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Transtornos mentais na pandemia: qual a relação?

Os transtornos mentais na pandemia podem estar relacionados ao isolamento social e às preocupações constantes. Afinal, esse período estressante nos afeta de muitas maneiras. Confira as causas, sinais e tratamento.

Todos nós temos ideia dos sintomas físicos da COVID-19 – tosse seca, dificuldade para respirar, perda de paladar e olfato… Porém, pode ser difícil entender a extensão dos danos que estar vivendo uma pandemia traz à nossa saúde mental.

Neste texto, em primeiro lugar, você entenderá como diversas situações se tornam gatilho para transtornos mentais na pandemia. Assim, pode fazer um check-up e avaliar se algum desses gatilhos tem te afetado.

 

Vamos falar dos seguintes gatilhos para transtornos mentais na pandemia: 

  1. Quebra dos laços afetivos
  2. Comunicação online
  3. Medo de sair de casa
  4. Compulsão por limpeza
  5. Pensamentos obsessivos-compulsivos
  6. Problemas financeiros
  7. Desemprego
  8. Home office
  9. Sensação de improdutividade
  10. Distúrbios do sono

Vamos lá?

 

Quebra dos laços afetivos

Em primeiro lugar, o fator mais óbvio: a dificuldade de passar pelo distanciamento social.

Estamos presos em casa, sem poder visitar nossos amigos e familiares. Assim, quem está acostumado a encontrar muitas pessoas e distribuir apertos de mão, beijos e abraços sofreu um baque muito grande.

É claro que isso tem um impacto psicológico. Somos seres sociais; precisamos de interação constante. O distanciamento causa uma sensação avassaladora de solidão e pode levar ao desenvolvimento de transtornos mentais na pandemia, como a depressão e a ansiedade. A saudade dos amigos, da família e da vida normal nos consome, além do medo de sermos responsáveis pela contaminação de alguém que amamos. 

A comunicação online se tornou constante – trabalhamos, falamos com nossos familiares, participamos de compromissos e assistimos aulas, shows e palestras, tudo através de videochamadas,  Instagram ou  WhatsApp. Estamos cansados de trocar mensagens e usar as redes sociais o tempo todo; aos poucos, deixamos de responder o que não é urgente, criando um afastamento ainda maior das pessoas que amamos.

 

Medo de estar em multidões e ser contaminado

Já discutimos as implicações da pandemia na vida dos hipocondríacos em nosso blog. Em resumo, quem sofre de hipocondria sente um medo irracional de estar doente, interpreta qualquer sinal como sintoma de uma doença grave e constantemente consulta médicos e faz exames. Assim, esse é um dos transtornos mentais na pandemia mais comuns. 

Da mesma forma, quem não é hipocondríaco pode apresentar um medo intenso de se contaminar, tomando medidas de proteção excessivas. É claro que devemos seguir as normas da OMS e nos proteger o máximo possível. Porém, quando o medo começa a interferir em nossa rotina e nos impede de cumprir obrigações e ter uma rotina normal, isso se torna sintomático.

Compulsão por limpeza e desinfecção

Como tratamos no subtítulo anterior, esse período pode incentivar o medo constante de contaminação.

Essa preocupação pode resultar em uma compulsão por limpeza. É importante usar álcool em gel, tirar as roupas que usamos na rua ao chegar em casa e limpar todas as compras e objetos, inclusive os celulares e cartões. Mas isso se torna excessivo quando sentimos a necessidade de limpar tudo o tempo todo.

Algumas pessoas desenvolvem o TOC. Precisam manter tudo limpo, trocam de roupa o tempo todo, usam álcool em gel a cada cinco minutos e desinfetam a casa inteira todos os dias. Isso é inspirado por pensamentos obsessivo-compulsivos, que são prejudiciais e afetam a saúde mental, pois são incontroláveis, repetitivos, geram ansiedade e interferem na rotina.

Dificuldades econômicas

Muitas pessoas perderam o emprego durante a pandemia, já que as empresas tiveram grandes prejuízos causados pelo isolamento e algumas decidiram diminuir o quadro de funcionários. E aí mora um problema sério: muitos colaboradores perderam a principal (ou única) fonte de renda, gerando graves dificuldades financeiras. A taxa de desemprego, em 2020, chegou a 14,4% – a maior desde 2012, ano em que esses dados começaram a ser apurados.

Para piorar, quando passamos mais tempo em casa, nossas contas de água, energia elétrica e supermercado aumentam. A economia do país é afetada, os produtos e serviços se tornam mais caros, o desemprego cresce e o resultado é muito desespero. Mesmo os que estão empregados sentem dificuldades, já que a qualquer momento podem ser demitidos e é cada vez mais difícil manter o equilíbrio financeiro nessa economia.

Para analisar a extensão disso, podemos pensar juntos: quantas pessoas que você conhece começaram um negócio próprio para estabilizar ou aumentar a renda durante a pandemia?

Como esperado, essa situação é fonte de pânico. São muitas incertezas: ninguém sabe como administrar as finanças durante esse período. Não temos um prazo para o fim da pandemia nem sabemos se, quando tudo isso acabar, conseguiremos retomar nossos empregos e voltar à estabilidade.

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Estresse causado pelo home office

O home office foi adotado por grande parte das empresas, por permitir que os colaboradores sigam trabalhando, com riscos diminuídos.

Alguns podem pensar que não precisar acordar cedo, pegar um transporte público lotado e lidar com os colegas de trabalho pessoalmente pode ser um grande alívio. Porém, o home office também é fonte de estresse, mesmo que estejamos trabalhando no conforto de nossas casas.

Todos os espaços que ocupamos são simbólicos; nosso cérebro associa espaços específicos às atividades que desenvolvemos neles. Quando você está em casa, sente conforto, paz, vontade de descansar e de praticar seus hobbies. Quando está no trabalho, se sente mais criativo, inclinado a produzir e ativo.

No momento em que precisamos trazer o trabalho para casa, confundimos as sensações. É comum sentir desânimo e muita dificuldade de trabalhar, porque o inconsciente está relacionando o espaço da sua casa a descanso. Ou seja: o seu cérebro liga o botãozinho de descansar, e não o de produzir.

Além disso, pesquisas indicam que quem faz home office está trabalhando muito mais do que o normal. Na empresa, temos hora para chegar, intervalo e hora para sair. Em casa, com rotinas desreguladas, acabamos trabalhando madrugada adentro, buscando produzir mais – seja para atender às expectativas da empresa ou evitar o tédio da quarentena. Esse excesso se transforma em estresse, exaustão e síndrome de burnout.

Sensação de improdutividade

Não temos mais padrões para definir que realmente produzimos durante o dia. Antes, chegávamos em casa cansados depois de um dia longo; agora, estamos o tempo todo em casa, sem sentir que saímos, realizamos atividades e voltamos, completando o ciclo.

Por isso, mesmo que estejamos trabalhando em home office, estudando de forma remota, participando de reuniões, cuidando dos filhos e organizando a casa, ainda nos sentimos improdutivos e terminamos o dia sentindo que não fizemos nada de útil ou relevante.

Essa sensação é perigosa, pois pode acabar com nossa autoestima e autoconfiança. Começamos a duvidar de nossa capacidade e das nossas habilidades, nos sentimos sem valor, e isso se transforma em mágoa, tristeza e frustração.

Distúrbios do sono

Já sabemos que a pandemia nos deixa mais ansiosos por diversos fatores. Geralmente, porém, vemos relatos sobre como isso afeta a rotina e a execução de tarefas. Pouco se fala em outra consequência muito importante: os distúrbios do sono.

Ter muitas preocupações nos mantém acordados à noite. Ficamos ansiosos e pensamos repetidamente em tudo que está acontecendo, em nossos problemas, na saudade das pessoas que amamos e nas incertezas sobre o futuro. Por isso, não conseguimos dormir, ou acordamos no meio da noite, muitas vezes após ter pesadelos inspirados pela ansiedade.

Além disso, não ter horários específicos para cumprir tarefas pode bagunçar o nosso relógio biológico. Muitas pessoas passaram a dormir durante o dia depois de passar a noite em claro, o que desregula nosso organismo e cria padrões instáveis de sono. Ou seja: dormimos mal, em horários ruins, sentimos uma sonolência constante e acordamos mais cansados do que estávamos ao deitar. O resultado é a exaustão física e emocional.

O que podemos fazer?

É impossível acabar com o medo e o desânimo enquanto a pandemia não acabar. Seguiremos nos sentindo incertos sobre o futuro, tendo medo de nos contaminar e de perder quem amamos. Assim como continuaremos afastados, evitando passeios e passando por dificuldades financeiras.

Tudo isso está fora do nosso controle. Precisamos, então, pensar no que podemos controlar: a forma como reagimos a esses sentimentos.

Transtornos mentais na pandemia: como evitá-los?

Através do autoconhecimento!

É essencial reconhecermos nossos padrões de comportamento e entendermos como nossa mente processa cada informação e sentimento. Nesse sentido, é preciso olhar com profundidade para dentro, buscando encontrar as particularidades do nosso interior. Isso ajuda a evitar os transtornos mentais na pandemia.

transtornos mentais na pandemia: medo de sair de casa

Uma das ferramentas que auxiliam na autodescoberta é a psicoterapia

A psicoterapia é um espaço livre de julgamentos; portanto, você poderá se abrir sobre tudo o que tem sentido e pensado. Para o psicoterapeuta, tudo o que você sentir necessidade de falar é relevante. Ele irá analisar detalhadamente o seu caso, te guiando na jornada de autodescoberta.

Como resultado, você começará a entender como sua mente reage a certos estímulos. Dessa forma, será mais fácil encontrar formas saudáveis de lidar com suas emoções, evitando gatilhos e reconhecendo os sinais de pensamentos e atitudes negativas. Tudo isso vai melhorar exponencialmente a sua qualidade de vida, te deixando longe dos transtornos mentais na pandemia!

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Psicoterapia durante a quarentena

Se você está praticando o isolamento, já deve ter aderido a muitos serviços como e-commerce, aplicativos de entrega e eventos via videochamada.

Do mesmo modo, muitos psicólogos têm oferecido atendimento online. As consultas são realizadas via chamada de vídeo, têm a mesma duração da consulta presencial e a mesma eficácia. Dessa forma, você pode escolher o lugar em que se sente mais confortável para conversar com o psicoterapeuta – é possível participar da consulta sem nem levantar da cama! Como os transtornos mentais na pandemia podem ser causados pelo medo de sair de casa, essa é uma ótima opção.

Outro ponto positivo é que ter um compromisso marcado pode te ajudar a sentir mais normal. Isso porque marcar a consulta no calendário dá a sensação de volta à rotina e retomada das responsabilidades. Além disso, pode ser uma oportunidade de dar uma pausa no home office e aproveitar um momento só seu.

Mas lembre-se: a psicoterapia não é capaz de eliminar as partes ruins da sua vida. Em síntese, ela apenas te ajuda a compreender esses momentos, lidar com eles de uma forma mais saudável e entender se você está desenvolvendo transtornos mentais na pandemia.

A Psicotér é um centro de atendimento psicológico localizado em Porto Alegre, que oferece atendimento presencial e online.  Se você acha que está desenvolvendo transtornos mentais na pandemia, considere procurar ajuda profissional. Agende uma avaliação gratuita e converse com uma de nossas psicólogas.

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Lisiane Duarte – CRP 07/12563
Psicóloga e Diretora Técnica da Psicotér

Texto por: Netuno – redatora da Equipe Psicotér

 

 

 

 

 

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