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Comunicação com autistas: como funciona?

Imagem descrição - comunicação com autistas

A comunicação com autistas pode ser complicada. As pessoas com TEA apresentam prejuízos significativos na comunicação, na interação social e no comportamento. Por isso, há dificuldades de adaptação no dia a dia.

Essas alterações são comuns e se apresentam, em diferentes graus, em todas as pessoas do espectro. Apesar disso, cada pessoa é única nas suas características; apresentando particularidades, habilidades ou limitações. O que faz de cada indivíduo autista um jeito único de ser. 

Assim, não há uma maneira universal de comunicação com autistas.

Imagem descrição - criança brincando com blocos coloridosComo em qualquer relacionamento, é importante estar atento aos sinais que a pessoa emite. Eles podem ser de satisfação, alegria, contrariedade ou resistência, por exemplo. No caso do autismo, a interpretação desses sinais pode ser mais difícil.

Por esse motivo, não é possível elaborar um manual de comunicação com autistas que se aplique a todas as pessoas do espectro. Contudo, algumas dicas ajudam:

 

  • Oferecer informações quanto ao processamento cerebral da pessoa autista;
  • Trazer esclarecimentos das dificuldades;
  • Sugerir dicas que podem ser úteis para desenvolver e melhorar a comunicação.

“O Autismo é um jeito diferente e único de ver o mundo.”

O nosso cérebro é capaz de receber muitas informações sensoriais simultaneamente. Através dos nossos pensamentos, emoções e comportamentos, conseguimos organizar, processar, priorizar e compreender as informações de forma automática. Sem pensar sobre isso ou causar esforço.

Uma pessoa com autismo, por outro lado, mostra dificuldades em processar informações sensoriais cotidianas. Como se o cérebro percebesse o mundo ao redor de maneira fragmentada. A pessoa tem que focar a atenção em cada pequena parte e decifrá-la separadamente para, posteriormente, compreender o todo. O autista dispende grande esforço nesse processo, levando à exaustão mental.

É importante saber que o autista apresenta um pensamento concreto. Isso significa que ele não compreende figuras de linguagem e alterações de significado, como a utilização de palavras que mudam de sentido quando usadas em certos contextos. Ou seja, quando falamos que “morremos de saudade”, a pessoa autista pode pensar que você veio a óbito; quando dizemos que “uma festa foi legal”, provavelmente ela vai compreender que a festa aconteceu de acordo com a lei.  Uma pessoa autista não compreende metáforas, ironias, brincadeiras e sarcasmo. São situações simples como essas que dificultam o processo de comunicação com autistas no dia a dia.

A pessoa autista tem uma memória visual, necessitando mais de estímulos visuais do que verbais. O processamento de informações recebidas é mais lento e ela se atrapalha com muitas informações verbais simultâneas.

Na comunicação com autistas, o ideal é oferecer o estímulo visual sempre que possível, através de imagens ou até mesmo mensagens escritas para as pessoas que são alfabetizadas. Deve-se associar a imagem ao estímulo verbal, sendo este realizado uma única vez, e esperar o tempo de resposta da pessoa autista, que pode ser alto.

Geralmente o autista reage como se não estivesse escutando uma conversa, porém ele pode ou não apresentar alterações auditivas. Ele pode escutar tudo ao seu redor de maneira ampliada, intensificando os sons. As pessoas autistas podem ser hipersensíveis a barulhos e  capazes de ouvir conversas distantes. Ou pelo contrário, podem apresentar audição diminuída e não reconhecer certos sons.

Tendo ou não a audição preservada, é comum que pessoas autistas não reajam de forma espontânea ou não demonstrem que ouviram o que você disse. Elas podem, ainda, não demonstrar que entenderam as informações que você deu, mesmo que tenham compreendido o que foi dito.

A capacidade de compreensão está relacionada à presença ou ausência de deficiência mental e o grau da deficiência quando houver. A existência ou não da fala também interfere muito na capacidade de comunicação que a pessoa possa desenvolver.

No caso de autistas não verbais, a ausência de vocalizações pode ser total, ou apresentar somente sons sem intenção de comunicar algo. Ou, ainda, se apresentar como ecolalia (repetição de vocábulos) que não se aplicam a uma comunicação efetiva. Isso pode tornar a comunicação com autistas ainda mais complexa.

Uma dica no caso de autistas não verbais é a utilização de legendas que podem ser ensinadas para facilitar a comunicação. Por exemplo, a imagem de um semáforo com três cores pode ser utilizada para expressar como se sente ou o que deseja, indicando ações.

Nesse exemplo, a cor verde pode indicar uma confirmação ou estado de humor positivo (“estou bem”, “gostei”, “aceito”, “vamos continuar, “siga em frente”); o amarelo pode indicar parcialidade, dúvida ou alguma restrição (“estou mais ou menos”, “gostei em parte”, “depende”, “não sei se quero continuar”) e por fim a cor vermelha indicaria uma resposta ou sentimento negativos (“estou mal, dia ruim, não quero seguir em frente”, “não gostei”, “não aceito”).

Caso seja da preferência de vocês, também se pode utilizar a imagem de carinhas para expressar os sentimentos e as ideias para facilitar a comunicação com autistas. Nesse caso,  uma cara feliz indica uma ideia positiva; a cara séria uma intenção ou sentimento neutro; e a cara triste as ideias ou sentimentos ruins.

Tendo a possibilidade ou não de utilizar a fala, é comum que a comunicação com autistas seja através de expressões faciais, fazendo gestos e mostrando o que deseja. No entanto, a pessoa com autismo tem dificuldade em compreender a linguagem verbal e não verbal. Assim como as expressões faciais, os gestos e alterações no tom de voz que você emite.

A comunicação com autistas não é tarefa fácil. Todos os membros da família, amigos e colegas devem buscar orientação. É possível estabelecer um elo de comunicação com autistas; basta se informar, procurar dicas e exercícios, tentar entender como a pessoa se comunica, exercitar a paciência e a compreensão e, principalmente, a empatia. 

Favorecer a inclusão da pessoa com TEA na sociedade é função de todos!

 

Por Márcia Moraes – Psicóloga da Equipe Psicotér 

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