Desde seu lançamento, em meados de março deste ano, a série 13 Reasons Why (13 razões pelas quais – tradução livre) tornou-se assunto entre adolescentes, pais, escolas, psicólogos e médicos. Trata-se de uma série que aborda o bullying de modo aberto e claro; levando o espectador a experienciar os sentimentos que levaram a personagem principal ao suicídio.
Mais do que falar sobre a série, primeiramente é importante que se discuta o bullying e, mais atualmente, o cyberbullying.
O bullying caracteriza-se por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de uma pessoa ou um grupo de pessoas para outra pessoa ou grupo de pessoas, de modo repetitivo e sistemático. Entende-se o bullying como agressão, ameaça, opressão, tirania, intimidação, humilhação e até como maltrato.
Ele não se restringe a escolas, podendo acontecer na faculdade, na família, na vizinhança, na igreja e no trabalho. Pode atingir todo mundo, porém, os adolescentes são os que comumente sofrem com o bullying. Como resultado da sua inexperiência de vida e de modos de enfrentar seus problemas.
Em época de redes sociais e interações a distância, parece que não existe mais limite para a agressão. O que antes terminava com o fim das aulas, da brincadeira na rua, tem-se estendido para todos os momentos de quem sofre o bullying e tomado proporções muito maiores.
Muitas vezes essas agressões são compartilhadas nas redes sociais, através de fotos, vídeos, xingamentos, etc., tornando o mundo o lugar em que o adolescente é colocado em situação vexatória. Assim, o bullying, que já fez muitas pessoas sofrerem, tornou-se cyberbullying. A fraqueza, defeito ou mesmo traços de personalidade do adolescente é compartilhada com todo o mundo.
Dados do Centro Nacional de Estatísticas Educacionais de 2016 mostram que pouco mais de um em cada cinco estudantes já sofreu bullying (20,8%). O mesmo estudo ainda mostrou que somente 36% das crianças que sofrem bullying falam sobre isso com seus pais. Esses dados mostram que para as crianças e os adolescentes este assunto ainda é muito delicado; difícil de ser relatado.
Os principais motivos para uma pessoa sofrer bullying são o modo como se veste, seu tipo físico, ou ainda, a raça. É claro que estes são os principais motivos, porém, outros como a orientação sexual, algum problema cognitivo ou deformidade física, entre outros, podem aparecer. Ainda, muitas pessoas sofrem bullying por serem simplesmente quem são. Isso mostra que todo mundo está sujeito a essa situação vexatória.
Certamente quem experimenta uma situação de bullying ou cyberbullying tem duas vezes mais probabilidade de sentir dores de cabeça, dores de estômago e, ainda, tem mais riscos de apresentarem dificuldades no sono, ansiedade e depressão. Outros efeitos do bullying podem ser pobre ajustamento escolar, problemas acadêmicos, uso de substâncias e comportamento violento. Os jovens que se culpam pelo bullying, ainda, estão mais propensos a desenvolver doenças como a depressão, vitimizarem-se e ter problemas de ajustamento social.
Segundo o Guia do Professor – Programa de Prevenção ao Bullying e ao Cyberbullying, alguns jovens vítimas de bullying não demonstram sinais de que estão sendo alvo de chacotas e perseguições, dado o fato de que muitos jovens possuem um perfil comportamental mais introvertido e reservado. Porém, na maioria dos casos, os sintomas de sofrimento podem aparecer, tais como:
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dificuldades de relacionamento;
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dificuldades de concentração;
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queda no rendimento escolar;
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discurso fatalista – “nada importa”; “eu quero sair daqui”;
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aumento da introversão – ficam mais reservados, inclusive, em família e entre amigos;
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preocupações com morte;
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início do uso ou aumento no consumo de drogas;
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descuido com a aparência;
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mudanças na aparência – cortes de cabelo, mudança de cor de cabelo, etc.;
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ficar mais tempo que o de costume trancado no quarto ou sozinho;
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sinais de depressão, tais como dormir demais ou de menos; mudanças drásticas no peso;
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perda de interesse pelo que antes se interessavam;
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podem agir de maneira hostil;
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comportamentos de risco ou de autodestruição.
O bullying e o cyberbullying são coisas sérias e podem levar ao suicídio, como aconteceu com a personagem Hannah de 13 Reasons Why. Além disso, o sofrimento, por si só, pode levar o indivíduo à ansiedade, baixa auto-estima e a desenvolver transtornos mentais. Assim como Depressão, Transtorno Obsessivo Compulsivo e Fobias.
É importante que todos prestem atenção aos comportamentos, principalmente dos jovens. Para que assim, o indivíduo que sofre bullying possa receber ajuda e voltar a ter uma vida normal. O enfrentamento do bullying passa pelo acompanhamento psicológico. Em casos em que a depressão e a ansiedade já estão instalados, faz-se necessário o uso de medicamentos para diminuir os sintomas.
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