Quantas vezes você já não ouviu por aí: “tenho medo de sair de casa”, “me sinto desconfortável ou exposto na rua” ou “prefiro ficar em casa mesmo, longe de todo mundo…”?
Há quem viva dizendo essas frases e a gente nem precisa te contar que certamente existe muito por trás dessas afirmações, né?
A grande verdade é que diversas pessoas desenvolvem o medo de sair de casa ao longo da vida, seja por algum trauma do passado ou por questões emocionais, como transtornos agressivos, por exemplo.
Nem sempre nos damos conta de que isso é um problema até percebermos o alto nível de ansiedade na hora de sair de casa ou ter que fazer alguma atividade longe do conforto do lar.
É claro que muitas vezes estamos cansados, gostamos de aproveitar o espaço de casa e de fazer um programa mais caseiro e está tudo bem! O problema mora na dificuldade real de sair para fazer coisas simples, como: ir ao mercado, ir trabalhar, conhecer pessoas e semelhantes.
Se isso acontece com você ou com pessoas que você conhece, acompanhe este artigo! Nele vamos te contar tudo que sabemos sobre o medo de sair de casa e os bloqueios que ele traduz tanto da nossa mente, quanto do nosso corpo!
Síndrome da Cabana
Diferentemente da Síndrome do Pânico, por exemplo, a Síndrome da Cabana está relacionada a angústia e o desespero causado pelo isolamento.
Ela costuma se manifestar conforme a pessoa se vê fora da própria zona de conforto, ou seja, quando ela precisa iniciar um novo ciclo, conhecer novas pessoas e basicamente se readequar a um novo tipo de contexto ou realidade.
Isso é algo extremamente comum de acontecer, afinal nossa vida é uma “caixinha de surpresas”, mudando constantemente conforme nos movemos no tempo. O problema é que nem sempre estamos com o emocional blindado para lidar com isso e aí desencadeamos uma série de questões como a Síndrome da Cabana.
É como se nos víssemos sozinhos em um contexto totalmente novo e assustador, gerando uma ansiedade e um enorme medo do desconhecido. Isso tudo além da própria solidão.
Muitas pessoas desenvolveram essa síndrome ao longo do período de quarentena, por exemplo, tendo que se readaptar a uma rotina muito padronizada, regida pelo medo e por comportamentos extremamente metódicos. Todos esses foram grandes efeitos da pandemia, que acabou por padronizar nossos cotidianos dentro de casa.
Os sintomas da Síndrome da Cabana são muito parecidos com o da Crise de Pânico: sensação de quase morte, angústia, aperto no peito, descontrole de humor, tensão muscular e sofrimento emocional.
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O que causa o medo de sair de casa?
O medo de sair de casa pode surgir devido a uma série de fatores, desde emocionais até mesmo contextuais.
Neste artigo, vamos nos atentar aos fatores emocionais e psicológicos, que costumam atrair ativamente o medo de sair e transtornos como a Agorafobia, Ansiedade ou Fobia Social, por exemplo.
A realidade é que o medo de sair de casa pode vir de um trauma, como um episódio de assédio, assalto ou agressão na rua, ou até mesmo de momentos em que a pessoa se sentiu verdadeiramente desconfortável longe de casa.
Essas situações acabam gerando barreiras emocionais e é como se o “ficar em casa” acabasse protegendo ela desse trauma, evitando que ela se exponha a ele novamente.
Além disso, o medo de sair de casa pode se dar por conta de longos períodos de isolamento, como passamos na quarentena durante a pandemia, por exemplo. Onde todas as rotinas eram fechadas e nós tivemos que recriar a forma de nos relacionar com o mundo lá fora.
Contudo, isso pode acontecer em diversos momentos da vida de alguém, principalmente depois de passar por um período intenso como o luto, que nos coloca em grande sofrimento e distantes das pessoas.
Há também a possibilidade de o medo de sair de casa surgir através de alguma doença ou transtorno, como a depressão, a fobia social (que nada mais é que o medo de socializar e conviver com outras pessoas) ou a própria ansiedade que cria barreiras diversificadas no nosso cotidiano.
É normal não ter vontade de sair na rua?
Não sentir vontade de sair na rua de vez em quando é completamente natural, afinal estamos sempre correndo para resolver questões do cotidiano, trabalho e família. É normal sentir vontade de ficar em casa pare relaxar e se dar o descanso merecido.
Agora, se essa vontade é persistente, acompanhada de outros sinais, como: crises existenciais, vontade de ficar sozinho constantemente, tristeza ou desânimo é preciso investigar!
Se isolar totalmente do mundo não é saudável para ninguém, ainda que você lide com a timidez, por exemplo.
É preciso saber o que te motiva para ficar dentro de casa, o que está por trás desse isolamento social e do medo de sair de casa sozinha.
7 Dicas para acabar com o medo de sair de casa
Se você sofre com o medo de sair de casa, hoje nós vamos te ajudar com algumas dicas práticas para que você fortaleça o seu emocional e diminui as suas inseguranças com as suas saídas!
Acompanhe:
1. Se planeje!
Qualquer coisa que haja planejamento fica menos assustadora, então pense em algum roteiro específico que te deixe mais confortável para sair de casa. Pense em possíveis caminhos, estímulos e companhias que te ajudem nesse processo, mas cuide com a ansiedade: a ideia é planejar e não sofrer por antecedência!
2. Vá com calma
Se expor gradualmente é o segredo número 1! Você não precisa sair por uma tarde inteira de primeira… Conheça os seus limites, comece explorando sua própria rua e só aos poucos a ir mais longe.
3. Sua respiração é a sua amiga
Muita gente pensa que é bobagem, mas contar com um bom ritmo de respiração pode te ajudar a manter o sangue fluindo tranquilamente, evitando maiores nervosismos e tensões pelo corpo.
4. Enfrente o medo, mas respeite os seus limites
É muito comum que para superar medos e inseguranças as pessoas mergulhem de cabeça, sem pensar nas consequências. Isso pode ser, muitas vezes, até irresponsável, pois você pode se machucar ainda mais se não respeitar o seu limite. Então, saiba a hora de dizer “chega!” para dar um respiro.
5. Chame alguém para te acompanhar
Ter medo de sair de casa pode ser extremamente assustador, mas você não precisa passar por isso sozinho! Chame alguém de confiança, seja um familiar ou amigo, para fazer isso com você. Essa pessoa pode te ajudar a manter o autocontrole e a ter coragem no processo.
6. Associe as suas saídas a coisas agradáveis
Muito do nosso medo está relacionado aos objetivos, ou seja, você pode estar desenvolvendo bloqueios por só sair de casa para resolver situações desagradáveis. Mude isso! Aproveite para passear, conhecer pessoas e fazer algo que te cause prazer real. Isso irá mudar toda a perspectiva do seu contexto!
7. Conte com a ajuda de um profissional!
Como já dissemos anteriormente, o medo de sair de casa pode estar muito relacionado a questões emocionais, como: depressão, ansiedade ou até mesmo a Agorafobia que traduz o próprio medo de deixar o lar. E, nesses casos, o tratamento mais efetivo é aquele realizado ao lado de um psicólogo.
Como a psicologia pode te ajudar a lidar com o medo?
A psicologia pode ser uma grande aliada no processo da lida com o medo de sair de casa, sabia?
Muita gente não sabe, mas nossos bloqueios e aquilo que chamamos de angústia podem estar relacionados a questões do nosso passado que causaram feridas profundas e nunca foram curadas, de fato.
Um profissional da psicologia pode te ajudar a lidar com isso, pois ele apresenta uma escuta ativa, análise e um plano estratégico para que você reconstrua a sua autoconfiança e coragem.
Tudo isso é muito importante para que você se sinta pronto a voltar a interagir com o mundo, melhorando seu bem estar e sua qualidade de vida.
Encontrar o profissional certo se torna indispensável nesse processo, mas nós, da Psicotér, contamos com uma equipe completamente preparada para te ajudar nesse processo!
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Texto de: Luísa de Oliveira – redatora da Equipe Psicotér
Aprovado por:
Fundadora da Psicotér, CEO e Diretora Técnica, Psicóloga Cognitivo-Comportamental, completamente apaixonada pelo ser humano, realizada e privilegiada por poder participar da transformação de vidas. Experiência de mais de 20 anos de atuação clínica e empresarial. Psicoterapeuta individual e em grupo de crianças, adolescentes, adultos, idosos, casal e família, online e presencial, pós-graduada em Gestão do Capital Humano. Consultora de recolocação profissional desde 2003, capacitando e orientando profissionais em transição de carreira na busca de novas oportunidades. Também consultora em diversas empresas nacionais e multinacionais, nas diversas áreas de RH, atendimento e avaliação psicológica de profissionais.
Fundadora da
