O costume de ingerir bebidas alcoólicas não necessariamente implica em problemas para o indivíduo. Isso dependerá se este for um hábito recorrente e/ou excessivo, passando então a ser disfuncional tanto para a saúde do consumidor como para os que estão a sua volta, desencadeando um alcoolismo.
O alcoolismo afeta milhares de pessoas, o consumo moderado de bebida alcoólica é culturalmente aceito na maioria dos países. É um ato recorrente em datas festivas e confraternizações.
Se olharmos historicamente, encontramos registros da produção de bebidas fermentadas desde a civilização egípcia. Porta ingestão de álcool não é um hábito apenas da sociedade moderna.
O alcoolismo se instaura quando temos no álcool uma fuga. Com o consumo excessivo corremos o risco de perdermos o controle da situação.
Há inúmeros estudos científicos que mostram os malefícios do alto consumo abusivo de álcool para o organismo, visto esta substância ser depressora do sistema nervoso central e afetar diversos neurotransmissores no cérebro.
Mas afinal, o que é beber socialmente e quando o hábito de beber álcool se torna problemático? ?
Segundo especialistas, não apenas a dosagem de álcool ingerida define se uma pessoa está viciada na substância. Os padrões de consumo também devem ser levados em conta.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a quantidade de consumo varia entre os sexos, sendo considerado um consumo social, para homens de até 4 doses de 330 ml de cerveja ao dia; já para mulheres esta quantidade cai para 3 doses ao dia desta mesma bebida.
Estes padrões pré-estabelecidos da quantidade de álcool considerada aceitável servem como um parâmetro geral de avaliação. No entanto, mais importante do que a quantidade, é a relação que o indivíduo estabelece com o ato de ingerir bebidas alcoólicas.
Tão preocupante quanto a dependência química que pode se desenvolver com o uso abusivo do álcool, é a dependência emocional que esta substância gera quando a colocamos em um local de importância onde necessitamos dela para relaxar, diminuirmos nossa timidez ou estresse.
Podemos dizer que o alcoolismo se instaura quando temos no álcool uma fuga. Quando representa uma alternativa para nos refugiarmos dos problemas; dando-lhe um falso “poder” de nos aliviar daquilo que não estamos conseguindo lidar.
O consumo passa a ser nocivo e corremos o risco de perdermos o controle da situação. O melhor a fazer quando não sabemos como lidar com questões da nossa vida é procurar ajuda de um profissional.
Aceitar que temos uma dificuldade, que algo não está ocorrendo como gostaríamos, é certamente um ato de maturidade. Nos faz encarar a situação para então resolvê-la. Caso você esteja enfrentando questões difíceis e identifique que está buscando uma fuga ao invés de uma ajuda real, lembre-se que existem profissionais especializados dispostos e preparados a ajudá-lo!
Equipe Psicotér