Pressão psicológica, medo da morte, envolvimento com todo tipo de crime desde um assalto ou uma cena de crime hediondo. Situações que podem marcar a vida de uma pessoa para sempre. Portanto são alguns dos conflitos diários que envolvem a vida profissional e que interferem gravemente na saúde mental de policiais.
Para que uma pessoa ingresse na carreira policial, conta-se com uma avaliação criteriosa contendo importantes requisitos intelectuais, físicos e psíquicos. Ainda assim, vemos esses profissionais expostos a muita pressão no dia a dia, uma rotina exaustiva, pouca valorização e violência. Tudo isso os torna mais suscetíveis a doenças mentais.
ENTENDENDO O PROBLEMA
Viver sob alerta, lidar com riscos constantes, expor sua integridade física, isso associado à dura realidade de perder colegas e amigos, para defender o próximo. Isso tudo contribui para o surgimento de problemas emocionais.
O ambiente profissional é arriscado e hostil e geralmente os policiais não são reconhecidos ou recompensados pelos seus méritos. Enquanto a função é de muita cobrança interna da sociedade e das chefias até mesmo com autoridades abusivas.
PRESSÃO PSICOLÓGICA E A SAÚDE MENTAL DOS POLICIAIS
As pessoas em situação de fragilidade e perigo depositam suas expectativas no policial, portanto o veem como alguém que vem para salvar vidas. Finalmente seu papel pode ser confundido ao de um “super herói”, embora longe disso, por trás dessa fantasia temos um profissional humanizado, que têm seus próprios medos, inseguranças e limites.
O ACOMPANHAMENTO PSICOLÓGICO
Mesmo expostos a essas provas, perdas e adversidades, grande parte dos policiais não busca ajuda especializada para as doenças mentais. Essa dificuldade vem por conta do difícil acesso aos serviços e porque tem medo da retaliação.
O policial se sente punido diante da fragilidade psíquica. Do mesmo modo os problemas de saúde mental nos policiais podem afastá-lo do cargo.
No entanto tal conduta não é vista como um cuidado ou proteção à vida neste meio institucional, mas como motivo de vergonha . Finalmente isso faz com que sofram calados.
Isso nos remete a índices assustadores de suicídio, seis vezes maior entre policiais do que na população geral do Brasil, segundo dados divulgados pelo Sindicato dos Servidores da PF em 2017 (São Paulo). Conseqüentemente, esse aumento se dá em função de problemas emocionais graves , pela falta de procura por tratamento psicológico e o acesso facilitado a arma.
As dificuldades psíquicas mais frequentes entre policiais são as alterações de humor, ansiedade, tristeza, insônia, autoestima prejudicada, entre outras.
As principais causas relatadas são o excesso de cobranças, relacionamentos abusivos, humilhações frequentes, salários insuficientes e carga horária exaustiva que agravam os problemas emocionais.
A IMPORTÂNCIA DA IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA
Por fim, sabemos a importância que o trabalho ocupa na vida adulta, pois dedicamos grande parte do dia à essa ocupação. Certamente a carreira deve ser uma fonte de prazer e satisfação, mas ao contrário, além disso muitas vezes produzi tensão, estresse, insatisfação e frustração, por fim levando a pessoa ao adoecimento mental.
Mais importante, fique atento aos sinais de alerta:
- cansaço;
- irritabilidade;
- tristeza;
- alteração de sono;
- enxaqueca;
- dores físicas;
- impaciência;
- incapacidade de relaxar;
Se tiver com alguns desses sintomas, acima de tudo busque ajuda profissional para prevenir doenças.
Busque um reequilíbrio e a saúde mental, pois você só será capaz de cuidar de outras vidas se primeiramente estiver cuidando de você!