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Redes sociais x vida real: a fábrica de ilusões da vida perfeita

Redes sociais

A fábrica de ilusões da vida perfeita exibida em alguns perfis das redes sociais na internet, reforçam a sensação de que a grama do vizinho é sempre mais verde que a nossa; que nós poderíamos estar onde não estamos; fazer o que não fazemos; comprar o que não precisamos.

A necessidade de aprovação dos outros, da imagem perfeita, de ser reconhecido, da felicidade constante, faz com que a vida na rede social afasta-se cada vez mais da realidade.

Vidas forjadas em troca de curtidas e comentários, mas que por trás da cortina impera uma realidade bem diferente da mostrada. No final das contas, será que o vazio de uma vida cheia de felicidade inventada vale a pena? Será que a felicidade se tornou uma obrigação?

É impossível ser feliz o tempo inteiro, isso todo mundo sabe. Todos passamos por aborrecimentos, frustrações, desânimo, tristeza. Mas, nas redes sociais, isso nem sempre é evidenciado.

Com essa tecnologia, abriu-se uma janela infinita de possibilidades como a facilitação da comunicação e de informações. Portanto, nos aproximou virtualmente de tudo e todos tornando-se nossa aliada.

Será? Se analisarmos com cuidado, as redes sociais, se não bem utilizadas, podem nos acarretar prejuízos.

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Problemas psicológicos causados pelas redes sociais

Um estudo realizado em Londres (University College London) com quase 11mil jovens, concluiu que as garotas são duas vezes mais propensas a apresentarem sintomas depressivos. Três quartos dessas meninas são diagnosticadas com depressão e problemas com autoestima.

Além disso, apresentaram insatisfação com a própria imagem e insônia, devido a relação com aplicativos.

Outro estudo realizado em Londres (Royal Society for Public Health) com 1.500 pessoas de 14 e 24 anos concluiu que taxas de ansiedade e depressão aumentaram em 70% nos últimos anos. Este estudo foi batizado de status da mente (#statusofmind); ele avaliou o Instagram como o mais nocivo ao psicológico dos adolescentes.

Podemos observar que alguns transtornos mentais podem ser desencadeados a partir das redes sociais. Elas agem como gatilho para:

redes sociais e vida realA depressão pode surgir quando a pessoa fica exposta a um padrão de vida que foge da sua realidade, além de reforçar a solidão, pois quanto mais tempo nas redes sociais, menos a pessoa quer sair, fazendo com que as interações sejam cada vez mais pobres e superficiais.

A ansiedade surge desse entretenimento constante sem interrupções, gerando portanto um excesso de informações.

Os problemas relacionados a imagem surgem desse padrão do corpo perfeito imposto pela sociedade e seguido à risca por muitos perfis na internet. Dicas de dietas, treinos e vida saudável, compartilhados nem sempre por profissionais sérios e sem estudo individual, podem ser maléficos a saúde física e mental.

O corpo perfeito exibido com muito foco, força e fé muitas vezes vem mascarado por problemas sérios e rotinas rígidas nas quais não é exposto ao seguidor.

Redes sociais não trazem a realidade e nem a felicidade

No entanto, precisamos entender que a felicidade está nas coisas simples da vida e cabe a cada pessoa descobrir o que de fato lhe deixa feliz. Clichê?

Pode ser, mas é verdade. Preocupados com esse assunto, três universidades brasileiras (Pernambuco, Brasília, Rio Grande do Sul) já disponibilizam a cadeira chamada felicidade. Mas se você acha que o objetivo é mostrar que se pode ser feliz o tempo todo, se enganou. O grande objetivo é trabalhar emoções positivas e ajudar os alunos a construírem hábitos e práticas que gerem felicidade.

 Contudo, nas redes sociais as pessoas mostram o que elas gostariam de ser mas nem sempre são. Primeiramente, editar a própria vida demonstra uma busca para esconder um vazio, seja ele de insegurança, abandono, baixa autoestima.

Portanto, existe um limite entre o virtual e o real; ele precisa ser respeitado para que possamos manter nossa saúde mental. A psicoterapia é uma forte aliada para que possamos reconhecer nossa essência e encontrar equilíbrio nas obrigações do cotidiano.

Além disso, para que encontremos o prazer e a felicidade nessa grande jornada que é a vida.

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Psic. Juliana Bolsson – CRP 07/17845

Mestre em psicologia clínica

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      1. Olá!

        A Equipe Psicotér ficou imensamente feliz com a produção! Parabéns a todos os estudantes e envolvidos pela iniciativa, o curta-metragem ficou incrível!

        Forte abraço a todos!

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