A cada dia que passa, a gente se aprofunda mais e mais no consumo das tecnologias e isso se resume a televisão, jogos eletrônicos, video games, eletrodomésticos, computadores e o mais perigoso: o celular.
Com a agilidade de informações e até a acessibilidade que temos a elas, os smartphones tem se tornado um objeto “indispensável” na vida das pessoas, quase como um membro do próprio corpo.
Há pesquisas que evidenciam o tamanho do crescimento no uso e consumo dos celulares, como a realizada pela a Statista que revelou um aumento de mais de 30% de pessoas com celulares ativos entre 2016 e os dias de hoje!
Esses são números alarmantes que só mostram o quanto essa febre tem tomado conta dos nossos dias, mesmo que de diferentes formas.
Além disso, pouco se fala no consumo consciente desses aparelhos e até mesmo da internet.
Por esse motivo, hoje vamos te explicar um pouquinho mais sobre a nomofobia e o medo irracional de ficar sem celular ou sem acesso às funções que esse aparelho exerce!
Fique atento até o final, pois traremos sintomas, definições e possíveis tratamentos para essa condição!
Conteúdo desse artigo
ToggleO que é nomofobia?
A nomofobia é uma condição em que a pessoa se sente ansiosa, insegura ou até mesmo tensa por não poder utilizar do seu aparelho celular, seja porque esqueceu ele em casa, porque está sem bateria ou até mesmo sinal, por exemplo.
Esse é um problema que causa um enorme desconforto, pois deixa a pessoa perdida, incomodada, muitas vezes preocupadas e até mesmo descontroladas.
Pode até não parecer, afinal estamos quase que 100% do tempo conectados e navegando pela internet em casa, no trabalho e, mais recentemente, até na rua. Mas a grande verdade é que passamos tempo demais em frente às telinhas, ao ponto de perdermos a noção de espaço e do autocontrole.
É claro que precisamos muito das tecnologias como nossas aliadas, mas a partir do momento que a ausência delas nos impede de viver saudavelmente e até causa uma série de sintomas, como na nomofobia, é importante investigar de imediato.
Isso porque se trata de uma reação em cadeia: um problema leva a outro, desgastando a sua saúde mental, física e até mesmo suas relações pouco a pouco.
Veja também: como lidar com o vício em jogos eletrônicos.
Como surge a nomofobia? Veja as principais causas:
As causas da nomofobia podem vir de diferentes lugares, mas diferente de transtornos que costumam vir de traumas ou gatilhos do passado, esses sintomas podem estar muito mais relacionados com o seu contexto de vida e a forma com a qual você lida com ele, observe:
Ansiedade
Sendo a causa mais comum na nomofobia, a ansiedade é um transtorno que nos faz buscar por estímulos (visuais, sensoriais ou até mesmo auditivos) para mantermos o controle. É como se estivéssemos constantemente com alguma angústia que precisaria da nossa atenção.
É aí que mergulhamos de cabeça no universo das redes sociais, dos vídeos rápidos e das interações com as pessoas via celular.
Autocomparação
Falando em redes sociais, é impossível ignorar o peso que elas têm em um problema como a nomofobia! Todos os dias acordamos e queremos o melhor e, por muitas vezes, achamos que esse “melhor” é o que outras pessoas vivem e compartilham em suas redes.
Nos apegamos à ideias, posts, curtidas e viramos reféns de uma comparação completamente descabida, afinal nada do que está ali é totalmente verdade. Mas ainda assim queremos e vamos em busca daquilo como uma forma de conforto.
Descontrole
Para alguns, pode parecer um enorme exagero chamar o uso do celular em excesso de “descontrole”. Mas essa é a grande verdade! Muitas pessoas não conseguem dormir sem passar por todas as suas redes, ver o que está acontecendo no mundo e assim por diante…
É como se elas se sentissem excluídas da realidade de todos, o que faz com que elas tentem consumir o máximo de informações possíveis sempre que possível, ficando conectadas tempo demais!
Excesso de insegurança
Outra clássica causa do problema de nomofobia é a insegurança, pois, como já dissemos antes, você sente uma necessidade de participar ou até mesmo de ser validado pelas interações online. Então, ficar longo do celular simplesmente já não se torna mais uma opção.
Quais os sintomas da nomofobia?
Como qualquer outro problema grave, a nomofobia pode apresentar diversos sintomas, tanto físicos quanto emocionais. É de extrema importância conhecê-los, uma vez que podem acontecer com qualquer um de nós, principalmente nos dias de hoje!
Observe:
Necessidade de checar o celular constantemente
Todo mundo que já esperou por alguma notícia importante se sentiu mais refém do próprio aparelho celular. Isso faz parte! Mas quando é toda hora, quando você não consegue dormir de tanto que precisa mexer, ver a hora ou só verificar as notificações, é sinal de que é hora de buscar ajuda.
Não conseguir ficar longe do aparelho em momentos de lazer ou nas refeições
Comer vendo vídeos o tempo todo, respondendo aplicativos ou somente lendo pode ser problema também, afinal esses são momentos em que você deveria estar concentrado em outras coisas: na companhia, na comida ou somente em um tempo de descanso.
Desespero com relação a bateria
É claro que pode ser perigoso ficar sem bateria em momentos inconvenientes, mas ficar ansioso sempre que o celular descarregar também pode significar que você não está pronto para ficar sem ele!
Carregar o aparelho para todos os lugares
Não desgrudar a mão do aparelho, mesmo quando está fazendo tarefas simples, pode ser um outro grande sinal de dependência ou até mesmo vício no celular.
Sentir sintomas físicos na ausência do telefone, como suor excessivo, dores de barriga ou tensão
Essas são coisas que nem sempre damos a verdadeira atenção, mas elas podem te comunicar que o celular está ocupando um lugar muito importante na sua vida e que, talvez, seja a hora de repensar algumas atitudes.
Entenda os impactos e consequências da nomofobia
As consequências da nomofobia podem ser realmente diversas, principalmente porque ainda não conhecemos os resultados do uso constante a longo prazo.
Porém, já é possível perceber alguns padrões de comportamento como consequência e até mesmo o desenvolvimento de questões mais graves, como: depressão e ansiedade severa, isolamento total, gastos excessivos, alterações de humor, dificuldade de comunicação, vícios, agressividade e semelhantes.
Assim como também é possível identificar sintomas físicos que atrapalham muito o cotidiano da pessoa, como: falta de higiene do sono, pouca mobilidade, dores nas costas, problemas de visão, tendinite, suor excessivo e assim por diante.
Todas são situações tratáveis, porém que podem gerar altos riscos para a vida de uma pessoa e para quem às cercam.
Tratamento da nomofobia
Existem diversos tipos de tratamento disponíveis para a nomofobia ou o vício em celular, mas o principal está relacionado à psicoterapia.
Isso porque grande parte das causas da nomofobia estão relacionadas a hábitos e costumes que adotamos ao longo do dia a dia que podem, sem que a gente perceba, nos tornar reféns do aparelho celular.
Além disso, as sessões com o psicólogo ajudam a tratar questões como a insegurança, a autocomparação e todos aqueles itens que já citamos acima que acabam funcionando como pilares da nomofobia.
É preciso encontrar o equilíbrio entre o saudável e aquilo que pode te fazer realmente muito mal e é exatamente por isso que a presença de um psicólogo é tão indispensável: ele te ajuda a descobrir sobre seus limites e, mais do que isso, a respeitá-los!
Quem tem nomofobia tem medo do que?
Pessoas que lidam com a nomofobia podem encontrar diferentes tipos de medo ao longo da vida… Muitos deles podem estar relacionados ao medo de ficar ou se sentir sozinho, por exemplo.
Nesses casos, o celular vira uma forte de conforto e, de alguma forma, “preenche” os momentos vazios do cotidiano dessa pessoa, deslocando ela dessa suposta solidão.
Adolescentes e crianças também possuem muito medo de ficarem de fora da sua própria geração ou desatualizados, por exemplo, então ficam submersos no mundo das redes sociais se expondo, compartilhando e se comparando o tempo todo. É como se quisessem pertencer, mas neste movimento acabassem se sabotando.
Além disso, há questões como o vício e o medo irracional que acabam não justificando de forma subjetiva e sim prática: a pessoa não consegue se distanciar do aparelho celular por questões psicológicas e/ou emocionais.
Tem cura para a nomofobia?
Sim, existe! E geralmente está relacionada a um redirecionamento de comportamentos e hábitos cotidianos, o que pode ser um processo delicado para muitos, principalmente se esses trabalham com o celular, por exemplo.
Mas isso é algo que pode ser tranquilamente trabalhado ao lado do profissional certo, que irá explorar suas dificuldades e quais as reais motivações por trás desta dependência.
Como identificar a nomofobia?
Identificar a nomofobia não é um processo fácil, principalmente nos dias de hoje em que estamos tão submersos à cultura digital e tudo que ela tem a nos oferecer.
Porém, você pode ficar atento aos sinais mais claros: dificuldade de se afastar das redes, tempo de tela muito exacerbado, isolamento e assim por diante.
Além disso, na menor das desconfianças, você também pode visitar um psicólogo e contar com a ajuda dele para desvendar melhor quais as suas questões com o uso do telefone.
Ele é a pessoa mais indicada para verificar se o seu uso está saudável ou tóxico de alguma forma.
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Texto de: Luísa de Oliveira – redatora da Equipe Psicotér
Aprovado por:
Fundadora da Psicotér, CEO e Diretora Técnica, Psicóloga Cognitivo-Comportamental, completamente apaixonada pelo ser humano, realizada e privilegiada por poder participar da transformação de vidas. Experiência de mais de 20 anos de atuação clínica e empresarial. Psicoterapeuta individual e em grupo de crianças, adolescentes, adultos, idosos, casal e família, online e presencial, pós-graduada em Gestão do Capital Humano. Consultora de recolocação profissional desde 2003, capacitando e orientando profissionais em transição de carreira na busca de novas oportunidades. Também consultora em diversas empresas nacionais e multinacionais, nas diversas áreas de RH, atendimento e avaliação psicológica de profissionais.