O sentimento de frustração é algo que surge através da sensação de invalidez ou impotência de alguma coisa, sejam elas ações, falas, pensamentos ou o que for.
Geralmente, ele está relacionado a uma forma da criação de expectativas, afinal, quem não cria expectativas, não se decepciona, não é verdade?
Sim e não! A realidade é que não precisamos criar grandes projeções para que a frustração apareça.
Outro ponto importante é que para esse sentimento aparecer muitas coisas contam, desde o nosso contexto infantil, até a forma com a qual lidamos com nossas emoções depois de mais velhos.
Seja como for, é uma dor que pode consumir, fazendo com que nossos relacionamentos sejam abalados, os ambientes fiquem diferentes e nossas perspectivas mudem.
Lidar com esse sentimento nem sempre é fácil e, por esse motivo, decidimos te ajudar com esse novo blog sobre frustração!
Acompanhe até o final para descobrir as melhores formas de lidar com esse sentimento!
Conteúdo desse artigo
ToggleO que é frustração?
Se você lembra de se sentir frustrado em algum momento da vida, certamente sabe o quão marcante é esse sentimento.
Isso porque além da impotência, ela tem completa capacidade de nos tirar o chão, às vezes até mesmo sem motivo maior, gerando desgaste e enormes rastros de dano e desapontamento.
É o que acontece quando somos criados sem aprender a lidar com possíveis falhas e sem treinar o nosso senso de superação para as coisas mais simples.
E esse é um exercício que fazemos muito pouco, afinal somos constantemente instigados a buscar por mais: ter mais dinheiro, produzir mais conteúdo, otimizar mais tempo, assumir mais compromissos e assim por diante…
Ir atrás de mais, mesmo quando já se tem o suficiente, é abrir muito espaço para a frustração, já que ela é aquele sentimento de quebra total. Quebra de expectativa, mas acima de tudo, de alguma projeção feita por nós mesmos!
Ninguém disse que é fácil lidar com esse sentimento, especialmente no período da infância e da adolescência, por exemplo.
Isso porque nessas fases é extremamente difícil manejar certos tipos de emoções.
Quando se é criança, as emoções aparecem muito mais nos comportamentos, através da raiva, da agressividade e da intolerância.
Não é de se esperar o contrário! Crianças ainda estão em fase de desenvolvimento emocional e é perfeitamente normal que cultivem formas diferentes de expressar suas próprias dores.
Enquanto isso, o adolescente enfrenta as coisas com uma perspectiva muito mais catastrófica, criando uma tendência de autodestruição e insuficiência.
Também é comum para essa fase da vida, pois o adolescente busca pelo pertencimento e um grupo com o qual possa se identificar.
No entanto, seja na infância ou na adolescência, é muito importante que os pais permaneçam de olho, afinal os transtornos podem acontecer a qualquer momento.
Seja a depressão, a ansiedade ou o que for, é necessário buscar ajuda o quanto antes.
Qual é a diferença entre frustração e decepção?
É muito comum que algumas pessoas tenham dúvida sobre a diferença entre frustração e decepção.
Pensando nisso, decidimos ressaltar aqui os principais pontos que distanciam as duas.
É interessante observar a frustração como um “macro-sentimento”, algo que inibe todo um senso de pensamento e possíveis ações.
Ele dura mais e não diz respeito somente a uma ação (ou falta dela).
Já a decepção pode ser algo mais corriqueiro, relacionado totalmente a alguma projeção que fizemos.
Lembra que falamos sobre as expectativas não estarem diretamente relacionadas a todo o tipo de frustração?
Pois é! Esse ato de criar certas expectativas está, na verdade, relacionado a um recorte da frustração, que é a decepção.
Exemplos de frustração:
Diferentemente do que se imagina, existem inúmeros tipos de frustração, afinal é um sentimento que pode se manifestar de diversas formas e momentos ao longo da nossa vida, certo?
Listamos aqui os mais comuns e que podem estar fazendo parte do seu dia a dia, acompanhe:
Frustração sexual
Essa é uma frustração que consideramos “fisiológica”, ou seja, ela faz parte de uma dificuldade de atingir certos prazeres ou até mesmo de gerar prazer para outra pessoa.
Por vezes, pode estar ligada a algum problema biológico, mas em outros momentos pode significar apenas a superestimação do ato sexual ou da sua própria performance, entre outras coisas.
Frustração amorosa
Mais relacionada ao âmbito relacional e podendo atingir milhares de pessoas por dia, a frustração amorosa surge através das dores em nunca encontrar alguém, ter relacionamentos ruins ou, simplesmente, ter a ausência de querer se relacionar.
É uma carência vinda do afeto e pode, muitas vezes, se expandir para outros espaços da vida, inclusive para a autoestima.
Frustração no trabalho
Que a carreira profissional diz muito sobre nós mesmos você já sabe, agora imagina ter essa parte da vida frustrada!
É o que acontece quando você insiste em um trabalho que não te faz bem, ou não consegue escolher uma carreira, ou ainda, se acha incapaz de cumprir com seus próprios objetivos.
Frustração acadêmica
O mesmo pode acontecer dentro da vida acadêmica, quando algum problema externo aparece ou quando não se pode concluir o curso dos sonhos, por exemplo.
Aqui também existe muita quebra de expectativa relacionada às universidades ou alguma carreira profissional!
Frustração emocional
Semelhante ao problema amoroso, ela pode se manifestar dentro das relações familiares, de amizade ou até mesmo pessoais.
A frustração emocional está muito mais ligada aos seus próprios sentimentos e suas dinâmicas de reação.
Quais são os sintomas da frustração?
Como já dissemos anteriormente, a frustração conta com um delineado de sintomas muito claros, podendo transparecer em comportamentos, mas também de forma física.
Acompanhe:
- Raiva: um sentimento comum para quem se encontra constantemente com a decepção e sente que o mundo está prestes a desabar toda a vez que algo não dá certo.
- Estresse: muito comum em ambientes familiares ou profissionais, pode acabar afetando seu jeito de se relacionar com as pessoas e com as coisas.
- Sentimento de insuficiência: é extremamente normal encontrar pessoas frustradas que costumam relacionar suas falhas a isso. Elas acreditam que a frustração constante pode vir de ações delas mesmas.
- Ansiedade: um dos sintomas mais comuns dentro da frustração, já que a pessoa lida com ondas e mais ondas de decepções diárias e está sempre esperando o pior de tudo.
- Agressividade: as pessoas podem manifestar suas frustrações de jeitos muito agressivos, porque se sentem esgotadas com o tanto de coisa dando “errado” na sua própria vida. É aqui também que as relações ficam fragilizadas e expostas ao pior!
Como lidar com a frustração?
Se você leu até aqui, provavelmente está se perguntando sobre como lidar com as próprias frustrações, não é?
É muito delicado estabelecer uma só forma de fazer isso. O ideal é e sempre será buscar algum tipo de acompanhamento psicológico que possa te ajudar a desenvolver isso da melhor forma possível.
No entanto, colocamos aqui algumas dicas práticas que também podem te ajudar nisso:
Fuja de possibilidades
Lidar com a realidade é uma das melhores formas de fugir da frustração.
Ninguém aqui está dizendo para você esperar o pior sempre também, não é isso! Apenas parta do princípio que a sua realidade já é o suficiente e que ficar criando grandes cenários pode não ser saudável para você e nem para os outros.
Coloque na balança!
Muitas frustrações nos deixam remoendo dores dias e dias a fio, sem dar espaço para outros sentimentos que não sejam dor, medo, insegurança e raiva.
Por isso, procure olhar por uma perspectiva mais saudável, avalie tudo de um campo mais racional e se permita sentir o que realmente está acontecendo.
Se dê espaço para sentir!
Crie objetivos reais para si mesmo!
É muito fácil cair em uma perspectiva de autossabotagem com a frustração, se achando insuficiente, incapaz e até mesmo inferior aos outros.
Portanto, drible essas possibilidades criando boas metas: pense e arquitete no seu “eu” e busque por isso de forma saudável, com o acompanhamento ideal que possa te ajudar a mediar possíveis decepções.
Como ter tolerância à frustração?
Criar tolerância a um sentimento negativo é algo que sempre pode acontecer, mas você pode começar buscando mediar os seus conflitos internos e entendendo que a decepção faz parte da sua realidade.
Não precisa se acomodar, entendemos que muitas vezes as coisas não saem como planejado e isso pode ser muito difícil de engolir, especialmente quando há expectativas envolvidas no espaço.
Mas você pode trabalhar cada uma delas também, sabia? Delineando limites saudáveis para a sua mente e até mesmo para os seus próprios comportamentos.
Um profissional da saúde mental pode te ajudar nisso com exercícios práticos e assistidos.
Além disso, você pode melhorar suas perspectivas das coisas trabalhando o seu olhar para aquelas situações que, geralmente, te causariam insegurança, raiva e muita dor.
Frustração na psicologia: Como a terapia pode ajudar?
Como qualquer sentimento, a frustração pode ser trabalhada ao lado do psicólogo com exercícios de autoconhecimento e práticas para a autoestima.
Ninguém é perfeito e disso você JÁ sabe, mas não há motivos para deixar de buscar o melhor para você e para o seu repertório emocional.
Com um psicólogo, é possível trabalhar tudo isso com sessões semanais ou quinzenais, onde você irá dividir situações, emoções e possíveis problemas que estejam te tirando o sono.
O profissional não irá apenas te ouvir e acolher, como também irá sugerir ações alternativas para que você possa renovar sua perspectiva sobre a frustração, se sentindo menos impotente e mais no controle.
É um trabalho em equipe que pode gerar grandes resultados, você só precisa ter paciência e fazer a sua parte no processo!
Agora, se você sente que está enfrentando problemas com a frustração, saiba que está no lugar certo!
Nós, da Piscotér, contamos com profissionais qualificados que podem te ajudar a superar esse problema do jeito mais assertivo e saudável possível!
Entre em contato com nossa equipe de atendimento e garanta já a sua Consulta VIP!
Texto de: Luísa de Oliveira – redatora da Equipe Psicotér
Aprovado por:
Fundadora da Psicotér, CEO e Diretora Técnica, Psicóloga Cognitivo-Comportamental, completamente apaixonada pelo ser humano, realizada e privilegiada por poder participar da transformação de vidas. Experiência de mais de 20 anos de atuação clínica e empresarial. Psicoterapeuta individual e em grupo de crianças, adolescentes, adultos, idosos, casal e família, online e presencial, pós-graduada em Gestão do Capital Humano. Consultora de recolocação profissional desde 2003, capacitando e orientando profissionais em transição de carreira na busca de novas oportunidades. Também consultora em diversas empresas nacionais e multinacionais, nas diversas áreas de RH, atendimento e avaliação psicológica de profissionais.