A raiva é uma emoção básica que está presente em qualquer ser humano, tendo a função de proteger o organismo.
É absolutamente normal senti-la algumas vezes. Ocorre que muitas pessoas apresentam dificuldades em controlá-la, gerando sérias conseqüências para si e seus relacionamentos.
Quando alguém se sente agredido ou desrespeitado, um dos primeiros sentimentos que aparecem é a raiva. Ao senti-la, o corpo se prepara para se defender ou atacar e os pensamentos são alterados, assim como o comportamento. Importante dizer que esta emoção pode variar da irritação á fúria.
Essa variação, ou seja, o quanto se fica enraivecido, é influenciada pela interpretação da pessoa para o que aconteceu. Uma pessoa pode ficar zangada se tiver que esperar na fila. No entanto. pode ouvir calmamente críticas quanto ao seu desempenho profissional. Já outra pode estar satisfeita em esperar numa fila e rapidamente atacar qualquer um que aponte suas falhas no trabalho.
Janice Willians, pesquisadora da Universidade da Carolina do Norte, EUA, estudou durante seis anos o comportamento de 13 mil homens e mulheres com idade entre 45 e 64 anos. Classificou as pessoas em níveis de alta, média e baixa disposição à raiva. As com alta tendência, que se irritam com freqüência, possuem três vezes mais possibilidades de sofrer infarto que as pessoas que enfrentam as dificuldades com mais tranqüilidade.
Assim, o sentimento freqüente de raiva é tão ruim para o coração como fumar, comer muita gordura saturada, engordar e não fazer exercício físico. Pode também causar distúrbios no aparelho digestivo, sem dizer que pode ser considerado um desequilíbrio psicológico.
Com exceção, talvez do medo, a raiva afeta o corpo humano mais do que qualquer outra emoção, e deveria receber o rótulo “Prejudicial à sua saúde”. Da mesma maneira, a raiva afeta as relações humanas mais do que qualquer outra emoção, e deveria receber o rótulo “Prejudicial ao seu bem-estar social”.