Quando falamos de violência, é muito comum que as pessoas pensem em diferentes tipos: violência física, sexual, violência doméstica, verbal e assim por diante.
De fato, existem diversas violências. No entanto, hoje vamos falar sobre uma que tira a vida de diversas mulheres mundo afora: a violência doméstica.
Essa é uma forma de abuso que acontece dentro do ambiente familiar ou doméstico, afetando milhões de pessoas todos os dias.
Algumas estatísticas alarmantes revelam que, ao redor do mundo, uma em cada três mulheres já foi vítima de violência física ou sexual de um parceiro íntimo durante sua vida.
Além disso, cerca de 38% dos crimes de homicídios de mulheres em todo o mundo são cometidos por um parceiro íntimo masculino.
Esses são números assustadores que se mostram cada vez maiores, fazendo com que seja necessário falarmos sobre! Acompanhe o artigo completo para não perder nada!
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ToggleO que é violência doméstica e familiar?
Violência doméstica e familiar consiste em qualquer forma de abuso que ocorre dentro do ambiente familiar ou doméstico, envolvendo pessoas que têm ou tiveram algum tipo de vínculo afetivo.
Isso abrange relações entre maridos, esposas ou parceiros íntimos, pais e filhos, irmãos, outros membros da família e até mesmo cuidadores.
Essa violência pode se manifestar de várias maneiras e nem sempre é do jeito que se espera!
Pode ser física, envolvendo agressões como bater, empurrar ou sufocar. Pode ser emocional ou psicológica, incluindo ameaças, humilhações, controle excessivo e manipulação emocional.
Também pode ser sexual, envolvendo abuso ou exploração sexual.
A violência doméstica e familiar é uma violação dos direitos humanos e pode ter consequências graves para as vítimas, principalmente danos físicos, emocionais, psicológicos e sociais que são levados ao longo da vida.
Tipos de violência doméstica
A violência doméstica pode carregar diferentes tipos de violência dentro de si, afinal existem diversas formas de agredir, manipular e machucar alguém.
Sendo assim, nós vamos te contar quais são esses tipos de violência que permeiam a doméstica, confira:
Violência psicológica
A violência psicológica é uma forma de abuso que muitas vezes é sutil e difícil de detectar.
Ela envolve uma série de comportamentos que procuram desestabilizar emocionalmente a vítima, destruindo a sua autoestima e confiança.
Esse tipo de violência vem acompanhado de ameaças, humilhações, insultos constantes, manipulações emocionais, chantagens, controle excessivo e a prática conhecida como gaslighting.
O gaslighting é uma forma particularmente comum de abuso psicológico, onde o agressor tenta fazer a vítima duvidar de sua própria sanidade, manipulando informações ou distorcendo a realidade.
Violência física
A violência física é uma forma mais visível e imediata de abuso doméstico, contendo o uso da força física para causar dor, lesões ou danos corporais à vítima.
Isso pode incluir socos, chutes, empurrões, estrangulamento, queimaduras e qualquer outra forma de agressão que termine em danos físicos.
As vítimas de violência física muitas vezes sofrem não apenas dor física, mas também trauma emocional e psicológico que duram para o resto da vida.
Além disso, essa forma de violência pode levar a ferimentos graves, deficiências permanentes e até mesmo à morte.
Violência sexual
A violência sexual dentro do ambiente doméstico acontece quando o agressor usa a força, o gaslighting, manipulação ou qualquer outra forma de pressão para conseguir sexo ou praticar atos sexuais não consensuais com a vítima.
Esse tipo de violência se resume a estupro, abuso sexual de crianças, violação sexual, exploração sexual e qualquer outra forma de comportamento sexual abusivo.
Essa forma de abuso é extremamente traumática e pode deixar cicatrizes profundas nas vítimas, afetando sua saúde mental e bem-estar para o resto de suas vidas.
Violência moral
A violência moral é uma forma de abuso que costuma atingir a reputação, a honra ou a dignidade da vítima.
O que significa difamação, calúnia, insultos constantes, ridicularização pública, depreciação e outras formas de agressão verbal que causem sérios danos emocionais à vítima.
O agressor pode utilizar de palavras e comportamentos depreciativos para desvalorizar a pessoa, atingindo sua autoconfiança e autoestima.
Violência patrimonial
Enquanto isso, a violência patrimonial já acontece quando o agressor controla ou restringe o acesso da vítima aos recursos financeiros, bens materiais ou propriedades.
É muito comum que isso aconteça em relacionamentos amorosos: a negação de recursos básicos, como alimentação e abrigo, bem como a destruição deliberada de bens pertencentes à vítima.
O agressor pode impedir a pessoa de trabalhar, controlar suas finanças, reter seu dinheiro, confiscar seus documentos importantes, impedir o acesso a contas bancárias ou forçá-la a assinar documentos financeiros contra sua vontade.
Causas da violência doméstica
É difícil definir causas únicas para a violência doméstica, afinal ela fala mais sobre o agressor do que sobre a vítima. No entanto, é possível chegar a algumas conclusões:
É possível que traços de personalidade como baixa autoestima e dificuldades na resolução de conflitos possam contribuir para comportamentos agressivos.
Além disso, históricos de abuso, seja físico, emocional ou sexual, podem criar um ciclo de violência que se perpetua de uma geração para outra.
Questões de gênero também podem ter um peso significativo, com desequilíbrios de poder e normas culturais que favorecem a figura do homem frequentemente criando um ambiente propício para o abuso.
Além disso, os sistemas de justiça e apoio às vítimas podem falhar em fornecer proteção adequada e responsabilizar os agressores, ajudando para que permaneça existindo esse ciclo de violência.
Ciclo da violência doméstica
O ciclo da violência doméstica é uma realidade muito dolorosa para as pessoas e pode exigir mais atenção do que você imagina! Confira as fases desse ciclo perigoso:
Fase 1 – Acúmulo de tensão
Na primeira fase, é comum que aconteça um aumento gradual da tensão no relacionamento.
Pequenos conflitos e desentendimentos começam a surgir, criando um clima de estresse e ansiedade.
O agressor pode começar a demonstrar sinais de irritabilidade, controle excessivo e comportamentos abusivos, como críticas constantes ou insultos.
A vítima muitas vezes tenta evitar conflitos e acalmar o agressor para evitar a escalada da violência, mas o clima tenso persiste e continua a se intensificar.
Fase 2 – Ato de violência
Na segunda fase, a tensão atinge seu ápice e acaba resultando em um ato de violência.
O agressor perde o controle e explode em comportamentos agressivos, físicos, emocionais ou sexuais contra a vítima.
O que resulta em agressões físicas, ameaças verbais, manipulação emocional, coerção sexual ou qualquer outra forma de abuso.
O objetivo do agressor nesta fase é exercer poder e controle sobre a vítima, utilizando a violência como meio de afirmar sua autoridade e superioridade.
Fase 3 – “Lua de Mel”
Após o ato de violência, muitas vezes ocorre uma fase aparentemente calma, onde surge o arrependimento, conhecida como “lua de mel”.
O agressor pode expressar remorso, pedir desculpas e prometer mudar seu comportamento.
Ele pode demonstrar afeto, carinho e atenção à vítima, buscando reconciliação e tentando minimizar o impacto do abuso.
Esta fase pode criar uma falsa sensação de segurança e esperança na vítima, levando-a a acreditar que o ciclo de violência acabou e que o relacionamento pode ser restaurado.
É depois dessa fase que se inicia o novo ciclo de violência.
Sinais de violência doméstica
Pode não parecer, mas a violência doméstica pode contar com diversos sinais e hoje vamos te mostrar alguns deles, confira:
- Lesões físicas inexplicáveis ou recorrentes
- Mudanças repentinas de comportamento
- Isolamento social
- Depressão ou ansiedade inexplicável
- Evitar interações familiares ou sociais
- Falta de controle financeiro ou acesso a recursos
- Comportamento de submissão ou medo em relação ao parceiro
- Desconfiança generalizada em relação a outras pessoas
- Dificuldade em tomar decisões sem a aprovação do parceiro
- Recusa em falar sobre o relacionamento ou evitar o assunto
- Uso de roupas inadequadas para esconder lesões
Terapia para casos de violência doméstica e familiar
A terapia é simplesmente uma ferramenta indispensável no processo de recuperação e superação de situações de violência doméstica e familiar.
Este tipo de terapia não apenas oferece apoio emocional às vítimas, mas também pode ajudá-las a reconstruir sua autoestima, estabelecer limites saudáveis e desenvolver habilidades de enfrentamento para lidar com o trauma que foi vivenciado.
Os terapeutas especializados nesse campo trabalham para criar um ambiente seguro e de confiança, onde as vítimas possam compartilhar suas experiências e emoções sem medo de julgamento.
Eles ajudam a identificar padrões de comportamento abusivo, a entender os ciclos de violência e a explorar estratégias para interrompê-los.
Além disso, a terapia também pode ser benéfica para os agressores, fornecendo uma oportunidade para que eles possam tratar a origem do comportamento abusivo, aprender a lidar com suas emoções de maneira saudável e desenvolver habilidades de comunicação não violenta.
No entanto, é muito importante ressaltar que a terapia por si só pode não ser suficiente para resolver casos graves de violência doméstica.
É extremamente necessário que as vítimas tenham acesso a recursos de apoio adicionais, como abrigos de emergência, assistência legal e redes de apoio comunitário.
A terapia, quando combinada com outros recursos e intervenções, pode ajudar a fornecer o suporte necessário para que as vítimas possam se recuperar e reconstruir suas vidas longe do ciclo de violência.
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Texto aprovado por:
Fundadora da Psicotér, CEO e Diretora Técnica, Psicóloga Cognitivo-Comportamental, completamente apaixonada pelo ser humano, realizada e privilegiada por poder participar da transformação de vidas. Experiência de mais de 20 anos de atuação clínica e empresarial. Psicoterapeuta individual e em grupo de crianças, adolescentes, adultos, idosos, casal e família, online e presencial, pós-graduada em Gestão do Capital Humano. Consultora de recolocação profissional desde 2003, capacitando e orientando profissionais em transição de carreira na busca de novas oportunidades. Também consultora em diversas empresas nacionais e multinacionais, nas diversas áreas de RH, atendimento e avaliação psicológica de profissionais.