Endereços psicoter
Rua Vigário José Inácio, 250 Sala 102 Centro - Porto Alegre
R. Antônio Joaquim Mesquita, 131 - Passo d'Areia - Porto Alegre
SEG A SEX DÀS 7H ÀS 22H - SÁB DÀS 7H ÀS 12:30H

Alucinações Visuais e Auditivas: O que São, Causas e Tratamentos

Alucinações Visuais e Auditivas

Você sabia que entre 5% e 15% da população mundial já teve algum episódio de alucinações visuais e auditivas?

Mesmo sem ter um diagnóstico de transtorno mental, esses episódios não estão restritos à esquizofrenia ou à psicose, podendo ocorrer em situações de luto, estresse extremo, privação do sono ou uso de substâncias.

O que são alucinações?

Alucinações são percepções sensoriais que ocorrem sem a presença de um estímulo externo real. A pessoa vê, ouve, sente ou percebe algo que, de fato, não está acontecendo no ambiente.

Essas percepções podem envolver qualquer um dos cinco sentidos: visão, audição, tato, olfato e paladar, e variam muito em intensidade e frequência.

Há quem experimente episódios esporádicos, principalmente em situações de estresse ou luto, enquanto outras pessoas convivem com sintomas recorrentes como parte de um transtorno de saúde mental.

Tipos de alucinações visuais

As alucinações visuais podem se manifestar de formas muito distintas, desde luzes piscando até figuras completas e cenários inteiros.

Esse tipo de distúrbio costuma assustar quem passa por ele, especialmente quando não há clareza sobre o que está acontecendo. Podem ocorrer tanto em pessoas com distúrbios psiquiátricos quanto em idosos com comprometimentos visuais, como na Síndrome de Charles Bonnet.

Entender os tipos mais comuns ajuda a diferenciar situações clínicas e orientar a busca por ajuda.

Alucinações visuais simples

Nesse tipo de alucinação, a pessoa vê formas geométricas, manchas coloridas, flashes de luz ou movimentos abstratos. São comuns em episódios de enxaqueca, alterações do sono, uso de drogas ou até mesmo no início da perda de visão.

Muitas vezes, esses padrões surgem de forma rápida e desaparecem sem interação com o ambiente.

Alucinações visuais complexas

Já as alucinações complexas envolvem imagens bem definidas, como pessoas, animais, paisagens ou objetos.

Em alguns casos, essas figuras parecem extremamente reais e podem interagir com a pessoa. São mais comuns em transtornos psiquiátricos graves, em quadros neurológicos ou durante estados de confusão mental.

Outros tipos de alucinações

Além das alucinações visuais, existem outros tipos que também indicam alterações na percepção sensorial. Essas experiências podem afetar diferentes sentidos e estão associadas a diversos transtornos mentais, neurológicos ou efeitos de substâncias.

Alucinações auditivas

As alucinações auditivas são as mais comuns nos transtornos psicóticos, como a esquizofrenia. Envolvem ouvir vozes, ruídos, sussurros, batidas ou músicas inexistentes.

Em muitos casos, as vozes fazem comentários negativos, dão ordens ou mantêm diálogos entre si, gerando sofrimento intenso.

Alucinações táteis

Nesse tipo, a pessoa sente sensações físicas que não têm causa aparente, como algo rastejando sobre a pele, formigamento ou picadas. São frequentes em abstinência de substâncias, transtornos psicóticos ou quadros neurológicos.

Alucinações gustativas

Menos comuns, causam a percepção de gostos estranhos, geralmente amargos, metálicos ou desagradáveis, sem que a pessoa tenha ingerido nada. Podem estar relacionadas a epilepsia, enxaqueca, intoxicação ou transtornos mentais.

Alucinações olfativas

Envolvem sentir cheiros que não existem no ambiente. Podem ser aromas familiares ou odores desagradáveis, como de queimado ou podridão.

Esse tipo pode aparecer em casos de tumores cerebrais, epilepsia do lobo temporal e distúrbios psiquiátricos.

Alucinações cinestésicas

São sensações corporais alteradas, como sentir que está flutuando, que partes do corpo mudaram de tamanho ou posição, ou que há movimento interno. Estão presentes em estados dissociativos, uso de substâncias e episódios psicóticos.

Diferença entre alucinações e delírios

Embora muitas vezes apareçam juntos em transtornos psiquiátricos, alucinações e delírios são experiências diferentes, e entender essa diferença é importante para um diagnóstico correto.

As alucinações envolvem alterações na percepção sensorial. A pessoa vê, ouve, sente ou cheira algo que não está presente no ambiente, mas que parece muito real.

Já os delírios são crenças falsas, mantidas com convicção, mesmo diante de evidências contrárias. Não envolvem os sentidos, mas sim o pensamento e a interpretação da realidade.

Ou seja:

  • Alucinação: percepção sem estímulo real (ex: ouvir vozes inexistentes).
  • Delírio: pensamento distorcido da realidade (ex: acreditar que está sendo vigiado por câmeras invisíveis).

Ambos exigem atenção clínica, mas são tratados com abordagens diferentes na psicoterapia e psiquiatria.

Causas das alucinações visuais e auditivas

As alucinações visuais e auditivas podem ter origens diversas, nem sempre estão relacionadas a transtornos psiquiátricos graves.

O mais importante é entender que esses sintomas são sinais de que algo no organismo, na mente ou no ambiente precisa de atenção.

Causas psicológicas

Diversos transtornos mentais podem provocar alucinações. Na esquizofrenia, por exemplo, as alucinações auditivas são extremamente comuns, muitas pessoas ouvem vozes com mensagens negativas ou comandos.

Além disso, transtornos psicóticos, transtorno bipolar em episódios maníacos ou depressivos graves, e casos de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) também podem incluir episódios alucinatórios.

O estresse extremo, o isolamento social e a privação de sono também são fatores psicológicos que alteram a percepção sensorial.

Causas neurológicas

Distúrbios neurológicos, como a epilepsia do lobo temporal, doenças neurodegenerativas (como Alzheimer e Parkinson) ou até enxaquecas com aura visual, podem provocar alucinações visuais ou auditivas.

Um exemplo clássico é a síndrome de Charles Bonnet, que afeta idosos com perda visual e causa visões vívidas, mesmo com a consciência preservada.

Causas por uso de substâncias

Drogas alucinógenas como LSD, cetamina, ou psilocibina alteram diretamente a percepção sensorial e induzem alucinações.

Mas não é só isso: o uso abusivo de álcool, a síndrome de abstinência, e até medicamentos como antidepressivos e corticoides também podem causar distúrbios perceptivos em algumas pessoas.

Tratamento para Alucinações Auditivas e Visuais

Como diagnosticar alucinações?

O diagnóstico envolve uma combinação de escuta clínica, testes psicológicos e, em alguns casos, exames médicos para descartar causas físicas ou neurológicas.

Testes psicológicos

Na avaliação psicológica, o profissional investiga o tipo, a frequência e o impacto das alucinações na rotina da pessoa.

O objetivo é entender se o sintoma está relacionado a algum transtorno como esquizofrenia, transtorno bipolar, depressão psicótica, entre outros.

Tratamentos para alucinações visuais e auditivas

O tratamento para alucinações visuais e auditivas depende da causa identificada, da intensidade dos sintomas e do impacto que eles têm na vida da pessoa.

Terapia psicológica

A psicoterapia é uma das formas mais importantes de cuidado. Terapias cognitivas e comportamentais ajudam a pessoa a:

Em quadros psicóticos, a terapia também trabalha aspectos como autoconhecimento, construção de rotina, redução do estigma e fortalecimento de vínculos sociais.

Quando as alucinações auditivas ou visuais estão ligadas a traumas, a abordagem pode envolver técnicas como EMDR (Dessensibilização e Reprocessamento por Movimentos Oculares) ou terapia focada no trauma.

Tratamentos médicos

O acompanhamento com psiquiatra é fundamental, principalmente em casos de transtorno psicótico, esquizofrenia, transtorno bipolar ou episódios de depressão com características psicóticas.

Os medicamentos mais utilizados são os antipsicóticos, que ajudam a reduzir os episódios alucinatórios e melhorar a organização do pensamento. Em alguns casos, antidepressivos e estabilizadores de humor também são indicados.

Além da medicação, é essencial manter o acompanhamento contínuo, avaliar efeitos colaterais e adaptar o tratamento conforme a evolução do quadro clínico.

Como lidar com alucinações no dia a dia?

Conviver com alucinações visuais ou auditivas pode ser desafiador, especialmente quando interferem nas atividades cotidianas ou causam sofrimento.

Aceite a experiência sem julgamento

Negar ou lutar contra a alucinação pode aumentar a ansiedade. Tentar encarar a experiência com mais neutralidade e buscar entender o que o corpo e a mente estão tentando comunicar é o primeiro passo para retomar o controle.

Registre os episódios

Manter um diário com data, horário, contexto e intensidade das alucinações ajuda a identificar padrões. Essa prática é útil tanto para o autoconhecimento quanto para o acompanhamento terapêutico e psiquiátrico.

Fortaleça sua rotina de autocuidado

Alimentação equilibrada, sono regular, atividades físicas leves e momentos de lazer ajudam a reduzir o estresse e a melhorar a regulação emocional, o que pode impactar diretamente na frequência das alucinações.

Tenha uma rede de apoio

Conversar com pessoas de confiança, participar de grupos terapêuticos ou de apoio pode diminuir o sentimento de isolamento.

Sinalize situações de risco

Se as alucinações se tornarem ameaçadoras, intensas ou envolverem comandos perigosos (como ouvir vozes mandando fazer algo prejudicial), é essencial procurar ajuda imediata. Isso pode ser sinal de um transtorno mais grave que exige intervenção urgente.

Perguntas sobre alucinações

O que é a síndrome de Charles Bonnet?

É uma condição em que pessoas com perda significativa da visão começam a ter alucinações visuais, como figuras, pessoas ou padrões. Essas alucinações não indicam problemas mentais, mas estão ligadas à privação sensorial.

Qual é a sensação de ver coisas grandes com olhos fechados?

Essa percepção pode estar relacionada a alterações na atividade cerebral durante o relaxamento, sonolência ou estados alterados de consciência. Embora curiosa, costuma ser inofensiva, mas merece atenção se recorrente.

Quais transtornos causam alucinações?

Transtornos psicóticos (como esquizofrenia), transtorno bipolar em episódios graves, depressão com sintomas psicóticos, TEPT, demências e distúrbios neurológicos podem causar alucinações.

O que são alucinações visuais de olhos fechados?

São imagens percebidas quando os olhos estão fechados, sem estímulo visual real. Podem surgir em estados de relaxamento profundo, meditação, uso de substâncias ou como sintoma de condições neurológicas ou psiquiátricas.

 

Se identificou com algum desses sintomas? Solicite uma avaliação psicológica VIP sem custo com nossas psicólogas

Gostou? Compartilhe

    Se identificou com o assunto deste post?

    Então deixe seus dados abaixo que entraremos em contato em instantes* para agendar sua AVALIAÇÃO BÔNUS!




    Deixe um comentário

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *