Você saberia identificar um relacionamento abusivo?
Muita gente acredita que sim, mas acaba virando refém de casamentos tóxicos e relações completamente agressivas, por exemplo.
Isso porque temos imagens de violência, xingamentos e agressões quando pensamos em relacionamentos abusivos, mas a verdade é que nem sempre eles têm essa cara.
Um relacionamento regado à manipulação e chantagem também configuram algo abusivo, porém nem sempre consideramos isso.
Se você tem dúvidas sobre as características desse tipo de relacionamento, acompanhe este artigo completo e fique por dentro dos sinais e das possibilidades para se livrar!
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ToggleO que é um relacionamento abusivo?
Reconhecer relacionamentos abusivos pode não ser fácil inicialmente. Porque, de forma sútil, algumas características do abusador vão sendo apresentadas e ele facilmente consegue vitimizar ou culpar a parceira pelos problemas do casal.
A falta de confiança e a forma de pensar e as atitudes do abusador geralmente crescem de maneira negativa. Assim como geram mal estar e sentimentos ruins na pessoa com quem se relaciona. As agressões podem ser verbais, físicas ou sexuais.
A possessividade em uma relação está relacionada ao egoísmo, ao domínio e ao sentimento de posse sobre alguém, uma liberdade privada.
O ciúmes exagerado é uma das principais formas de perceber uma limitação de liberdade: quando alguém a proíbe de sair com amigas, ver familiares, ir a eventos, decide o que vestirá ou tenta fazer chantagens emocionais em relação a tudo isso.
Esta pressão ou tentativa de controle não atinge um perfil de casal determinado. Assim, pode ocorrer em casais heterossexuais, homossexuais, jovens, adultos e entre mais velhos. Certamente isso expande as diferentes maneiras de um abuso.
O uso de uma voz firme impondo argumentos agressivos é uma forma de demonstrar uma superioridade e causar uma fraqueza em quem ouve, porém, não é uma relação 100% intimidadora.
Sinais para identificar um relacionamento abusivo
Como já dissemos anteriormente, o relacionamento abusivo apresenta uma série de sinais, sejam eles velados ou não. Isso significa que é possível identificar as problemáticas do relacionamento, mesmo que isso exija uma maior atenção.
Para te ajudar nesse processo listamos aqui alguns sinais que podem acontecer durante relações tóxicas, sejam elas de maior ou menor intensidade.
O importante é você saber que não importa o grau de seriedade, relacionamentos com esse perfil devem ser tratados ou rompidos o quanto antes.
Acompanhe os principais sinais:
Agressividade e violência
Seja em um gesto, um grito, uma forma de falar ou até mesmo algo mais grave como um tapa e algum tipo de agressão física: todos esses comportamentos contribuem para um espaço hostil e até mesmo perigoso.
Chantagem emocional
Muitas pessoas que não agridem e não gritam, por exemplo, acabam não sendo percebidas como tóxicas, mas saiba que chantagens e ameaças também configuram um quadro abusivo, principalmente quando é feito de forma velada.
Projeção de culpa
Fazer alguém se sentir culpado o tempo todo ou até mesmo responsável por todas as problemáticas do relacionamento é um sinal de alerta! Esse é o típico cenário: mudar os fatos e as circunstâncias para que o outro fique se sentindo mal.
Traições
Muitas pessoas que vivem um relacionamento tóxico sabem que o seu marido ou esposa vivem uma vida dupla e, em alguns casos, até mesmo se sentem culpados por isso, acreditando que não estão dando o suficiente para aquela relação.
O que certamente não é uma verdade, mas acaba fazendo mal para aquela pessoa fazendo com que ela se sinta menor, insuficiente ou até mesmo desnecessária.
Veja também: Falta de Desejo Sexual Pela Esposa: Causas e como Resolver
Gaslighting
O gaslighting Essa é uma prática muito comum em relacionamentos tóxicos e consiste na manipulação ativa e constante do outro. Muitas pessoas narcisistas, por exemplo, fazem uso disso em casos amorosos, mas também com a família e até amigos.
Mentiras constantes
Omitir, esconder e falar mentiras para o outro é sinal de duas coisas: ou você não confia, ou está sendo desonesto. Independentemente da situação, já se encaminha para algo tóxico, uma vez que não há diálogo e nem honestidade.
Veja também como lidar com o medo de relacionamento.
Críticas e ofensas
Diferente do que muitos dizem, quem ama não precisa brigar ou ofender. Muito pelo contrário. Uma relação de amor não precisa viver diminuindo o outro o tempo todo, porque se for assim, ela só é perigosa mesmo.
Como sair de um relacionamento abusivo
Agora que você já conhece os principais sinais do relacionamento abusivo, deve estar se perguntando: como faço para fugir disso?
Existem diversas formas, mas é importante que você internalize que se trata de um processo, ou seja, pode levar tempo, paciência, recaídas e certas dificuldades.
Como qualquer rompimento (de relação ou de comportamento) é algo que precisa ser trabalhado e investido certa energia, portanto não se cobre muito, mas saiba que é preciso se mover em alguma direção.
Nós vamos te ajudar nessa caminhada, acompanhe:
Identifique o relacionamento e os comportamentos
Um dos maiores problemas para quem vive em uma relação tóxica é perceber os padrões de comportamento desagradáveis do parceiro, isso porque existe muita expectativa de melhora, afeto, entre outras projeções.
Por esse motivo é tão necessário criar consciência sobre aquela relação.
Autoconhecimento
Além de conhecer o parceiro e a relação é preciso saber dos próprios limites e se respeitar, acima de qualquer coisa.
O autoconhecimento é uma ótima forma de fazer isso!
Dê um passo atrás do outro
Há muita insegurança envolvendo o rompimento de uma relação tóxica, principalmente se ela envolve questões sérias como agressão verbal ou física, por exemplo.
Por esse motivo, é importante se posicionar aos poucos para não colocar a sua saúde e integridade em risco.
Importante ressaltar: em casos de perigo maior, é preciso agir imediatamente retirando-se e buscando a ajuda certa de autoridades preparadas para lidar com a situação.
Converse com pessoas e busque inspiração
Dizer “basta!” pode exigir muito de alguém e, às vezes, contar com o suporte de alguém que passou pelo mesmo, consumir músicas, filmes e séries que falem sobre a temática pode ajudar muito!
Procure ajuda profissional!
Contar com um psicólogo e um psiquiatra no processo de rompimento colabora com a sua cura interna também, sabia?
Um relacionamento tóxico é capaz de causar muitos estragos na mente, no corpo e até mesmo no emocional de uma pessoa. Então, ter o suporte de alguém especializado ajuda a cuidar dessas feridas e a te prevenir de outras.
A psicologia pode ajudar na relação abusiva
Como escapar do relacionamento abusivo? Você precisa se preocupar com o seu bem estar e o da sua família. Geralmente as pessoas abusivas não reconhecem o mal que fazem e se negam a procurar ajuda.
Álcool e outras drogas podem aumentar as agressões e causar danos muito grandes, tanto físicos, quanto psicológicos. Se a pessoa não quer reverter isso, se ela não busca ajuda, você deve fazer isso por você e o melhor é buscar o afastamento.
Mesmo que às vezes nos vejamos dependentes de parceiros, não podemos associar uma relação boa com uma relação abusiva. Há saídas. Conversar com familiares, pedir ajuda financeira, procurar profissionais, lutar por espaço e direitos: isso é lutar pelo seu bem estar.
Se você se encontra em um relacionamento abusivo, busque uma psicóloga!
Ela pode te garantir acolhimento e ajuda nos momentos de mais aperto!
Entre em contato conosco e conheça mais sobre nossos serviços de Terapia Individual ou Terapia de Casal.
Texto de: Luísa de Oliveira – redatora da Equipe Psicotér
Aprovado por:
Fundadora da Psicotér, CEO e Diretora Técnica, Psicóloga Cognitivo-Comportamental, completamente apaixonada pelo ser humano, realizada e privilegiada por poder participar da transformação de vidas. Experiência de mais de 20 anos de atuação clínica e empresarial. Psicoterapeuta individual e em grupo de crianças, adolescentes, adultos, idosos, casal e família, online e presencial, pós-graduada em Gestão do Capital Humano. Consultora de recolocação profissional desde 2003, capacitando e orientando profissionais em transição de carreira na busca de novas oportunidades. Também consultora em diversas empresas nacionais e multinacionais, nas diversas áreas de RH, atendimento e avaliação psicológica de profissionais.