Nos dias atuais, é comum escutarmos alguém reclamando de cansaço. A correria do cotidiano é grande e estressante.
São muitas atividades diferentes para dar conta: cuidar dos filhos, trabalhar, estudar, preparar uma refeição, cuidar da casa, fazer os temas de casa com os filhos e assim por diante. Não raro, nos sentimos demasiadamente cansados e com vontade de não fazer “nada”. Até aí tudo dentro do esperado.
Primeiramente, existe outro cansaço difícil de explicar pelo excesso de atividades do dia a dia. Por mais que a pessoa durma, parece que nunca está descansada o suficiente. A sensação de cansaço pode ser tão grande, que a pessoa mal consegue executar as tarefas que se disponibilizou a fazer durante o dia. Este tipo de cansaço recorrente é o que denominamos fadiga crônica.
A fadiga crônica atinge milhões de pessoas e se caracteriza pelo cansaço extremo que, conforme o dia vai passando, só vai piorando, não importa se você está trabalhando sentado ou fazendo alguma atividade física. Assim, mesmo que a pessoa descanse após a atividade, o cansaço não melhora.
A real causa da fadiga crônica ainda não foi definida. No entanto, sabe-se que fatores de risco para desenvolvê-la são: idade (mais comum em pessoas com idades entre 40 e 50 anos), sexo feminino e estresse (nas relações de trabalho, íntimas e familiares).
Além do cansaço excessivo, outros sintomas da fadiga crônica são:
-
Falta de motivação;
-
Dor de cabeça constante;
-
Dor muscular sem justificativa;
-
Esquecimentos e falta de concentração;
-
Sono excessivo ou insônia;
-
Dores nas articulações;
-
Irritabilidade;
-
Febre;
-
Garganta inflamada;
-
Suor noturno;
-
Confusão mental;
-
Alterações de humor;
-
Problemas digestivos;
-
Sintomas depressivos e de ansiedade;
-
Pensamentos suicidas;
-
Aumento dos gânglios linfáticos no pescoço e axilas.
Juntamente com esse conjunto de sintomas que afetam a pessoa física e psicologicamente, prejuízos nas relações comprometem ainda mais a qualidade de vida. Muitas vezes, pessoas que presenciam essa condição não entendem o que está acontecendo com o amigo, familiar ou colega de trabalho. Como consequência, a pessoa acaba se isolando das suas relações por medo do julgamento, o que acaba contribuindo para a piora dos sintomas.
Assim, se você tem alguns desses sintomas por menos seis meses, pode ser que esteja com fadiga crônica e precisa de tratamento. A melhora pode ser alcançada com o uso de medicação em concomitância com acompanhamento psicológico. As medicações geralmente utilizadas são antidepressivos, ansiolíticos e analgésicos.
A psicoterapia irá auxiliar na estruturação de respostas emocionais em busca de uma melhor qualidade de vida, melhorando a autoestima, as relações com amigos, familiares e no trabalho. Também, a mudança de hábitos alimentares e exercícios físicos regulares certamente são imprescindíveis para a melhora da fadiga crônica.
Por Roberta Gomes – Psicóloga da Psicotér