A criatividade é presente em todos os seres humanos. Mesmo que sua manifestação varie de indivíduo para indivíduo, pode ser melhorada e desenvolvida. Pode ser interpretada como uma “elevação do cérebro”, o meio pelo qual o ser humano atinge algo além, diferente, inovador.
O psicólogo russo Lev Semyonovich Vygotsky, que publicou estudos na área da criatividade infantil, afirma em sua obra “Criação e Imaginação”, que é a atividade criadora que faz do homem um ser que se volta para o futuro, modificando o seu presente. Segundo o autor, a criação é a condição necessária da existência. Tudo que ultrapassa os limites da rotina deve sua origem ao processo de criação do homem.
O que isso nos ensina? Que a sociedade como ela é está diretamente relacionada aos ímpetos criativos do ser humano. O processo criativo acontece por meio da qualidade dos nossos pensamentos, que direcionam as decisões e as ações. Nossa mente é movimento, presente em transformação e criatividade.
Os pensamentos também são o meio pelo qual a evolução do ser humano pode ser acelerada e elevada; cada coisa que observamos concretamente ao nosso redor existiu primeiramente como pensamento criativo e ideia.
Podemos identificar dois princípios-base para fortalecer um cérebro criativo: acreditar que tudo está interligado, tendo como base a infinita capacidade associativa do cérebro. Permitir que a mente passe a criar conexões entre elementos aparentemente distantes e diferentes, para encontrar uma composição de informações completamente original;
E desenvolver a capacidade de quebrar as “normas”, ou seja, sair dos aspectos normais da realidade, aos quais o cérebro está acostumado e que não oferecem mais surpresas ou estímulos à imaginação, pois criatividade significa dar origem a algo novo, a uma associação não realizada antes.
Nessa linha de pensamento, é muito interessante a definição de criatividade do matemático Henri Poincaré, em 1929. Resumindo, ele diz que tal qualidade representa a capacidade de unir os elementos preexistentes em combinações novas, que sejam úteis. Isso desmistifica a ideia de que ela seja algo que nasça do nada; uma qualidade de mistérios e rara, um momento de genialidade incontrolado, e passe a ser algo mais concreto.
Desenvolver a essência do pensamento criativo exige igualmente algumas competências. Como flexibilidade, foco, determinação, persistência, curiosidade e autodisciplina.
Dentro das empresas, a criatividade ocupa um papel central na busca de soluções originais e inovadoras. Por isso, ela é hoje considerada e tratada no contexto empresarial como patrimônio e recurso estratégico para o desenvolvimento e sucesso da empresa; cada vez mais é objeto de formação e treinamentos, pois “anda” de mão dada com a inovação.
A criatividade e inovação podem ser consideradas as faces de uma mesma moeda e valores fundamentais na cultura corporativa, mas para potencializar seu processo criativo, é preciso que você esteja aberto ao novo, supere a resistência à mudança, indo além dos esquemas mentais habituais. E, especialmente, que você não deixe de persistir. A criatividade é universal.