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Crianças: quando por limites?

Quando se fala em infância, pensa-se em um momento da vida de aprendizado, de brincadeiras, de alegria e de proteção. É um momento em que tudo é novo,  que vai ajudar a moldar o adulto que aquela pessoinha se tornará.

A infância também é o período em que as crianças aprendem as regras da vida, aprendem que o mundo pode ser um lugar frustrante e que nem sempre elas terão seus desejos atendidos.

Muitas crianças, no entanto, não estão convivendo com regras e limites. É o fenômeno conhecido como “pais helicóptero”, isto é, pais que estão sempre rondando seus filhos; permitindo que eles tenham todos os seus desejos realizados e não tenham muito contato com regras e limites.

Estas crianças são criadas com muito mais liberdades do que restrições, são crianças que fazem manha no supermercado; que deixam a casa toda bagunçada e que não sabem se portar em locais públicos.

Dizer “não” a uma criança não é tarefa fácil. No entanto, é  muito importante para que elas se tornem adultos saudáveis; seguros de si e que consigam enfrentar o mundo de modo mais funcional.

Pais que permitem que as crianças façam tudo, que as colocam num trono e permitam que elas definam as rotinas da família não estão fazendo bem a seus filhos, pelo contrário, estão privando-os de aprenderem que o mundo é um lugar frustrante, cheio de regras e de rotinas.

Para as crianças, as regras e as rotinas são sinônimos de segurança. Por mais que pareça o contrário, a rotina, as regras e os “nãos”, representam segurança e continuidade; que são sentimentos muito importantes para que a criança se desenvolva e torne-se um adulto capaz de lidar com o dia a dia.

Educar significa dar limites e permitir que as crianças experimentem o mundo; significa deixar que elas cometam erros e possam aprender com eles. Cair e levantar-se é algo que todos fazem em diversos momentos de suas vidas.

Educar também é informar à criança o que deve ser feito. Não basta dizer “não pode isso, não pode aquilo, assim não se faz”. É importante que as crianças saibam o que têm que fazer, de que maneira seria mais interessante agirem em diferentes situações. As crianças são como uma folha em branco, na qual os adultos escrevem e desenham. Por mais que possa ser apagada e reescrita, a folha sempre vai ficar com marcas.

Crianças sem limites tornam-se adultos problemáticos, egoístas, centrados em si mesmos e incapazes de respeitar as regras e os limites; tornam-se adultos despreparados para lidarem com as frustrações da vida. Na vida adulta, estas crianças podem desenvolver ansiedade e depressão e, ainda, problemas de agressividade e consumo de drogas.

Isso acontece, pois o dia a dia é frustrante. Se as pessoas pararem para pensar, todos os dias acontecem pequenos imprevistos, pequenas coisas que estão fora dos planos: seja o ônibus que atrasa, seja a comida fria no restaurante, o chefe que exige demais, o trânsito que não anda, entre outros. O adulto que não foi frustrado quando criança tem dificuldades de lidar com os imprevistos, com as mudanças, com as exigências de todos os dias.

Se os pais desejam que seus filhos tornem-se pessoas boas, felizes, capazes de levar uma vida mais positiva, é preciso que eles entendam que ter filhos exige o olhar a criança e suas necessidades, mas também perceber que precisam dar limites a elas, que elas entendam que a regras e rotinas existem e que elas também estão sujeitas a elas.

Deste modo, a criança de hoje se tornará um adulto capaz de respeitar a si mesmo e aos demais; será capaz de enfrentar a vida de peito e mente abertos, será uma pessoa mais feliz e provavelmente mais bem sucedida.

✔️ Por Anne Griza – Psicóloga da Equipe Psicotér

Psicotér: clínica de psicologia em Porto Alegre com atendimento presencial, online e domiciliar.

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