Manter a individualidade na relação é importante?
É muito comum nos relacionamentos as pessoas abrirem mão de suas individualidades. Muitas vezes, isso acontece por desejo de agradar ao outro. Assim, há a ideia de que todas as atividades devam ser feitas com o (a) parceiro (a), caso contrário seria sinal de que não haveria amor nem prazer em ficar com ele (a).
Entretanto, essa ideia não é verdadeira, pois nós temos necessidades próprias; vivemos vários papéis na vida, não somente o de marido e mulher (ou namorado (a)). São as vivências de todos os papéis que formam quem somos. É quando podemos experimentar e aprender atitudes novas que enriquecem a pessoa que somos; inclusive aos olhos de nosso (a) parceiro (a).
Manter a individualidade na relação pelo menos com um momento reservado para isso semanalmente é essencial; um omento em que possam estar em companhia de seus respectivos amigos, como o marido ter seu grupo de futebol e a esposa seu grupo de amigas, por exemplo, é muito importante para a saúde de cada um e do casal. Nem todos os interesses são de comum agrado e tudo bem quanto a isso.
Há situações em que um dos parceiros exerce pressão sobre o outro no sentido de limitá-lo em sua liberdade. Isso ocorre porque há insegurança, ciúme, sentimentos de posse e necessidade de controle.
São vários pontos nos quais a liberdade é cerceada, como no tipo de roupa a ser escolhida, a possibilidade ou não do parceiro manter amigos, de poder ou não entrar para o mercado de trabalho, dentre outros tantos.
Independente do motivo que leva a pessoa a abrir mão de sua individualidade, mais cedo ou mais tarde essa posição vem à tona e cobra um preço alto. Os prejuízos vão desde perda da autoestima, geração de doenças físicas e psicológicas, bem como de falência da relação.
Inicialmente, essa postura parece como algo confortável e aceitável na relação. Com o passar do tempo, porém, a admiração mútua vai perdendo espaço para desencantos e ressentimentos de ambas as partes. O que era visto como agrado passa a ser sentido como submissão. Ou seja, falta de respeito próprio e dependência.
Quando essa percepção se dá ainda na relação e ainda há amor envolvido, é possível de se resgatar a individualidade. E assim, dar ao outro significado à vida do casal. Aos poucos, a relação pode ir se transformando num compartilhar de respeito, confiança e consideração um com o outro. Isso acontece na medida em que ambos entendem que antes de ser um casal, são pessoas distintas com desejos, vontades e necessidades individuais que precisam ser consideradas e respeitadas.
Na maioria dos casos, infelizmente, as pessoas só percebem que viveram sua vida em função do outro quando ocorre a separação. Nesse momento, sentem solidão por não terem amigos devido a não terem cultivado amizades; têm sentimentos de vazio por não se reconhecerem, uma vez que viveram a vida do outro e já nem sabem do que gostam e necessitam; têm autoestima abalada por não terem cuidado de seu corpo e mente porque cuidaram exclusivamente do outro.
– CRP 07/12064
Psicóloga Clínica, em formação em Técnicas de Revivência Transpessoal
Uma resposta
Essa é exatamente eu hj…fiquei mtos anos sozinha e agora que encontrei alguém quero estar 100% do tempo junto e cobro que ele queira…procure…eu sou demajs e ele de menos…pois tem dias que sequer me manda uma msgm e ele acha normal…mas eu não acho!
Uma msgm ou ligação no meio do dia perguntando como estou ou pra dizer estou com saudades…ai as vezes ligo braba…cobro depois qdo estamos juntos. Já não sinto mais vontade de procurar tb…só se for pra cobrar…ta difícil. Quero me restabelecer pra entender meus sentimentos. Mas no momento estou sem condições financeiras. Vou levando como posso.