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O NOVO PAPEL DO PAI

A realidade não é mais a mesma

Até os anos 60, o homem ocupava a posição de “provedor do lar”: era ele quem trabalhava para sustentar a família e quem tomava todas as decisões importantes. Já a mulher era incumbida dos cuidados com a casa e com os filhos. Em geral, os homens não demonstravam seus sentimentos em relação aos filhos. Eles acabavam se tornando muito ausentes, e sua participação na educação dos pequenos se limitava apenas a dar ordens e impor disciplina.

Hoje em dia, felizmente, essa realidade mudou. Os pais de hoje participam da gestação da esposa, vão junto às consultas ao obstetra, choram no dia do parto de seus filhos, ajudam a trocar fralda, contam histórias, brincam, levam na pracinha, jogam futebol, brincam de casinha, ajudam no dever de casa, ajudam no banho do filho, participam da escolha da escola e se emocionam com cada pequena conquista das crianças.

E fazem isso sem nenhum constrangimento, sem achar que estão perdendo sua masculinidade. É claro que muitos homens ainda mantêm certa distância dos filhos, principalmente os que foram criados em um ambiente machista, mas isso já não é a regra geral. Participação e afeto fazem parte de uma educação saudável. Estudos na área da psicologia indicam que esta postura paterna terá um grande impacto nas gerações futuras tanto para o menino quanto para a menina, e os futuros adultos poderão ter um prazer compartilhado na educação das crianças, desenvolvendo um respeito mútuo. Porém, apesar de estar mais afetivo, o pai ainda é responsável por dar limites e soltar as amarras dos filhos.

Seu papel é muito importante na construção da autonomia e da ousadia da criança.

A diferença é que antes, a autoridade paterna era acompanhada do medo que as crianças. Afinal os pais eram uma figura tão severa e distante. Hoje, esse processo ocorre de maneira mais saudável, já que os pais não se fazem entender apenas no grito. O que não pode acontecer é o pai ceder demais e se tornar muito permissivo. Quando isso acontece, as crianças acabam se tornando desobedientes, autoritárias e inseguras.

Por isso, cuidado! Ser paciente, carinhoso e atencioso não significa abrir mão da disciplina. Dar limites é, também, uma importante demonstração de amor, já que sem eles os filhos ficam perdidos. Não se deve pensar que uma criança que não pode conviver com o pai será necessariamente infeliz ou problemática. A figura paterna pode ser representada por um tio, um avô ou outro adulto do sexo masculino que participe ativamente da vida da criança. O importante é que exista esse referencial masculino.

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