A comunicação é a chave para todo bom relacionamento. Seja no trabalho, em casa, nas amizades ou em nossas relações conjugais, saber como se comunicar é o diferencial para convivermos de forma harmoniosa.
Comunicação não é uma via de mão única. Não basta simplesmente colocarmos para fora nossas ideias e pontos de vista e discordar. Antes de tudo, precisamos nos perguntar o que queremos de volta com o que estamos dispostos a comunicar. As consequências podem ou não serem favoráveis e precisamos estar cientes disso que algumas pessoas vão concordar e outras discordar.
Um dos motivos das falhas na comunicação é o de não prestarmos atenção às necessidades dos outros e não sermos claros quanto às nossas e só mostra de uma maneira meio rude de discordar. Todos nós temos necessidades. Elas são várias: necessidade de respeito, de amor, de atenção, de segurança, de aceitação, dentre outras tantas.
Por exemplo, se uma pessoa tem a necessidade de ser aceita e é deixada de lado ao ingressar num novo grupo, ela pode reagir de acordo com seus sentimentos de rejeição de forma agressiva, falando que o grupo é egoísta, por exemplo. Ou, pode comunicar a forma como se sente e indiretamente conscientizar o grupo de sua falha em acolher alguns integrantes; o que pode ser enriquecedor para todos.
A clareza ao comunicarmos nossas necessidades, sem crítica, queixa ou julgamento, favorece que o ouvinte nos atenda mais facilmente e que tenham o direito de discordar. Assim, podemos evitar embates desnecessários. A esposa que deseja que o marido a leve mais vezes para almoçar fora terá mais probabilidade de ter essa disponibilidade dele se pedir claramente em vez de queixar-se dizendo que ele nunca faz tal coisa.
Quando dizemos que alguém “nunca” realiza algo, estamos julgando e criticando. Há uma grande tendência da pessoa se sentir agredida com tal crítica e reagir na defensiva pelo fato de discordar.
Outra questão que dificulta muito a comunicação se refere à nossa tendência de categorizarmos as coisas em “certas” ou “erradas”, que nos leva a discordar. Nossos pontos de vistas são baseados em nossas vivências e em nossos valores e não apenas em conhecimento.
Quando compreendemos que tudo pode ser subjetivo, que há vários ângulos para se perceber os mesmos fatos e que isso torna as coisas variáveis sentimo-nos menos revoltados ao ouvirmos uma opinião contrária a nossa. Porque percebemos que pode existir mais de uma verdade, que nem tudo é preto ou branco.
Quanto menos flexíveis somos, menos queremos ouvir pontos de vistas diferentes dos nossos. Muitas vezes ficamos profundamente irritados quando alguém expõe uma ideia oposta a que entendemos como a “certa”. A vontade é de nem querer ouvir seus argumentos.
No entanto, perdemos uma ótima oportunidade para avaliarmos se a nossa ideia de fato tem fundamento. Se deve ser firmada ou se podemos descartá-la depois do que ouvimos; além de, evidentemente, demonstrarmos educação, atenção e respeito ao ouvirmos a pessoa.
Da mesma forma que devemos nos mostrar abertos para ouvir o que o outro tem a nos dizer, temos o direito de comunicar a ele nosso ponto de vista. Quando o fazemos de forma respeitosa e franca, sem ironia, sem agressividade, respeitando as necessidades dele, a possibilidade de que haja aceitação por parte dele é muito maior. Se não o for, não devemos nos sentir culpados. Afinal, nos esforçamos para sermos o mais claro e respeitoso possível.
Outra variável na comunicação é o fato de que, muitas vezes, não percebemos que nossa forma de comunicação é agressiva. Nem sempre o problema está nas palavras, mas pode estar no tom de voz ou na comunicação corporal.
Quantas vezes alguém nos fala algo e ficamos desconfiados da sua veracidade e não sabemos por quê ?
Algumas vezes alguém nos diz uma coisa e demonstra – com alguma expressão facial ou corporal – o oposto do que está nos comunicando. Apesar de não percebermos conscientemente essa distorção, sentimos que há algo incongruente naquela fala.
Muitos relacionamentos se deterioram por problemas de comunicação por um discorda do outro; o que é lamentável, porque há formas de aprender e treinar essa habilidade importantíssima. Além disso, a comunicação envolve questões como educação, respeito, tolerância à frustração, controle de impulsos e paciência.
Não é porque sentimos vontade de falar algo que devemos falar. Para nos comunicarmos sem sentirmos revolta ou culpa é necessário avaliarmos se vale a pena falarmos o que estamos prestes a falar; se aquele é o momento certo para isso e de que forma a comunicação poderá ser mais eficiente.
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