Buscar terapia sexual, quando e por quê? As relações sexuais fazem parte da vida de qualquer pessoa e são muito importantes para o bem-estar físico e emocional.
No entanto, muitos homens e mulheres não tem uma vida sexual prazerosa e saudável. Por ser um problema que é pouco compartilhado em conversas com amigos e familiares, por gerar constrangimento nas pessoas que estão passando por isso, parece estar distante das nossas relações mais próximas.
Contudo, problemas relacionados ao sexo ou disfunções sexuais são muito comuns e atingem um grande número de pessoas.
Muitas pessoas pessoas decidem buscar terapia sexual atualmente para lidar com problemas sexuais. Estes problemas se caracterizam por alterações ou perturbações em alguma das fases da resposta sexual, que vão desde o desejo até a satisfação (com ou sem orgasmo) e podem causar um impacto emocional importante na vida da pessoa.
Para as mulheres, as queixas mais comuns são:
- dificuldade ou incapacidade de atingir o orgasmo;
- perda de vontade de fazer sexo (perda da libido);
- dificuldade de manter o nível de excitação até o final da relação sexual;
- dor durante a penetração (vaginismo);
- problemas relacionados à menopausa (alteração hormonal).
- Vício em pornografia;
Já para os homens, as queixas incluem:
- ejaculação precoce;
- impotência sexual;
- diminuição da vontade de fazer sexo (diminuição da libido);
- dificuldade de manter a ereção durante todo o ato sexual;
- vício em sexo.
Essas queixas podem ser originadas por problemas de ordem orgânica (fisiológica), por problemas de ordem psicológica ou pode combinar os dois fatores.
As causas orgânicas mais comuns são:
- hipertensão arterial;
- tabagismo;
- reposição hormonal sem acompanhamento médico;
- uso de anabolizantes e medicamentos;
- diabetes;
- uso e abuso de álcool e drogas;
- alteração hormonal.
Dentre as causas psicológicas mais frequentes estão as experiências traumáticas (abuso sexual, estupro, experiências negativas na infância e adolescência), excesso de trabalho, ansiedade relacionada à performance sexual, problemas no relacionamento com o parceiro, falta de experiência sexual e estresse.
Assim como questões como identidade de gênero (modo como a pessoa se identifica com o seu gênero e quer ser reconhecida pelas outras pessoas – homem, mulher, ambos ou nenhum dos gêneros), autoconhecimento e decisão de assumir a sexualidade; e aversão sexual (rejeição extrema a todo o tipo de contato genital com outra pessoa) são comuns serem tratadas na terapia sexual.
Para qualquer uma das queixas citadas acima, buscar terapia sexual é imprescindível. Pois assim, os problemas serão enfrentados e resolvidos de forma definitiva.
Nas sessões de terapia, a pessoa vai poder conversar sobre suas preocupações sexuais. Além disso, falará sobre quais objetivos têm em relação à terapia, ou seja, quais mudanças espera que aconteçam em relação a sua sexualidade e em seu relacionamento com outras pessoas.
Através de técnicas específicas, o psicólogo vai buscar resolver objetivamente esses problemas sexuais. Aumentando, portanto, a qualidade de vida sexual da pessoa ou do casal.
Tanto individual como de casal, buscar terapia sexual traz resultados muito positivos. Ela certamente irá auxiliar de forma efetiva na melhora da performance sexual e na busca da satisfação e realização sexual.
Além disso, a psicoterapia auxiliará no enfrentamento de medos, bloqueios e ansiedades frente à sexualidade; irá desmistificar falsas crenças que interferem diretamente no modo como a pessoa percebe o próprio corpo, além de melhorar a autoestima.
Quando o casal busca terapia sexual, o foco também é auxiliar na busca de uma melhor comunicação e entendimento sobre a dinâmica sexual de ambos. Pois isso ajudará na identificação do que funciona na relação e do que precisa ser melhorado.
Sendo assim, iniciar a terapia sexual é não somente tratar a disfunção que prejudicava seu desempenho sexual. Mas também, ir em busca de um entendimento sobre suas dúvidas e preocupações frente às dificuldades enfrentadas na relação sexual.
É portanto, ampliar o seu autoconhecimento; se apropriar mais da sua intimidade através do conhecimento do seu corpo e dos seus gostos, assim como encontrar as respostas sexuais individuais e dos parceiros que podem melhorar a qualidade da vida sexual como um todo.
Psic. Roberta Gomes – CRP 07/14043
Psicóloga Cognitivo Comportamental, Doutora e Mestre em Neurociências