Você só se relaciona com gente que não presta? Já passou por diversos relacionamentos conturbados e emocionalmente desgastantes? Sente que está sempre fazendo muito pelo outro e recebendo nada em troca?
Sabia que o problema pode estar em você?
Bem… Todos nós queremos encontrar uma pessoa que nos faça bem. Uma pessoa na qual possamos contar nas horas boas e ruins. Porém, algumas pessoas tem a tendência a procurar relacionamentos problemáticos, destrutivos. Sabe aquela amiga que chega na sua casa triste e diz que tem o dedo podre para relacionamento? Que mais uma vez se envolveu em um relacionamento que só lhe traz sofrimento, insegurança e decepções? Se você não tem uma amiga que está passando por isso, com certeza já ouviu alguém falar a respeito. Provavelmente, você vai dizer para sua amiga que ela precisa se livrar da relação, precisa se dar valor; procurar a felicidade e ficar com alguém que a ame e a valorize.
Só que não é tão simples assim.
Mas afinal, por que falhamos tanto no amor? Por que nos concentramos e nos submetemos a relações problemáticas? Por que escolhemos pessoas erradas sendo que não entramos em uma relação para ser infeliz?
Saiba que a armadilha de cair em relacionamentos problemáticos e destrutivos pode estar ligada a você mesmo e não com quem você se relaciona. A explicação pode estar em percepções e entendimentos que fizemos em etapas mais precoces do nosso desenvolvimento, quando éramos crianças. A partir do que vivemos e percebemos quando crianças, começamos a adquirir uma noção de quem somos, dos nossos valores, condutas, tolerância e merecimento.
Dependendo da interpretação que fazemos do ambiente em que vivemos, podemos adquirir certas características. Assim como baixa estima, dificuldade de se impor e de dizer não, submissão, pouco ou falta de amor próprio, dificuldade de enxergar e respeitar os próprios limites internos. Muitas vezes, estas características fazem com que a pessoa busque escolhas amorosas equivocadas. Como resultado, pode acabar entrando em um círculo vicioso de desvalorização e insegurança, colecionando separações doloridas ao longo da vida.
Assim, por mais que haja o desejo de ter um relacionamento sadio, o modo como interpretamos e estabelecemos a relação conosco e com o mundo faz com que façamos uma busca por relacionamentos que não são benéficos e saudáveis.
Geralmente, são relações imaturas, malévolas, causam dependência emocional e insegurança por proporcionarem nada ou muito pouco. Por mais que pensemos racionalmente que não podemos permanecer na situação, muitas vezes não conseguimos nos livrar por ser um modo de nos relacionarmos conhecido, confortável e que valida a interpretação que temos do ambiente e de nós mesmos.
Sendo assim, para mudar e romper o ciclo é fundamental entender as causas que nos levam a buscar essas relações.
Através do autoconhecimento, devemos buscar identificar os nossos padrões comportamentais para podermos evitar novas armadilhas. Também é importante pesar quanto tempo passamos sofrendo e se o que estamos recebendo da relação é suficiente ou são apenas restos, sobras afetivas. A partir do autoconhecimento e dessa reflexão, podemos ter um novo olhar sobre os problemas que enfrentamos no relacionamento; podemos caminhar em busca de um relacionamento feliz e saudável. Lembre-se, nem todas as propostas de afeto são adequadas para nosso bem-estar e felicidade.