais, mentais e físicas estão aumentando cada vez mais.
Podemos pensar no estresse como uma pressão do nosso corpo. Assim, quando temos reações de enfrentamento e adaptação a exigências internas e/ou externas a mudanças. Quando mais significativa e inesperada for a necessidade de mudança (ou a forma como ela for percebida), tanto maior será o grau de estresse envolvido.
Entretanto, os recursos internos (tolerância à frustração, capacidade de resiliência e de empatia, controle mental e emocional, autoestima boa) atenuam a forma como essas situações são vividas evitando que desencadeiem sintomas acentuados de estresse e estes evoluam para doenças a partir de sua constância e intensidade.
O estresse pode originar doenças porque hormônios secretados em nosso corpo quando nos sentimos pressionados a reagir aumentam nossa pressão arterial e batimentos cardíacos, aceleram a frequência da respiração, tensionam os músculos e podem causar alterações no funcionamento do nosso sistema gastrointestinal.
Quando esses hormônios são secretados com frequência, o organismo pode desenvolver sintomas do estresse:
- Gripes;
- Constipação intestinal ou diarreias frequentes;
- Gastrites;
- Úlcera;
- Dificuldade de digestão;
- AVC;
- Infarto;
- Herpes;
- Hipertensão arterial.
Se a pessoa já sofre com algum problema cardíaco e passa por frequentes momentos de sintomas do estresse nos quais a adrenalina é constantemente bombardeada no organismo, os músculos cardíacos podem ir enfraquecendo e acarretar em infarto.
Nem sempre podemos abrir mão de um trabalho estressante e os problemas não marcam hora para aparecer. Entretanto, cabe nos questionarmos se realmente não temos alternativas. Ou se, por algum motivo que foge do nosso entendimento, escolhemos sempre o trabalho que envolve muita pressão; se nosso padrão de funcionamento não está fazendo com que, frequentemente, envolvamo-nos em relacionamentos e situações complicadas.
Da mesma forma, quando temos a tendência de resolver os problemas dos outros – seja por sermos controladores ou por sermos inseguros e não sabermos dizer não – ou quando somos perfeccionistas e temos a tendência de assumir muitas tarefas por entendermos que ninguém seja capaz de atingir nossas expectativas, também estamos fadados a viver sob constante sintomas do estresse.
Portanto, não devemos esperar que doenças mentais e físicas se instalem antes de procurarmos ajuda. Problemas sérios podem ser evitados e a qualidade de vida melhorada às vezes com pequenos ajustes no padrão de funcionamento mental e comportamental. Recursos internos podem ser desenvolvidos ou potencializados na psicoterapia para que aprendamos a lidar de forma saudável com os estressores e evitemos desconfortos, doenças e mais estresses.
Psic. Sandra Arreal – CRP 07/12064
Psicóloga Clínica, em formação em Técnicas de Revivência Transpessoal
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