A Dependência Emocional é uma realidade em nossa sociedade. Esta dependência causa desgastes no relacionamento e no convívio. É o indício de um sério problema que poderá prejudicar a saúde e o convívio social da pessoa.
A necessidade de outra pessoa para viver, a dificuldade de agir sozinho, não se sentir feliz, nem motivado, podem ser sinais importantes.
A Dependência Emocional, na maioria dos casos, é a consequência de uma fragilidade adquirida ainda na infância; no crescimento em uma família com muitos conflitos e pouco suporte para a criança. O excesso de regras, punições, falta de amparo, segurança, carinho e amor causam a grande dependência afetiva. Logo, esta pessoa irá procurar por quem supra sua carência e insegurança na fase adulta da vida.
É importante destacar que não existe dependência somente entre casais, isso pode acontecer entre amigos e familiares. O oposto também pode despertar esta dificuldade. Assim como cuidados em excesso e muito afeto, sem correções quando necessárias formam uma pessoa adulta dependente; gerando falta de confiança, com dificuldades em julgar, decidir e escolher sozinha.
Em algumas situações, no início de um relacionamento, a dependência é vista de forma positiva. Isso porque o parceiro tem alguém a disposição, que demonstra muito amor; que se preocupa e que não decide nada em sua vida sem o acordo/consentimento do outro. Mas esta relação com o tempo pode gerar o sentimento de aprisionamento; sufocamento pela necessidade de exclusividade do outro; levando a falta de privacidade, liberdade desrespeitada e consequentemente a admiração inicial acaba desgastada.
É uma relação adoecida. Mesmo que os dois nunca venham a se separar, porque um relacionamento fracassado nem sempre é aquele que chega ao fim, há casais que passam anos ou a vida toda sustentando uma relação pouco ou nada satisfatória, transformando a relação em um labirinto, uma prisão da qual é difícil sair porque frequentemente é confundida com o amor.
O parceiro incentiva a dependência de tal forma que passa a controlar as escolhas do outro, as amizades, as relações familiares, os lugares que frequenta, levando o outro a plena dependência. Levando a baixa estima, o sentimento de incapacidade, insegurança e de alta dependência física e emocional.
É importante entender que todos dependemos de atenção, de afeto, carinho e amor; o problema está no exagero que leva uma pessoa a acreditar que não vive sem a outra. Qualquer relação deve ser baseada em trocas equivalentes, equilibradas e supõe pessoas inteiras, cientes de suas emoções e opiniões, de seus desejos e seus ideais.
O amor deve se basear em uma escolha livre e não em uma necessidade de estima. Quando aparece a dependência emocional, em muitos casos o amor se destrói. Como resultado, as consequências são negativas para todos os envolvidos.
Por fim, é fundamental reconhecer o seu valor, seus desejos, vontades e recuperar a autoestima e a independência emocional.
Quando você é “vítima” de um dependente emocional, pode ser que também seja um dependente, pois o medo de mudar, de renunciar e se libertar de um relacionamento doentio existe e não existem vítimas de algo ou de alguém, mas a escolha de ficar ou não em qualquer relação.
É necessário conhecer-se melhor, entender os motivos que o levaram a escolher este tipo de relação, quais são seus medos, dificuldades e o que te prende a esta relação desgastante.
Por Jaqueline Bambil – Psicóloga da Equipe Psicotér
Se você está passando ou conhece alguém que está envolvido em uma situação de dependência emocional, busque um psicólogo. Ele irá te ajudar a entender o momento que está vivendo e a reorganizar seus sentimentos, em busca da sua saúde emocional.
Entre em contato conosco através desse link para uma avaliação gratuita com uma psicóloga em Porto Alegre para avaliar a necessidade de uma psicoterapia individual.