Ao olharmos para os tempos antigos, percebemos que a mulher conquistou muito espaço: direitos, visibilidade, mais poder e voz.
O julgamento da roupa que uma mulher veste, por exemplo, pode oscilar entre o vulgar e o sensual, o indecente e o decente, o desleixado e o exagerado. Entre outras comparações, é possível que adjetivos e apelidos surjam em comentários, apenas por uma saia curta ou roupas justas. Porém, o que importa é o conforto e a identificação da mulher com as suas roupas. A opinião alheia não tem, ou não deve ter, mais espaço do que o nosso direito de escolha.
Além das vestimentas, outras críticas contribuem para os tabus femininos, como a relação com uma beleza idealizada. As grandes mídias expõem com frequência a imagem de uma mulher sem celulite, magra, com unhas bem-feitas e todas as características que conhecemos. Contudo, não é essa a realidade da maioria das mulheres. Com certeza esse padrão não deveria ser tão mentalizado como referência. A beleza feminina mais verdadeira não impõe um padrão físico, mas uma série de qualidades internas que caracterizam uma linda mulher.
A mulher deve ter o poder de decisão e a liberdade de escolha. Ela pode tomar a iniciativa em relacionamentos, iniciar uma conversa com alguém que tenha interesse, sem a mentalidade de que só cabe ao homem a aproximação. Ela pode explorar o próprio corpo e conhecer melhor sua intimidade, prevenindo-se de doenças e entendo melhor os seus momentos de prazer. Ela tem a capacidade de ser o que ela quiser ser.
Conversar sobre os tabus femininos já é um enorme passo para a transformação de uma sociedade, que infelizmente carrega muita pressão sobre as mulheres. E nessa caminhada precisamos do apoio de várias multidões. A melhoria do espaço feminino começa em algumas conversas, grandes atitudes e variadas ações. Vamos ajudar a quebrar esses tabus que pressionam nossas escolhas. Assim como vamos contribuir para o que deveria ser naturalmente visto: um espaço mais livre para as mulheres.
