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Transtorno Afetivo Bipolar

Transtorno Afetivo Bipolar

O que é o Transtorno Afetivo Bipolar?

O Transtorno Afetivo Bipolar leva este nome por causa da alternância de dois estados emocionais básicos: a alegria e a tristeza. Assim como acontece nas doenças físicas, que muitas vezes representam excesso ou falta de algum elemento normalmente presente no corpo, muitas doenças da mente também representam alterações para mais ou para menos de aspectos emocionais comuns.

O equivalente doentio da alegria recebe o nome de mania e o da tristeza, depressão. Estes equivalentes doentios dos aspectos emocionais constituem o que se denomina polos. Como são dois, entende-se o termo bipolar. O estado de bipolaridade é característico do chamado transtorno afetivo bipolar.

 

Quais as características do Transtorno Afetivo Bipolar?

O transtorno bipolar é caracterizado pela alternância de fases de tristeza e alegria doentias. Estas fases são conhecidas respectivamente como depressão e mania, de onde vem o antigo nome de Psicose Maníaco Depressiva.

Em contraste com o que ocorre nas situações normais, estas alternâncias não acontecem em resposta a estímulos externos; que explicariam os estados emocionais.

Em alguns casos, essas alternâncias podem ocorrer no mesmo dia ou na mesma hora. Mas estes são casos excepcionais, não é o mais comum. Por este motivo, o diagnóstico destes casos nem sempre é fácil.

 

Quais são as possíveis consequências desse transtorno?

As consequências decorrem em grande parte da inconstância emocional. Mesmo quando o quadro clínico não é dos mais graves, torna-se difícil para a pessoa ter segurança de que, dentro de alguns meses, por exemplo, estará bem para cumprir um compromisso assumido.

Como resultado, uma situação não rara relacionada à perda da crítica ou capacidade de julgamento é uma tendência aos gastos exagerados (que podem levar o patrimônio de uma família ou empresa à ruína).

Além disso, outro aspecto que pode dificultar o relacionamento com uma pessoa no estado positivo ou de euforia é a tendência da pessoa apresentar sentimentos de grandiosidade e a incapacidade de aceitar limites.

No polo oposto da depressão, a tendência é a visão negativa do rotineiro, a auto recriminação, a autoestima rebaixada, levando até mesmo a ideias de auto eliminação (suicídio). Um aspecto positivo é que, se tratado adequadamente, o paciente pode, na maioria dos casos, retornar a uma vida normal.

 

Existe tratamento para o Transtorno Afetivo Bipolar? Como é?

Hoje há uma série de tratamentos farmacológicos eficientes no tratamento da doença bipolar. Primeiramente, o objetivo desta terapêutica é impedir a alternância de fases, ambas comprometedoras; e o retorno à vida familiar e profissional no mais breve período de tempo possível, evitando a desconexão do paciente com sua realidade.

Além da eliminação dos altos e baixos do quadro clínico, é importante cuidar dos possíveis danos que podem ter sido causados à autoimagem do paciente. Estes danos só podem ser desfeitos através de um trabalho psicoterápico.

Por este motivo, em muitos casos o tratamento inclui o uso de medicações e também intervenções psicológicas.

 

É necessária a internação para Transtorno Afetivo Bipolar?

Nas situações mais acentuadas e graves, tanto no quadro da depressão como no da mania, não é raro a necessidade de afastar o paciente de seu meio. É uma forma de evitar prejuízos à sua autoimagem ou mesmo evitar que o paciente cause danos a si mesmo ou a outros.

Nestas situações, quando é necessário proteger o paciente de si mesmo ou de outros, se torna necessária a internação.

 

Quais os medicamentos usando para Transtorno Afetivo Bipolar? Eles Viciam?

Os medicamentos utilizados no tratamento dos transtornos bipolares compreendem várias categorias.

Genericamente, recebem o nome de “estabilizadores do humor”. O mais utilizado entre essas medicações é o sal de lítio. Nos últimos anos tem sido especialmente estudado, com várias descobertas de grande importância para o tratamento do transtorno bipolar.

Nenhuma das medicações utilizadas se caracteriza por determinar dependência. No entanto, é preciso diferenciar o “ter necessidade” do “estar dependente”. É importante que todo tratamento medicamentoso seja feito da maneira certa, sempre sob supervisão médica.

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