Muitos de nós já ouvimos falar em avaliação psicológica e psicodiagnóstico.
Seja um colega do filho que realizou uma avaliação psicológica por queixas de dificuldades escolares; uma amiga que foi ao psiquiatra e este orientou a realizar um psicodiagnóstico; a psicóloga que pediu uma avaliação psicológica para verificar algumas questões de personalidade, entre outras.
Mas afinal, o que é avaliação psicológica e psicodiagnóstico? Qual é a diferença entre os dois?
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ToggleDiferenças entre avaliação psicológica e psicodiagnóstico
Ambas são práticas exclusivas do psicólogo e compõem um conjunto de medidas que foram desenvolvidas especialmente para o uso em sua profissão.
O psicodiagnóstico é um tipo de avaliação psicológica. Sendo assim, trata-se de um procedimento em que são utilizados um conjunto de testes psicológicos, de uso exclusivo dos psicólogos.
Ele é realizado com propósitos clínicos e de diagnóstico; serve para descrever e compreender mais profunda e detalhadamente os aspectos de personalidade do paciente ou do grupo; assim como elaborar ou confirmar diagnóstico pré-estabelecido pelo psicólogo ou psiquiatra.
Também, serve para identificar dificuldades do estado emocional geral da pessoa, compreendendo aspectos profundos de personalidade e possíveis conflitos, contribuindo efetivamente para a elaboração da melhor forma de intervenção ou tratamento para o paciente; para identificar dificuldades cognitivas e comportamentais que interferem no desempenho escolar, para auxiliar em casos que envolvem processo judicial,para auxiliar na escolha de profissionais para atuar em empresas e para identificar problemas existentes dentro do ambiente de trabalho.
Testes psicológicos
Os testes são administrados a partir da queixa do paciente ou do encaminhamento do profissional que solicitou o psicodiagnóstico e assim é estabelecido um número de sessões para sua conclusão, em um tempo previamente contratado entre o paciente ou responsável e o psicólogo.
No entanto, a avaliação psicológica é um pouco diferente. Desse modo, a sua realização não utiliza necessariamente testes psicológicos, sendo da escolha do psicólogo fazer uso deles ou não.
Portanto, eles são apenas parte da avaliação, que envolvem um conjunto de procedimentos que integram informações extraídas de diversas fontes, que incluem:
- Entrevista,
- Observação comportamental,
- Entrevista com familiares ou responsáveis,
- Jogos,
- Desenhos,
- Contar estórias,
- Brincar,
- Técnicas projetivas,
- Análise de documentos,
- Entre outros, além da testagem psicológica.
A avaliação psicológica coleta dados e interpreta os resultados e informações psicológicas do paciente de forma mais abrangente, mais ampla. Sendo assim, ela não tem como objetivo somente identificar aspectos problemáticos da personalidade, mas verifica habilidades do paciente ou do grupo.
Desse modo, também investiga as funções cognitivas (funcionamento intelectual) e aptidões para desempenho de uma ou mais tarefas.
Aplicações da avaliação psicológica
Em suma, a avaliação psicológica é amplamente utilizada em diversos contextos, como:
Aplicações de avaliação psicológica na empresa
- Auxilia na seleção de candidatos (perfil compatível com a vaga a ser preenchida),
- Desenvolvimento pessoal (motivação do funcionário)
- Avaliação de potencial do empregado (aptidões do funcionário).
Aplicações de avaliação psicológica na área da saúde
- Auxilia na prevenção de patologias (tratamento mais adequado) e detecção ou confirmação de diagnóstico;
- Psicologia do trânsito (se a pessoa está apta para dirigir);
- Avaliação de exposição a potenciais riscos (estar apto a usar armas de fogo);
- Processo de orientação profissional e vocacional.
Aplicações de avaliação psicológica na escola
- identificação de dificuldades de aprendizagem e comportamentais.
Aplicações de avaliação psicológica no âmbito jurídico
- Auxílio no processo de tomada de decisão.
Aplicações de avaliação psicológica neuropsicológica
- Auxiliando no diagnóstico de demências;
- Mapeamento das funções cognitivas;
- Entre outros.
Sendo assim, ambas são práticas muito utilizadas e são importantes ferramentas para auxiliar em diversos contextos, como pudemos ver. Estes dois procedimentos podem ser solicitados por você mesmo ao psicólogo e podem contribuir efetivamente para melhorar a sua vida.
Por Roberta Gomes – Psicóloga
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