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Por que é preciso desligar o cérebro?

Cotidianamente, as pessoas usam o termo “desconectar” para se referir à necessidade de eliminar o estresse. Isto é, aquele desejo de poder esquecer das ansiedades e preocupações derivadas das tarefas e responsabilidades diárias.

Em função deste desejo, costumamos realizar diferentes atividades para reduzir o estresse. Pode ser desde tirar pequenas férias, até coisas menores como ouvir música, sair para correr ou tomar um banho quente.

Como funciona o ato de desligar o cérebro?

Mais além da escolha consciente e deliberada sobre qual ação realizar ou qual caminho seguir com o objetivo de reduzir o nosso estresse, a verdade é que o nosso cérebro possui um mecanismo de “desligamento automático”, que se inicia quando se superam certos níveis de esgotamento. Isto quer dizer que, apesar de nós não nos “desconectarmos” conscientemente, o nosso cérebro o faz. Ele inclusive pode tirar umas férias se “considerar” que isso seja necessário para a nossa saúde…

Este mecanismo trabalha de forma peculiar. Por exemplo, você já se sentiu alguma vez atordoado, a ponto de não conseguir se concentrar no seu trabalho, apesar dos seus esforços? Esse é um exemplo claro do desligamento automático do nosso cérebro. Ao impedir uma correta concentração, somos obrigados a recorrer a alguma tarefa cujo consumo de recursos cognitivos seja menor.

Na Universidade de Wisconsin, vários pesquisadores descobriram que existem certas células nervosas que costumam se desligar por breves lapsos de tempo, durante o transcurso de atividades que não precisem da sua ação. Isto se denomina “sonho focalizado”, já que estes neurônios entram em um estado muito parecido ao do sonho habitual. Em outras palavras, o cérebro pode “dormir em partes”.

Estudos da Universidade da Califórnia descobriram que as pessoas depressivas apresentam sérios inconvenientes no momento de querer “desligar o seu cérebro”. A pesquisa começou com o recrutamento de 121 voluntários com diferentes diagnósticos de depressão, para avaliar o sincronismo das suas ondas cerebrais com diversas áreas do cérebro. Entre as áreas cerebrais que estão em repouso, estas pessoas apresentam uma maior interconexão e atividade. Mas, longe de ser algo favorável, este fato revela que os seus cérebros não se “desligam” automaticamente, já que não reconhecem os estados de saturação.

Conclusão: as pessoas com quadros de depressão estão em um círculo vicioso de pensamentos, do qual lhes custa muito sair. Isto ocorre pois as pessoas deprimidas não são capazes de controlar algumas áreas do cérebro. De modo que não é possível desligar aquelas que não estão em atividade. Portanto, esta enorme interação demonstrada por pessoas deprimidas não representa uma vantagem, pois é precisamente a mesma que lhes impede de alcançar um desligamento adequado.

Apostando na mudança

Nem tudo está perdido: é possível sair deste círculo de pensamentos recorrentes. Atualmente existem diversas técnicas utilizadas para combater a depressão. Sem sombra de dúvidas elas são úteis para treinar e reeducar o cérebro. Do mesmo modo que as mudanças da vida, esta alteração também deve ser gradual; demandando tempo, dedicação e, o mais importante, um interesse sincero em melhorar a qualidade de vida. Além disso, contar com a ajuda de um profissional pode ser o fator chave no decorrer desse processo. O que você está esperando? Entre em contato conosco através desse link e melhore sua qualidade de vida, encontre a ajuda necessária para lidar com a depressão.

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