Quem aí nunca “pensou alto” ou jogou umas ideias no ar para organizar melhor os pensamentos? Será que isso é natural ou faz parte de alguma disfunção mental?
Hoje, elaboramos este artigo para te ajudar a desvendar esse mistério, te mostrando de onde vem esse hábito, como ele se desenvolve e se, em algum caso, ele pode configurar um transtorno de ordem mental ou psicológica.
Falar sozinho é uma prática que muitas pessoas utilizam, muitas vezes até sem perceber, para organizar raciocínios, verbalizar dificuldades e até mesmo resolver conflitos internos.
Se você já fez isso, sabe que acontece sem que a gente pense muito, não é?
E será que esse reflexo é bom ou ruim? Vamos descobrir! Acompanhe o artigo até o final para saber tudo!
Conteúdo desse artigo
ToggleO que significa falar sozinho?
Falar sozinho (ou como os médicos chamam: solilóquio) é um comportamento que pode aumentar de frequência em algumas situações, como sob estresse ou ansiedade.
No entanto, nem sempre precisa estar relacionado a outros problemas graves, como transtornos. Isso pode ocorrer de forma natural, ainda que muitos estranhem.
Falar sozinho é sinal de esquizofrenia?
Falar sozinho, na maioria das vezes, se trata de um comportamento completamente normal, exceto quando ultrapassa alguns limites.
Se o assunto é a esquizofrenia, por exemplo, é preciso saber que os sintomas são combinados, isto é, o “falar sozinho” nunca aparece sozinho.
Quando a pessoa convive com a esquizofrenia, é comum que ela fale sozinha, mas também tenha episódios de psicose e alucinação, ouvindo vozes constantemente.
Isso eleva o nível de estresse e acaba alterando demais o humor dessa pessoa, fazendo com que ela se torne cada vez mais agressiva e distante da realidade.
Portanto, se você desconfia da esquizofrenia pelo hábito de falar sozinho, calma! Nem sempre esse é o quadro.
Doença de quem fala sozinho
Pode parecer um tanto quanto pesado utilizar da palavra “doença”, quando falamos sobre o hábito de conversar sozinho, não é?
Mas a verdade é que, em muitos casos, esse hábito pode representar alguns sinais perigosos, como: indícios de estresse, insegurança, acúmulo de pressão, tarefas e ansiedade.
Daí a necessidade de sempre ir em busca do quadro completo: o que mais acompanha o hábito de falar sozinho? Quantas vezes isso costuma acontecer? O que você diz para si mesmo nesses períodos?
Esses são cuidados extremamente importantes para se ter! Sabe por quê?
Em alguns quadros mais intensos e perigosos, como o da esquizofrenia, por exemplo, a fala vem acompanhada de alucinações e uma espécie de paranoia constante. Isso aproxima o individuo de um sofrimento grande, causando uma confusão mental e um certo descontrole.
Esse quadro está muito relacionado à psicose, porém é importante frisar: quando se trata desses casos, o “falar sozinho” nunca aparece isolado. A pessoa sempre apresentará um certo descontrole, uma mania de perseguição e inquietação também.
Daí a necessidade de utilizar a palavra “doença”, afinal estamos falando de um transtorno grave e com fortes riscos à integridade tanto da pessoa, quanto de quem convive com ela.
Além disso, pessoas que estão enfrentando fortes períodos de ansiedade, pânico, estresse e pressão também podem estar com sua mente doente…
Temos a mania de acreditar que somente aquilo que atinge o nosso corpo é capaz de nos machucar e nos puxar para baixo, mas saiba que a mente tem esse poder também!
Outro ponto que pode adoecer bastante aqueles que conversam sozinho é se esse comportamento é utilizado como punitivismo.
Pessoas que cometem algum erro ou costumam julgar a si mesmas fazem muito isso: se xingam, se ofendem e se autodepreciam de forma agressiva.
Nesses casos, também há um sério problema de autoestima a ser observado.
Por fim, conversar com si mesmo pode ser uma atitude de auto organização, servindo para ajeitar ideias, alinhar pensamentos e fortalecer afirmações internas. Muitas pessoas fazem isso todos os dias e não há problema algum em exercitar isso de vez em quando!
Autismo fala sozinho?
Pessoas no Espectro Autista podem apresentar diversos padrões de comportamento, variando muito entre o autismo leve e moderado.
Entre esses comportamentos está a necessidade de solidão, dificuldade de comunicação, ter um amigo imaginário, fazer movimentos repetitivos, entre diversos outros.
Assim como afirmamos na esquizofrenia, o “falar sozinho” no TEA sempre se manifesta junto desses outros sintomas, fazendo com que a criança ou adulto se sinta mais retraído ou, em alguns casos, apresente superdotação.
Para observar isso, é interessante que os pais ou pessoas que se relacionam avaliem de perto os padrões de comportamento e até mesmo dos diálogos apresentados pelas pessoas em questão.
Dessa forma, fica mais fácil encontrar a ajuda certa e interromper o comportamento, caso ele não faça bem para a pessoa.
O que fazer se me pegar falando sozinha?
Se você se observar falando sozinha, é importante que se atente àquilo que você está dizendo para si mesmo: quais sentimentos você está transmitindo? De que forma essas afirmações te atingem?
Falar sozinho de maneira agressiva e julgadora pode ser um forte sinal de que algo não anda certo aí dentro!
E isso pode acontecer por diversos motivos: baixa autoestima, estresse elevado, problemas na relação, ansiedade severa, nervosismo, depressão e assim por diante.
Há quem se use de saco de pancadas, então é preciso manter-se de olhos e ouvidos atentos! Esse comportamento é tóxico e pode machucar diversas pessoas.
Ajuda da Psicologia
É necessário perceber o contexto e os outros sinais que se manifestam com o hábito de falar sozinho.
Isso porque, em muitos casos, não passa de uma atividade inofensiva com o intuito de se organizar mental e fisicamente.
Em casos de dúvida ou desconfiança de que algo anda errado, é sempre importante ir em busca do acompanhamento psicológico ideal, marcando uma consulta direta com um psicólogo capacitado.
Dessa forma, o caso será investigado e tanto o profissional, quanto o paciente poderão encontrar as respostas para as próprias perguntas quanto ao hábito.
Se durante o acompanhamento for notado algum sinal mais intenso ou grave, relacionado à esquizofrenia, por exemplo, será possível ir em busca de um tratamento ainda mais aprofundado, com auxílio medicamentoso de um médico psiquiatra.
Agora, conseguiu sanar as suas dúvidas? Você é do tipo que fala muito sozinho? Sente que é um sinal ruim de um problema maior?
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Fundadora da Psicotér, CEO e Diretora Técnica, Psicóloga Cognitivo-Comportamental, completamente apaixonada pelo ser humano, realizada e privilegiada por poder participar da transformação de vidas. Experiência de mais de 20 anos de atuação clínica e empresarial. Psicoterapeuta individual e em grupo de crianças, adolescentes, adultos, idosos, casal e família, online e presencial, pós-graduada em Gestão do Capital Humano. Consultora de recolocação profissional desde 2003, capacitando e orientando profissionais em transição de carreira na busca de novas oportunidades. Também consultora em diversas empresas nacionais e multinacionais, nas diversas áreas de RH, atendimento e avaliação psicológica de profissionais.
Respostas de 5
Convivo com uma pessoa de 25 anos que fala sozinho, a maioria das vezes com expressões de raiva como se estivesse conversando com alguém, questionando, imitando a fala da outra pessoa. acontece vários horários do dia, e principalmente a noite.
Olá!
Quando esse comportamento se torna prejudicial ou muito repetitivo, é importante procurar a opinião de um profissional da saúde mental para entender o que está acontecendo. Esse é um movimento importante para entender se o comportamento se trata de algo que precisa de tratamento ou não.
Vem conversar com a gente: https://psicoter.com.br/fale-conosco/
Abraço!
Eu acho terapêutico falar sozinha. Pq eu ouço o que falo, reflito sobre isso e convivo normalmente. É uma espécie de terapia. Eu já fui numa psicóloga, mas quem já foi,sabe como é difícil falar pra um estranho tudo que sente e guarda dentro de si msm. Nem fala pra família,quem dirá um completo estranho
Olá Taila!
Falar pode ser uma dificuldade, de fato, mas contar com um profissional treinado para te ouvir, te acolher e te ajudar a superar essas questões pode ser muito importante também! Um psicólogo poderá te oferecer escuta ativa e, por manter uma relação profissional, ele consegue fazer uma leitura mais sóbria sobre as suas questões, te ajudando em cada um dos detalhes. É exatamente aí que mora a beleza do acompanhamento psicológico.
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Isso acontece comigo. Não chego a falar de boca e soltando a voz, mas sim em pensamentos criando diálogos na mente que é nível falar sozinho.