Devido ao risco de doenças graves, é muito importante ficarmos atentos aos sintomas, sendo muito importante perceber as alterações sutis.
É muito comum usarmos o termo estresse para nos remetermos ao estado de cansaço excessivo ou a situações onde sentimos uma carga mais pesada de trabalho, de estudos, de um dia cheio de atividades ou quando temos problemas familiares, paramos em um grande congestionamento e temos horário para cumprir, dentre outras.
O estresse é natural e é essencial para nossa sobrevivência. Ele se caracteriza por uma resposta física e emocional do organismo frente às situações de pressão ou que o cérebro identifica como ameaçadoras para nós, sendo estas as mais diversas.
Atualmente, não precisamos necessariamente nos expormos a alguma situação de perigo, pois a própria demanda que temos que dar conta (excesso de trabalho, pressão por rendimento, diversas atividades concomitantes) já deixa por si só nosso organismo em estado de alerta. Por exemplo, estamos sob pressão no trabalho para entregar um projeto.
O cérebro vai entender isso como uma ameaça e vai responder a esta demanda com algumas alterações, o que vai permitir que possamos concluir o projeto. Portanto, até certo ponto, o estresse é saudável e nos impulsiona para a realização de atividades que nos desafiam.
O problema é quando o nosso organismo se mantém alerta e reage a situações de pressão ou ameaçadoras de forma constante, liberando uma série de reações químicas no organismo e provocando alterações físicas e emocionais que causam estresse crônico.
Estas alterações geralmente não aparecem de uma hora para outra; é um processo que soma várias situações e constante desequilíbrio do organismo. O progresso permanecerá até o organismo entender que existe um permanente estado de esgotamento físico e mental, que irá levar a consequências graves.
O estresse tem quatro fases:
1️⃣️ A primeira, a fase de alerta, é quando o organismo se depara com algo que representa uma ameaça. O organismo é estimulado a produzir mais energia para superar o problema. Esta estimulação faz com que ocorram mudanças hormonais, que preparam nosso organismo para lutar ou fugir do problema. Sintomas comuns desta fase são taquicardia, insônia, suor, pressão alta, respiração ofegante, musculatura tensa, estado de alerta e irritabilidade.
2️⃣️ A segunda fase, a fase de resistência, caracteriza-se pelo aumento da capacidade de resistência do nosso corpo. O organismo tenta resistir ao estresse e procura reequilibrar-se para voltar ao seu estado normal. Os sintomas são cansaço físico e mental, esquecimentos, bruxismo, queda de cabelo, tontura, formigamento nas mãos e pés, mal estar e perda de apetite.
3️⃣️ A terceira fase, de quase-exaustão engloba uma acentuação dos sintomas, onde o organismo não consegue mais resistir. Começa a haver uma falha nas defesas e o cansaço físico e emocional fica mais intenso, assim como há um aumento da ansiedade e o aparecimento de doenças (gripes, problemas de pele, alergias, infecções, bronquite, enxaqueca, gastrite, depressão, transtorno de pânico obesidade e até alguns tipos de câncer).
4️⃣️ A exaustão corresponde à última fase do estresse. O organismo não consegue se manter bem física e psicologicamente. Isso impossibilita a capacidade de realizar as tarefas diárias de forma eficaz. Há um cansaço crônico, assim como o agravamento de doenças adquiridas na fase de quase-exaustão. Doenças ainda mais graves podem surgir, como diabetes, hipertensão, problemas sexuais, úlceras, Síndrome de Burnout, entre outras.
Nesta fase, o organismo não consegue se recuperar sozinho. O grau de exaustão é alto e o estresse é crônico, o que representa um risco grande para o organismo. Por isso, torna-se imprescindível procurar ajuda profissional e tratamento adequado para combater os sintomas.
Devido à progressão do estresse e o risco de doenças graves, é muito importante ficarmos atentos aos sintomas; sendo muito importante perceber as alterações sutis desde a primeira fase, a de alerta. Assim, é possível evitar as fases seguintes e as consequências graves de um estresse não tratado. É ela que irá nos sinalizar sobre o estado do nosso organismo, permitindo a prevenção do quadro.