Estamos vivendo o auge da autocomparação nos últimos tempos, onde tudo que o outro faz parece melhor e tudo que ele tem, constrói, vive e compartilha parece extremamente superior ao que nós temos e fazemos.
Mas por que isso é importante? Por que isso nos machuca tanto e nos faz gastar tanto tempo e energia?
Neste artigo vamos procurar te dar essas respostas, além de te ajudar com formas práticas para você aprender de uma vez por todas: “como pensar mais em mim”.
Acompanhe o artigo até o final, confira as dicas e veja se você se identifica!
Pensar mais nos outros do que em mim mesma – essa é uma realidade para muitas pessoas, mas principalmente para aquelas que não sabem se colocar como prioridade e estão sempre correndo para socorrer outras pessoas.
Ser um amigo, uma esposa ou mãe disponível vinte e quatro horas por dia deve ser cansativo, não?
Arruma, passa, cuida, acolhe, escuta, organiza, aconselha, escuta mais um pouco, abraça, embala, amamenta, diverte, escuta de novo e ainda ajuda… Qual será o limite?
No tempo em que você se divide entre tantas tarefas e “ajudas”, ainda que pequenas, o seu corpo e a sua própria mente se desgastam. Suas tarefas ficam para depois, o seu autocuidado é esquecido e você deixa de ser o que deveria:
Sua prioridade maior.
“Ah, mas é difícil, nunca vou negar ajuda a alguém”
“Eu tenho medo do que os outros podem pensar!”
“Não quero que pensem que eu não me importo…”
Se você já pensou alguma dessas frases, saiba que não está sozinho! É completamente natural pensar sobre isso, afinal estamos sempre convivendo com pessoas e buscamos ser o melhor para elas, correspondendo às suas expectativas e cumprindo com nossas promessas silenciosas, certo?
Mas fica o questionamento: enquanto você corre e se desgasta por todos, quem faz isso por você? Quem cuida de você?
Fica difícil de visualizar quando invertemos a situação. Isso porque a gente aprende a calar nossas dores, a acomodá-las para dar lugar às dores do outro, entretanto isso nos corrói por dentro, ainda que a gente demore a perceber.
Você pode até achar que está fazendo grandes gestos ajudando todo mundo, mas quem tenta abraçar todos os problemas do mundo acaba ficando sem forças para lidar com as próprias questões ou, ainda pior: passa a ignorá-las até que se tornem uma esmagadora bola de neve.
Algo para marcarmos aqui: não se pode colocar as questões dos outros acima das suas e achar que isso conta como amor. Isso é, na verdade, uma forma perigosa de se relacionar, uma vez que você se deixa tão imerso nos outros que esquece de si mesmo.
Mas então, como a gente aprende a se respeitar e a se colocar em primeiro lugar de verdade?
Já te adiantamos que existem diversas formas de fazer isso, mas o principal é: a parte mais difícil é começar. Depois do primeiro passo, você passa a se acostumar com a ideia de se amar e se respeitar.
O que fazer para pensar mais em mim? Dicas da Psicologia
Se você chegou até aqui com a seguinte mentalidade: “quero pensar mais em mim”, “decidi pensar mais em mim” ou “vou pensar mais em mim”, saiba que o primeiro passo já está dado.
Grande parte das pessoas que se veem como inferiores, desprovidas de beleza, afeto ou que se acham insuficientes dificilmente conseguem tomar essa atitude.
Como já citamos anteriormente, é realmente difícil perceber que estamos vivendo a “ Healer Syndrom”, traduzida do inglês: “Síndrome de curandeiro”, em que queremos e buscamos o bem-estar das outras pessoas a qualquer custo, inclusive ignorando nossas próprias questões.
Começar a se priorizar implica em diversas mudanças de hábito, mas acima de tudo de crenças que enraizamos através do tempo.
Para que você possa aprender a lidar com esse processo de forma gradativa, listamos algumas dicas práticas para você tentar e aprimorar ao longo do seu dia a dia.
Mas lembre-se: pensar mais em mim do que nos outros exige tempo, paciência e trabalho. Isso é indispensável e é exatamente por esse motivo que se chama “processo”.
Acompanhe:
Abrace o autoconhecimento
Pode parecer clichê para você, mas conhecer a si mesmo implica em olhar para dentro.
Autoconhecimento é olhar para as partes que quase sempre ignoramos e queremos esconder.
De fato, desenvolvê-lo não é um caminho sempre fácil, mas é algo que você pode exercitar pouco a pouco, criando afinidade e confiabilidade em si mesmo cada dia mais.
Acostume-se com a rejeição
Grande parte da dificuldade em pensar mais em si mesmo é o medo de ser julgado ou rejeitado, por exemplo.
Mas a grande verdade é que nunca iremos agradar a todos, pois cada um é de um jeito e as diferenças, infelizmente, incomodam diversas pessoas.
Lidar e reconhecer que essa é uma realidade pode te poupar de muito sofrimento e superar medos desnecessários.
Saiba a diferença entre ser egoísta e se priorizar
Há quem tenha insegurança em se colocar em primeiro plano, porque acredita ser egoísmo.
Se ajuda a visualizar, pense que você é a única pessoa que nasceu, vai viver e morrer com você. Ou seja, tudo o que você tem mesmo do início ao fim é você, a sua mente e os seus sentimentos.
Valorizar e cuidar disso não é egoísmo, é autoamor e saber estabelecer prioridades.
Saiba que “não” é uma frase completa (que você pode e deve usar)
Essa talvez seja uma das partes mais difíceis no processo de “como pensar mais em mim”.
Isso porque aqueles que buscam agradar e se deixar disponível para todos sofrem muito na hora de estabelecer limites. Algo que não pode acontecer.
Dizer “não” de vez em quando é crucial até mesmo para que você possa se preservar de determinadas situações.
Tire um tempo para você
Às vezes, o óbvio precisa ser dito: você também merece um descanso e a gente não está falando somente de trabalho ou tarefas.
Pessoas, relações, problemas e dores… Tudo isso cansa e você pode se afastar disso para recolocar as ideias no lugar, sabia?
Pratique sua comunicação
Tente pensar formas amigáveis de estabelecer o limite. Talvez isso ajude a acalmar a sua mente e ainda te prepare para aquelas situações mais tensas em que pensar rápido se torna uma dor de cabeça.
Reconheça seus avanços
Pequenos passos ainda são passos e devem ser comemorados! Então, aproveite todo pequeno avanço feito, você merece!
Peça ajuda quando necessário
Ninguém nasce sabendo se comunicar, o que significa que você pode e deve se debruçar sobre isso para aprender. Nunca é tarde!
Pedir ajuda não é sinal de fraqueza. Muito pelo contrário, significa que você se importa e realmente quer evoluir. Então, sempre que necessário conte com alguém de confiança.
Invista em atividades que te façam feliz
Refletir é bom e é lindo de vez em quando também, mas não pode ser o único passo a ser dado.
Você precisa projetar sua energia, se presentear e se fazer feliz também, então que tal arrumar um hobby ou uma nova atividade para passar o tempo de vez em quando?
Lembre-se: um psicólogo pode ser muito bem-vindo nesse processo!
Um profissional da saúde mental pode ser a parede que sustenta a sua jornada, dando suporte, conselhos e, acima de tudo, te encorajando a seguir em frente!
A psicoterapia pode ajudar nesse processo de autoconhecimento
O auxílio psicológico é o seu melhor amigo no que diz respeito ao autoconhecimento.
Isso porque ele abre os seus olhos para as questões internas de maneira muito profunda!
Um psicólogo sabe reconhecer ritmo, limites e acima de tudo aquilo que pode estar te impedindo de caminhar para a frente, sabia?
Por esse motivo, ele é capaz de te guiar de maneira leve sobre suas questões mais antigas, colaborando com sua cura e seu processo de autoperdão também.
Tudo isso é de extrema importância para que você possa pensar mais em si mesmo, abrindo mão de inseguranças, dependências e dificuldades de relacionamento.
Aqui, na Psicotér, nós contamos com um grupo de profissionais qualificados que podem te ajudar nessa caminhada!
Fundadora da Psicotér, CEO e Diretora Técnica, Psicóloga Cognitivo-Comportamental, completamente apaixonada pelo ser humano, realizada e privilegiada por poder participar da transformação de vidas. Experiência de mais de 20 anos de atuação clínica e empresarial. Psicoterapeuta individual e em grupo de crianças, adolescentes, adultos, idosos, casal e família, online e presencial, pós-graduada em Gestão do Capital Humano. Consultora de recolocação profissional desde 2003, capacitando e orientando profissionais em transição de carreira na busca de novas oportunidades. Também consultora em diversas empresas nacionais e multinacionais, nas diversas áreas de RH, atendimento e avaliação psicológica de profissionais.
